WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 202 - 27 de Março de 2011

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1869

Allan Kardec 

(Parte 2)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1869. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A moralização de uma pessoa é tão importante quanto a sua instrução?

Sim. Depois de rememorar alguns casos em que religiosos e médicos ilustres, embora fossem pessoas bastante instruídas, acabaram matando pessoas, Kardec escreveu: “A instrução é indispensável, ninguém o contesta; mas sem a moralização não é senão um instrumento, muitas vezes improdutivo para aquele que não sabe regular o seu uso para o bem”. “Instruir as massas sem as moralizar é pôr em suas mãos uma ferramenta sem ensinar a utilizá-la, porque a moralização que se dirige ao coração não segue necessariamente a instrução, que só se dirige à inteligência.” (Revue Spirite de 1869, págs. 19 a 21.) 

B. A lei de talião é realmente aplicada?

Sim. Segundo o Espírito de Sílvio Pellico, a lei de talião é um fato e cumpre-se com todo o seu rigor. O orgulhoso não é apenas humilhado, mas ferido em seu orgulho da maneira por que feriu os outros. Contou esse Espírito: “Sim, governei os homens; fi-los dobrar-se sob um jugo de ferro; eu os feri em suas afeições e em sua liberdade; e mais tarde, por minha vez, tive que me dobrar ao opressor, fui privado de minhas afeições e de minha liberdade!” (Obra citada, págs. 23 a 25.) 

C. Pode um indivíduo, devido à ação de um obsessor, ser levado ao suicídio?

Pode. Foi o caso do jovem Paul D..., 22 anos, morador de Paris, que se suicidou jogando-se nas águas do Marne. Em carta dirigida a seu pai, o rapaz explicou que era dominado, havia dois anos, por uma ideia terrível, por uma irresistível vontade de se destruir, proveniente de uma voz que lhe parecia ouvir e que o chamava sem descanso. Louis Nivard (Espírito) esclareceu o caso em mensagem dada em Paris a 20-12-1868. Segundo ele, Paul fora vítima de uma obsessão provocada pelo Espírito de sua própria esposa na existência precedente, a qual sofrera consideravelmente com o deboche e as brutalidades do marido, a ponto de procurar na morte o fim dos seus males. (Obra citada, págs. 27 e 28.)  

Texto para leitura 

12. Depois de rememorar casos diversos em que religiosos, como o padre Verger, e médicos ilustres, como o Dr. Lapommeraie, embora fossem pessoas bastante instruídas, acabaram matando pessoas, Kardec adverte: “A instrução é indispensável, ninguém o contesta; mas sem a moralização não é senão um instrumento, muitas vezes improdutivo para aquele que não sabe regular o seu uso para o bem”. “Instruir as massas sem as moralizar é pôr em suas mãos uma ferramenta sem ensinar a utilizá-la, porque a moralização que se dirige ao coração não segue necessariamente a instrução que só se dirige à inteligência.” (Págs. 19 a 21)

13. A Revue reproduz versos de Lamartine, publicados no jornal Le Siècle de 20 de maio de 1868, a propósito da crise comercial que se verificava na França. No poema, diz o poeta que “o Homem dobra um Cabo das Tormentas, e passa, no negror da noite em tempestade, o trópico agitado de outra Humanidade”. Comentando o assunto, Kardec afirma que Lamartine disse, sob outra forma, o que os Espíritos têm dito sobre o futuro que se prepara na Terra e as convulsões que a Humanidade terá de sofrer para a sua regeneração. As preliminares dessas modificações, diz Kardec, já se faziam sentir. O que Lamartine fez foi uma verdadeira profecia, cuja realização já começara. (Págs. 21 e 22)

14. O tomo XVI das Obras Completas do Sr. Etienne de Jouy, da Academia Francesa, publicadas em 1823, reproduz um diálogo entre Madame de Stäel, já falecida, e o Duque de Broglie, no qual o Espírito da conhecida escritora, diante do espanto do Duque, lhe diz que “há laços que a morte mesma não poderia partir”. “A suave concordância de sentimentos, de vistas, de opiniões forma a cadeia que liga a vida perecível à vida imortal e que impede que o que esteve longamente unido seja separado para sempre.” Kardec tinha 19 anos quando foi divulgado esse diálogo. (Págs. 22 e 23)

15. Em mensagem dada a 18 de outubro de 1867 na Sociedade de Paris, o Espírito de Sílvio Pellico diz que as leis do Eterno ferem de maneira inexorável o culpado, conforme a natureza das faltas cometidas e proporcionalmente a essas faltas. A lei de talião é um fato e cumpre-se com todo o seu rigor. O orgulhoso não é apenas humilhado, mas ferido em seu orgulho da maneira por que feriu os outros. “Sim, diz o Espírito, governei os homens; fi-los dobrar-se sob um jugo de ferro; eu os feri em suas afeições e em sua liberdade; e mais tarde, por minha vez, tive que me dobrar ao opressor, fui privado de minhas afeições e de minha liberdade!” (Págs. 23 a 25.)

16. Sílvio Pellico informa ainda, em sua mensagem, que geralmente os que são, em aparência, os mais convictos liberais, foram no passado os mais ardentes partidários do poder, fato compreensível porque é lógico que os que longamente estavam habituados a reinar sem contestação e a satisfazer os seus menores caprichos, sejam os que mais sofram a opressão e, por isso, os mais ardentes na luta para sacudir esse jugo. (Pág. 25)

17. Depois de ter vivido miseravelmente, envolto em privações de todo o gênero, conquanto fosse dotado de uma verdadeira fortuna em dinheiro, ações e valores diversos, um Espírito que se intitulou “O Avarento da Rua do Forno” manifestou-se a 20-11-1868 na Sociedade de Paris, ocasião em que revelou ter escolhido como provação naquela existência ser sóbrio, moderado nos gastos e caridoso com os pobres e deserdados. Ele, porém, não manteve a palavra, porquanto, embora tivesse sido sóbrio e temperante, não ajudou a ninguém e deixara de praticar a caridade. (Págs. 25 a 27.)

18. A Revue transcreve do jornal Droit  o caso do jovem Paul D..., 22 anos, morador de Paris, que se suicidou jogando-se nas águas do Marne. Em carta dirigida a seu pai, o rapaz explicou que era dominado, havia dois anos, por uma ideia terrível, por uma irresistível vontade de se destruir, proveniente de uma voz que lhe parecia ouvir e que o chamava sem descanso. Louis Nivard (Espírito) esclarece o caso em mensagem dada em Paris a 20-12-1868. Paul fora vítima de uma obsessão provocada pelo Espírito de sua própria esposa na existência precedente, a qual sofrera consideravelmente com o deboche e as brutalidades do marido, a ponto de procurar na morte o fim dos seus males. (Págs. 27 e 28)

19. Três dissertações mediúnicas fecham a edição de janeiro de 1869. Na primeira, o artista Ducornet, valendo-se da mediunidade do Sr. Desliens, fala sobre o marasmo que se observava nas artes daqueles anos e afirma que a literatura, a pintura, a arquitetura e a história iriam receber do aguilhão espírita um novo batismo de sangue, necessário para dar energia e vitalidade à sociedade expirante. Na segunda mensagem, o Espírito de Rossini disserta sobre a música celeste e diz ser-lhe preciso um pouco mais de tempo para expor as transformações que o Espiritismo certamente introduzirá na música do futuro. Na derradeira mensagem, o doutor Demeure diz que a piedade pelos que sofrem não deve excluir a prudência e adverte que há indivíduos que enviam aos espíritas pessoas simuladamente obsidiadas com o propósito de enganá-los e eventualmente levá-los ao ridículo. (Págs. 28 a 32)

20. Em nota à observação do doutor Demeure, Kardec escreveu: “Não é só contra as obsessões simuladas que é prudente se pôr em guarda, mas contra os pedidos de comunicações de toda a natureza, evocações, conselhos de saúde, etc., que poderiam ser armadilhas feitas à boa fé, de que poderia servir-se a malevolência”. (Pág. 32)

21. Abrindo o número de fevereiro, a Revue reproduz o comentário feito pelo jornal La Solidarité de 15-1-1869 a propósito da estatística do Espiritismo publicada no mês anterior. Aquele periódico concordou plenamente com várias ideias expostas por Kardec na aludida matéria e diz até que a estimativa do número de espíritas estava aquém da verdade, porquanto fora ali esquecida a Ásia. (Págs. 33 e 34)  (Continua no próximo número.) 




 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita