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Correio Mediúnico
Ano 4 - N° 200 - 13 de Março de 2011
 

 

Um irmão de regresso 

Efigênio S. Vítor
 

Espírita militante que fui, muitas vezes, dirigindo sessões mediúnicas, desejei que algum dos companhei­ros desencarnados me trouxesse notícias do Além, tão precisas e claras quanto possível, a começar do ambien­te das reuniões que eu presidia ou das quais partilhava.

Desembaraçado agora do corpo físico, não obstan­te carregar ainda muitas velhas imperfeições morais, tentarei comentar nossa paisagem de serviço, no intuito de fortalecê-los, na edificação que fomos chamados a levantar.

Como não ignoram, operamos aqui em bases de ma­téria noutra modalidade vibratória.

Por mercê de Deus, possuímos nossa sede de tra­balho em cidade espiritual que se localiza nas regiões superiores da Terra ou, mais propriamente, nas regiões inferiores do Céu.

Gradativamente, a Humanidade compreenderá, com dados científicos e positivos, que há no Planeta outras faixas de vida. E assim como existe, por exemplo, para o serviço humano o solo formado de argila, areia, calcário e ele­mentos orgânicos, temos para as nossas atividades o solo etéreo, em esfera mais elevada, com as suas proprieda­des químicas especiais e obedecendo a leis de plasticidade e densidade características.

É de lá, de onde se erguem organizações mais no­bres para a sublimação do espírito e onde a Natureza estua em manifestações mais amplas de sabedoria e gran­deza, que tornamos ao convívio de nossos irmãos en­carnados para a continuação da tarefa que abraçamos no mundo.

Satisfazendo, porém, ao nosso objetivo essencial, aproveitaremos os minutos de que dispomos para fa­lar-lhes, de algum modo, acerca da tela de nossas ativi­dades.

Qual ocorre aos demais santuários de nossa fé, orientados pelo devotamento ao bem, junto aos quais o Plano Superior mantém operosas e abnegadas equipes de assistência, nossa casa, consagrada à Espiritualidade, é hoje um pequeno mas expressivo posto de auxílio, erigido à feição de pronto-socorro. Com a supervisão e cooperação de vasto corpo de colaboradores em que se integram médicos e religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns espíritas já desencarnados, além de magnetiza­dores, enfermeiros, guardas e padioleiros, temos aqui diversificadas tarefas de natureza permanente.

Nossa reunião está garantida por três faixas magnéticas protetoras.

A primeira guarda a assembleia constituída e aque­les desencarnados que se lhes conjugam à tarefa da noite. A segunda faixa encerra um círculo maior, no qual se aglomeram algumas dezenas de companheiros daqui, ainda em posição de necessidade, à cata de socorro e esclarecimento. A terceira, mais vasta, circunda o edifício, com a vi­gilância de sentinelas eficientes, porque, além dela, te­mos uma turba compacta — a turba dos irmãos que ainda não podem partilhar, de maneira mais íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico.

Essa multidão assemelha-se à que vemos, frequentemente, diante dos templos católicos, espíritas ou protestantes com incapa­cidade provisória de participação no culto da fé.

Bem junto à direção de nossas atividades, está reu­nida grande parte da equipe de funcionários espirituais que nos preservam as linhas magnéticas defensivas. À frente da mesa orientadora, congregam-se os com­panheiros em luta a que nos referimos. E em contraposição com a porta de acesso ao recin­to, dispomos em ação de dois gabinetes, com leitos de socorro, nos quais se alonga o serviço assistencial. Entre os dois, instala-se grande rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos desen­carnados rebeldes ou recalcitrantes, rede essa que é um exemplar das muitas que, da vida espiritual, inspiraram a medicina moderna no tratamento pelo eletrochoque.

E assim organiza-se nossa casa para desenvolver a obra fraterna em que se empenha, a favor dos compa­nheiros que não encontraram, depois da morte, senão as suas próprias perturbações.

Assinalando, de maneira fugacíssima, o setor de nossa movimentação, devemos recordar que, acima da crosta terrestre comum, temos uma cinta atmosférica que classificamos por «cinta densa», com a profundidade aproximada de 50 quilômetros, e, além dela, possuímos a «cinta leve», com a profundidade aproximada de 950 qui­lômetros, somando 1.000 quilômetros acima da esfera em que vocês presentemente respiram.

Nesse grande mundo aéreo, encontramos múltiplos exemplares de almas desencarnadas, junto de variadas espécies de criaturas subumanas, em desenvolvimento mental no rumo da Humanidade.

Milhões de Espíritos alimentam-se da atmosfera terrestre, demorando-se, por vezes, muito tempo, na con­templação íntima de suas próprias visões e criações, nas quais habitualmente se imobilizam, à maneira da alga marinha que nutre a si mesma, absorvendo os princípios do mar.

Meus amigos, para o espírita a surpresa da desen­carnação pode ser muito grande, porque além-túmulo con­tinuamos nas criações mentais que nos inspiravam a exis­tência do mundo.

O Espiritismo é uma concessão nova do Senhor à nossa evolução multimilenária.

Surpreendemos em nossa Doutrina vastíssimo campo de libertação, mas também de responsabilidade profun­da, e o maior trabalho que nos compete efetuar é o de nosso próprio burilamento interior, para que não este­jamos vagueando nas trevas das horas inúteis, pois somente aqueles que demandam a morte, sustentando maiores valores de aperfeiçoamento próprio, é que se ajustam sem sacrifício à própria elevação.

Reportando-nos à experiência religiosa, poucos pa­dres aqui continuam padres, poucos pastores prosseguem pastores e raros médiuns de nossas formações doutriná­rias continuam médiuns, porquanto os títulos de serviço na Terra envolvem deveres de realização dos quais quase sempre vivemos em fuga pelo vício de pretender a san­tificação do vizinho, antes de nossa própria melhoria, em nos referindo à construção moral da virtude.

A morte é simplesmente um passo além da experiên­cia física, simplesmente um passo.

Nada de deslumbramento espetacular, nada de trans­formação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e so­nhos.

Por isso, propunha-me a falar-lhes, de algum modo, nesta primeira visita psicofônica, do compromisso que assumimos, aceitando a nossa fé pura e livre... porque num movimento renovador tão grande, tão iluminativo e tão reconfortante quanto o nosso, é muito fácil começar, muito difícil prosseguir e, apenas em circunstâncias mui­to raras, somos capazes de conquistar a coroa da vitória para a tarefa que encetamos.

Somos espíritas encarnados e desencarnados. À nossa frente, desdobra-se a vida — a vida que precisamos compreender com mais largueza de pensa­mento, com mais altura de ideal e com mais sadio in­teresse no estudo e na prática da Doutrina que vale em nossa peregrinação por sublime empréstimo de Deus.

Não se esqueçam de que se é grande a significação de nossa fé, enquanto viajamos no mundo, a importân­cia dela é muito mais ampla depois de perdermos a ves­te fisiológica.

Em outra oportunidade, tornaremos ao intercâmbio. Nossos assuntos são fascinantes e, em outro ensejo, nossa amizade voltará.

Jesus nos ilumine e abençoe.

 

Mensagem psicofônica transmitida na noite de 7 de outubro de 1954, por intermédio do médium Francisco Cândido Xavier, constante do cap. 31 do livro Instruções Psicofônicas.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita