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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 202 - 27 de Março de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 2)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que Espíritos residem nas zonas infernais propriamente ditas?

Residem ali apenas os que, conhecendo suas responsabilidades morais, delas se ausentaram, deliberadamente. O inferno pode, pois, ser definido como vasto campo de desequilíbrio estabelecido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da perversidade completa. Estando em conexão com a Humanidade terrestre, uma vez que todos os padecimentos infernais são criações dela mesma, esses lugares funcionam como crivos necessários para todos os Espíritos que escorregam nas deserções de ordem geral e menosprezam as responsabilidades que o Senhor lhes outorga. (Ação e Reação, cap. 1, pp. 18 a 21.)

B. Que lição grande e nova a viagem ao sepulcro nos ensina?

O instrutor Druso diz que as pessoas fazem uma ideia errônea da morte, julgando que seja ela o ponto final dos nossos problemas, enquanto muitos se acreditam privilegiados da Infinita Bondade, por haverem abraçado atitudes de superfície, nos templos religiosos. "A viagem do sepulcro, no entanto, ensinou-nos uma lição grande e nova – a de que nos achamos indissoluvelmente ligados às nossas próprias obras", observa Druso. "Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de cativeiro, para a nossa vitória ou nossa perda. A ninguém devemos o destino senão a nós próprios." (Obra citada, cap. 2, pp. 23 a 25.)

C. Que é preciso fazer para livrar-se das regiões infernais?

Sobre o assunto, Druso recomendou aos que o ouviam: “Reunindo todas as possibilidades ao nosso alcance, espalhemos, nas províncias de treva e dor que nos rodeiam, o socorro da prece e o concurso do braço frater­nal, preparando o regresso ao campo de luta –  o plano carnal – , em que o Senhor pela bênção de um corpo novo nos ajudará a esquecer o mal e replantar o bem”. “Para nós, herdeiros de longo passado culposo, a es­fera das formas físicas simboliza a porta de saída do inferno que criamos." O Instrutor, que estampava na voz a inflexão de quem trazia uma dor imensamente sofrida, concluiu então a sua mensagem: "Supliquemos ao Senhor nos conceda forças para a vitória – , vitória que nascerá em nós para a grande compreensão. Somente assim, ao preço de sacrifício no reajuste, conseguiremos o passaporte libertador!..." (Obra citada, cap. 2, pp. 27 e 28.)

Texto para leitura 

5. Regiões infernais - "Nestas regiões inferiores –  prosseguiu Druso –  não transi­tam as almas simples, em qualquer aflição purga­tiva, situadas que se encontram nos erros naturais das experiências primárias. Cada ser está jungido, por impositivos da atração magné­tica, ao círculo de evo­lução que lhe é próprio. Os selvagens, em grande maioria, até que se lhes desenvolva o mundo mental, vivem quase sempre confinados à floresta que lhes resume os interesses e os so­nhos, retirando-se vagarosamente do seu campo tribal, sob a direção dos Espíritos benevolentes e sábios que os assistem..."  Nas zonas in­fernais propriamente ditas residem apenas os que, conhecendo suas res­ponsabilidades morais, delas se ausentaram, deliberadamente. O inferno pode ser definido, pois, como vasto campo de desequilíbrio, estabele­cido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da per­versidade completa. Estando em conexão com a Humanidade terrestre, uma vez que todos os padecimentos infernais são criações dela mesma, esses lugares funcionam como crivos necessários para todos os Espíritos que escorregam nas deserções de ordem geral e menosprezam as responsabili­dades que o Senhor lhes outorga. Os gênios infernais que supõem gover­nar a região, com poder infalível, ali vivem por tempo indeterminado; as criaturas perversas que com eles se afinam, embora lhes padeçam a dominação, prendem-se ali por largos anos, e as almas transviadas na delinquência e no vício, com possibilidades de próxima recuperação, ali permanecem em estágios ligeiros ou regulares, aprendendo que o preço das paixões é demasiado terrível. Druso concluiu, então: "Segundo é fácil reconhecer, se a treva é a moldura que imprime desta­que à luz, o inferno, como região de sofrimento e desarmonia, é per­feitamente cabível, representando um estabelecimento justo de filtra­gem do Espírito, a caminho da Vida Superior. Todos os lugares infer­nais surgem, vivem e desaparecem com a aprovação do Senhor, que tolera semelhantes criações das almas humanas, como um pai que suporta as chagas adquiridas pelos seus filhos e que se vale delas para ajudá-los a valorizar a saúde". (Capítulo 1, pp. 18 a 21.) 

6. Estamos ligados às nossas obras - A expressiva assembleia que lotava o recinto era, em grande parte, desagradável e triste. O número de enfermos perfazia, aproximadamente, duas centenas, sendo que mais de dois terços apresentavam deformidades fisionômicas. A quase com­pleta quietude reinante no ambiente, apesar da tempestade que rugia lá fora, devia-se ao fato de estarem os enfermos localizados em um salão interior da cidadela, revestido exteriormente de abafadores de som. Druso pediu a um dos enfermos que proferisse a oração de início e, em seguida, como se estivesse conversando numa roda de amigos, falou com naturalidade: "Irmãos, continuemos hoje em nosso comentário acerca do bom ânimo. Não me creiam separado de vocês por virtudes que não pos­suo. A palavra fácil e bem posta é, muita vez, dever espinhoso em nossa boca, constrangendo-nos à reflexão e à disciplina. Também sou aqui um companheiro à espera da volta. A prisão redentora da carne acena-nos ao regresso". O Instrutor falou-lhes então da ideia errônea que as pessoas fazem da morte, julgando que esta seja ponto final dos nossos problemas, enquanto muitos se acreditam privilegiados da Infi­nita Bondade, por haverem abraçado atitudes de superfície, nos templos religiosos. "A viagem do sepulcro, no entanto, ensinou-nos uma lição grande e nova –  a de que nos achamos indissoluvelmente ligados às nossas próprias obras", acentuou Druso. "Nossos atos tecem asas de li­bertação ou algemas de cativeiro, para a nossa vitória ou nossa perda. A ninguém devemos o destino senão a nós próprios." (Capítulo 2, pp. 23 a 25) 

7. O pretérito fala em nós, exigente - Continuando, o Instrutor falou sobre a sabedoria e a bondade do Pai Celeste, cuja justiça "não se revela sem amor". "Se somos vítimas de nós mesmos –  disse Druso –  somos igualmente beneficiários da Tolerância Divina, que nos desce­rra os santuários da vida para que saibamos expiar e solver, restaurar e ressarcir. Na retaguarda, aniquilávamos o tempo, instilando nos ou­tros sentimentos e pensamentos que não desejávamos para nós, quando não es­tabelecíamos pela crueldade e pelo orgulho vasta sementeira de ódio e perseguição." A desarmonia e o sofrimento resultam, pois, de semelhan­tes atitudes: "O pretérito fala em nós com gritos de credor exigente, amontoando sobre as nossas cabeças os frutos amargos da plantação que fizemos... Daí os desajustes e enfer­midades que nos assaltam a mente, desarticulando-nos os veículos de manifestação". Druso lembrou-lhes, então, que as ligações com a reta­guarda continuam vivas e que laços de afetividade mal dirigida e ca­deias de aversão os aprisionavam, ainda, a companheiros encarnados e desencarnados, muitos deles em desequilí­brios mais graves e constrin­gentes... Sua mensagem era de ânimo: "Achamo-nos imbuídos do sonho de renovação e paz, aspirando à imersão na Vida Superior, en­tretanto, quem poderia adquirir respeitabilidade sem quitar-se com a Lei?" "Ninguém avança para a frente sem pagar as dívidas que contraiu." Após breve pausa, e indicando com um gesto a torturante paisagem exte­rior, Druso prosseguiu em tom comovente: "Em derredor do nosso pouso de trabalho e esperança, alongam-se flagelos infernais... Quantas al­mas petrificadas na rebelião e na indisciplina aí se desmandam no aviltamento de si mesmas?" Lembrou, porém, que a Lei Divina funciona com igualdade para todos. É por isso que nossa consciência reflete a treva ou a luz de nossas criações individuais. A luz, aclarando-nos a visão, descortina-nos a estrada. A treva, ence­guecendo-nos, agrilhoa-nos ao cárcere de nossos erros. O Espírito em harmonia com a Vontade Divina descortina o horizonte e caminha, para diante; no entanto, aquele que abusa da vontade e da razão, quebrando a corrente das bên­çãos divinas, modela a sombra em torno de si mesmo, insulando-se em pesadelos aflitivos, incapaz de seguir à frente. A re­encarnação, como recomeço de aprendizado, é-nos, pois, concessão da Bondade Excelsa que nos cabe aproveitar, no resgate imprescindível. (Capítulo 2, pp. 25 e 26) 

8. A porta de saída do inferno - Druso mostrava com suas palavras que, dispondo de novas oportunidades de trabalho no campo físico, é possível refazer o destino, "solvendo obscuros compromissos e, sobre­tudo, promovendo novas sementeiras de afeição e dignidade, esclareci­mento e ascensão". De volta à carne –  explicou ele – , teremos a fe­licidade de reencontrar velhos inimigos, sob o véu de temporário es­quecimento, o que nos facilitará a reaproximação preciosa. Dependerá, desse modo, apenas de nós mesmos convertê-los em amigos e companhei­ros, uma vez que, padecendo-lhes a incompreensão e a antipatia, com hu­mildade e amor sublimaremos nossos sentimentos e pensamentos, plas­mando novos valores de vida eterna em nossas almas. A assembleia escu­tava o Instrutor, suspensa nas flamas de elevada meditação. Alguns dos enfermos tinham lágrimas nos olhos, enquanto outros mostravam o sem­blante extático dos que se conservam entre o consolo e a esperança. Druso, então, continuou: "Somos Espíritos endividados, com a obrigação de dar tudo, em favor da nossa renovação. Comecemos a articular ideias redentoras e edificantes, desde agora, favorecendo a reconstrução do nosso futuro. Disponhamo-nos a desculpar os que nos ofenderam, com o sincero propósito de rogar perdão às nossas vítimas. Cultivando a ora­ção com serviço ao próximo, reconheçamos na dificuldade o gênio bom que nos auxilia, a desafiar-nos ao maior esforço. Reunindo todas as possibilidades ao nosso alcance, espalhemos, nas províncias de treva e dor que nos rodeiam, o socorro da prece e o concurso do braço frater­nal, preparando o regresso ao campo de luta –  o plano carnal – , em que o Senhor pela bênção de um corpo novo nos ajudará a esquecer o mal e replantar o bem. Para nós, herdeiros de longo passado culposo, a es­fera das formas físicas simboliza a porta de saída do inferno que criamos". Druso, que estampava na voz a inflexão de quem trazia uma dor imensamente sofrida, concluiu então a sua mensagem: "Supliquemos ao Senhor nos conceda forças para a vitória – , vitória que nascerá em nós para a grande compreensão. Somente assim, ao preço de sacrifício no reajuste, conseguiremos o passaporte libertador!..." (Capítulo 2, pp. 27 e 28) (Continua no próximo número.)




 


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