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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 200 - 13 de Março de 2011

HUGO ALVARENGA NOVAES
hugo.an@uol.com.br

Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil)
 

Somos Espíritos

"A alma é insuscetível de destruição; é ela que vivifica o corpo; traz consigo a vida onde aparece. Não recebe a morte — é imortal." (SÓCRATES.)

Deus não realizaria para nós tantas maravilhas, se com a morte do corpo acabasse também a vida da alma.” (SANTO AGOSTINHO.)


Vários indivíduos, os quais interpretam a Bíblia unicamente pelo modo literal, baseiam-se em Gênesis 1,26 e pensam que Deus, um Ser Imaterial, pode ter uma imagem, e que esta é igual ao Homem. Se as pessoas olhassem este livro com uma visão simbólica, a qual é mais elevada, veriam que a verdade de um determinado texto bíblico ficaria plenamente transparente e totalmente visível, mesmo, essa citação sendo recoberta pela letra. Exemplificando, lembremos da cruz; para alguns, ela é um símbolo muito mais profundo que os dois pedaços de madeira superpostos. Voltando em Gênesis 1,26, veremos que a expressãoimagem e semelhança” pode ser compreendida de uma forma mais lógica e racional

No Novo Testamento, vemos o apóstolo João em seu Evangelho, mais especificamente no quarto capítulo, no versículo vigésimo quarto, afirmar com segurança queDeus é Espírito”. Assim, visto que, até nas Escrituras, o Altíssimo não é tido como uma personalidade, e é sabido que o Supremo Arquiteto do Universo tem uma Inteligência Superior, cremos não estar Ele ligado às coisas materiais, como a aparência que é física, aliado ao fato de estar em um grau evolutivo muitíssimo superior ao Ser Humano. É fácil concluir, bastando-nos raciocinar que a parecença aludida por Moisés, existente entre o Criador e Sua Criação Principal, é unicamente Espiritual. Ora, não devemos rebaixar o Pai Maior ao tamanho minúsculo de seus filhos, afinal de contas, é incomensurável a distância evolutiva que medeia os dois. Ainda na Segunda Revelação, em João 20,29, notamos o Divino Jardineiro interpelar o seu discípulo Tomé: “Porque me viste, creste?” E conclui sabiamente: “Bem-aventurados os que não viram e creram”. Aqui, além de o Excelso Rabi referir-se ao seu próprio aparecimento, mostra-nos que têm mais importância as coisas invisíveis às outras. Tendo ciência de que somos seres duais, fato esse corroborado por Paulo (o apóstolo do Evangelho), quando em sua primeira carta aos Coríntios, no décimo quinto capítulo, no versículo quadragésimo quarto, disse que “há corpo animal e espiritual” e logo mais adiante, quando fala quecarne e sangue não podem herdar o reino de Deus” (I Coríntios 15,50), fica-nos claro que o nosso segundo envoltório está em primeiro lugar, e é para este que devemos direcionar as atenções, não para o corpo físico, o qual perderá a vitalidade com a morte, será enterrado e consequentemente decomposto com o tempo

No princípio de “O Livro dos Espíritos”, logo na sexta parte de sua introdução, é-nos dito que “a alma é um Espírito encarnado” e que “deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para passar por nova existência material, após um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece em estado de Espírito errante”. No cerne dessa obra literária, mais exatamente na questão 85, é perguntado “qual dos dois, o mundo espírita ou o mundo corpóreo, é o principal, na ordem das coisas?”. Os Espíritos nos respondem clara e sucintamente que “O mundo espírita, que preexiste e sobrevive a tudo”. Um pouco mais adiante, observamos na pergunta 254, que: a fadiga (como a entendemos) pertence exclusivamente aos humanos; perceberemos na 257, que o verdadeiro sofrimento é moral, não físico; além disso, no mesmo lugar, notamos que quem , ouve, enfim, quem sente tudo é o Espírito; na 939, ficamos sabendo que quem ama também é este; em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo 5, no item 20, certificamo-nos de que a felicidade não é deste orbe

Tendo tudo isso em vista, e devido ao fato de que Jesus é um Espírito de primeira grandeza, temos certeza absoluta de que Ele não sofreu com as dores dos golpes que Lhe foram infligidos. Que fique claro: “sabemos que o Cristo sentiu as pancadas físicas, apenas não padeceu com estas”.   

Entendamos devidamente os dizeres do Sublime Mestre Nazareno e, na medida do possível, imitemos os dizeres do Sábio dos Sábios, quando Este se referiu a Pôncio Pilatos, falando que seu reino não era desse mundo (João 18,36).

* 

Caros leitores, estando nós, cientes desta duplicidade e certos de que o Espírito é superior à carne, compreenderemos melhor nosso viver cotidiano e, consequentemente, seremos mais tranquilos e felizes

Tendo em vista todo o exposto anteriormente citado e devido ao fato de que ora estamos encarnados e em outro momento encontramo-nos desencarnados, não temos dúvidas em afirmarque somos Espíritos” e não que simplesmente o possuímos.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita