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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 4 - N° 202 - 27 de Março de 2011
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)

 
Cláudio Bueno da Silva:

“Minha proposta não é doutrinar pessoas”

O autor do livro de contos Um Sorriso como Resposta fala sobre seu trabalho e sobre os objetivos que o levam a escrever

 

Cláudio Bueno da Silva (foto), natural de São Paulo-SP, ora radicado na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, contabilista de profissão, atua há 33 anos no Instituto Obreiros do Bem, na mesma cidade. Divulgador da literatura espírita, lançou há pouco seu primeiro livro – Um Sorriso como Resposta –, publicado pela Editora Mythos. Trata-se de uma obra composta de contos nos quais o autor utiliza trechos da Revista Espírita e de outros livros da Codificação Kardequiana, do que resultaram textos comoventes e muitos esclarecedores.

Para falar de seu trabalho, o confrade

concedeu-nos a seguinte entrevista: 

Como surgiu a vontade de escrever contos?

Sempre gostei do gênero. O texto curto, rápido, dá resposta imediata ao leitor. Muito exigente comigo mesmo, me desfiz de muita matéria que escrevi no passado. Em vista das múltiplas atividades, dentro e fora do movimento espírita, nunca considerei a possibilidade de interrompê-las para concentrar meu tempo a escrever histórias com  o compromisso eventual de fazer um livro. De uns anos para cá, essa hipótese me pareceu viável. Mais maduro, hoje me dedico muito à tarefa de escrever. 

E como surge a vinculação de cada conto com o pensamento espírita? 

Uma palavra, uma frase me basta para  trazer a ideia. Com um livro na mão, muitas vezes, interrompo de imediato a leitura, pego a prancheta ou vou direto ao computador e a história vai se construindo. Ora veloz, ora pausada. O pensamento espírita normalmente vem agregado no desenvolvimento do texto. Mesmo quando a história parece não ter nenhum vínculo direto, busco ilações, trabalho caminhos que a enquadrem àquilo que pretendo. O importante é dizer coisa séria e útil. 

O livro traz várias citações da Revista Espírita como motivação dos contos, tornando-se importante veículo de estímulo para o estudo daquela publicação de Kardec. Como surgiu a ideia de vincular a Revue Spirite aos contos que escreveu? 

A Revista Espírita é muito pouco lida pelos espíritas, infelizmente. Conhecendo um pouco desse monumental laboratório onde Allan Kardec experimentou ideias, conceitos e pensamentos que fazem a estrutura da doutrina, vi na ligação das histórias com a Revista uma forma de despertar a curiosidade  das pessoas para aquela importante publicação. Além do mais, a palavra de Kardec que justaponho aos contos é um reforço e uma fiança doutrinária aos seus conteúdos. 

Você considera o conto uma boa forma de atingir o leitor? Por quê? 

Em verdade, o conto talvez não seja a leitura predileta do espírita, que prefere mais o romance. No entanto, há extraordinários trabalhos nesse gênero, como os de Humberto de Campos, Hilário Silva, Jorge Rizzini, numa rápida citação, e muitos encarnados também, que servem magnificamente para falar dos temas espíritas com eficiência. 

De que forma os livros de contos podem contribuir para expansão do pensamento espírita? 

Vejo no conto a forma mais prática e rápida de que o escritor espírita possa dispor para se comunicar com o leitor. Com histórias curtas e objetivas, ele pode emocionar, fazer rir, revolver lembranças, recordações, puxar reflexões nos leitores. E o mais importante no conto espírita: as ilações doutrinárias explícitas ou sugeridas. O conto é uma coisa mágica. Devido às suas características próprias, ele tem o dom de fazer o leitor, a cada nova história, fechar o volume e ficar por alguns momentos pensando, refletindo, amadurecendo as ideias, conversando consigo mesmo. 

Há outros livros em projeto? Você tem pesquisado e escrito mais?

Sim. Tenho produzido bem, não tanto quanto gostaria, pois nem sempre depende só da nossa vontade de escrever. Leio e estudo desde sempre. O estudo doutrinário e a cultura literária fazem parte do meu cotidiano. Estou estudando com um amigo a possibilidade de um livro lítero-doutrinário, em parceria. Ando tecendo também o que viria a ser um romance, desdobrado em regiões do agreste nordestino. Mas, por ora, peço a Deus que dê a este lançamento o que achar que deve. 

Como estudioso espírita, que aspecto doutrinário do Espiritismo você destaca como fator de equilíbrio para a vida?  

Allan Kardec afirmou que o Espiritismo é uma filosofia com bases científicas e consequências morais. Disse ainda que sua força está na sua filosofia. Aceito muito bem isso. O homem muda, se transforma, quando pensa, quando reflete filosoficamente. Depois age baseado na convicção que adquiriu, fruto do seu trabalho interior individual. A moral dará então qualidade a essas ações. Como filosofia e moral espíritas são de boa natureza, o indivíduo será equilibrado se viver em conformidade com esses aspectos. 

Os personagens de seus contos são imaginados ou são fruto de vivências pessoais ou da inspiração mediúnica? 

Creio que as três hipóteses podem ser aceitas em muitos dos meus textos. No conto "Repórter de um diário francês", por exemplo, a inspiração foi muito acentuada, pois o texto saiu de um jato, com poucas emendas e naquela hora podia estar pensando em tudo, menos naquelas situações. Depois de pronto, lendo o original para minha esposa, entrei numa comoção enorme que me fez chorar convulsivamente. Outros trabalhos têm vivência real misturada à criação literária. Agora, a inspiração, quem poderá sabê-la? Você se predispõe a escrever bem-intencionado, compenetrado, ela vem mesmo. Sempre tem alguém disposto a colaborar. 

Algo mais que gostaria de acrescentar? 

Quero agradecer àqueles que me têm aberto portas para que eu possa levar meu trabalho ao conhecimento dos leitores espíritas e não-espíritas. Embora a temática deste livro seja pautada nas ideias espíritas, minha proposta não é doutrinar pessoas, apenas espalhar o rico e inesgotável conteúdo doutrinário espírita em meio às histórias, de forma a deixar esse material de reflexão ao alcance de todos, cabendo a cada um processá-lo ao seu modo. 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita