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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 199 - 6 de Março de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 38)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como pode um Espírito trazer flores para dentro de um recinto fechado?

Segundo André, um fato semelhante ocorreu assim: Um Espírito tomou pequena porção das forças materializantes do médium sobre as mãos e afastou-se, para trazer, daí a instantes, algu­mas flores que foram distribuídas com os irmãos encarnados. Aulus explicou: "É o transporte comum, realizado com reduzida cooperação das energias me­dianímicas. Nosso amigo apenas tomou diminuta quantidade de força ec­toplásmica, formando somente pequeninas cristalizações superficiais do polegar e do indicador, em ambas as mãos, a fim de colher as flores e trazê-las até nós". As flores transpuseram o tapume de alve­naria, penetrando o recinto graças ao concurso de técnicos competentes para desmaterializar os elementos físicos e reconstituí-los de imediato. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 28, pp. 268 e 269.) 

B. Pode dar-se o contrário, ou seja, um objeto ser removido da sala de sessões para o exterior?

Sim, e com a mesma facilidade. "As cidadelas atômicas, em qualquer construção da forma física, não são fortalezas maciças, qual acontece em nossa própria esfera de ação. O espaço persiste em todas as formações e, através dele, os elementos se interpenetram", explicou Aulus. (Obra citada, cap. 28, pp. 270 e 271.) 

C. O ectoplasma só existe no ser humano?

Não. Situado entre a maté­ria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de ema­nações da alma pelo filtro do corpo, é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos fí­sicos que se deram na sessão descrita por André Luiz. Trata-se de um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. (Obra citada, cap. 28, pp. 271 e 272.)

Texto para leitura 

121. A sabedoria não se improvisa - Diante das explicações de Aulus, Hi­lário não se conteve: "E por que nos sujeitarmos a fatores incapazes, assim?" O Assistente respondeu-lhe: "Não diga `fatores in­capazes'. Digamos `fatores insipientes'. Simbolizemos a necessidade como sede escaldante e a mediunidade imperfeita ou mal comandada como sendo a água menos limpa. À falta do líquido puro, não podemos hesi­tar. Utilizamo-nos da água nas condições em que a encontramos. E, em seguida, que fazer? Teremos paciência com a fonte, decantando-lhe, pouco a pouco, a corrente poluída. A mediunidade sublimada, através de instrumentos dignos e conscientes no mandato que lhes corresponde, é algo de eterno e divino que a Humanidade está edificando. Isso não é obra de afogadilho. A improvisação não é alicerce para os santuários da sabedoria e do amor que desafiam o tempo". Enquanto o mentor expli­cava, grande massa de substância ectoplásmica leitosa-prateada, da qual se destacavam alguns fios escuros e cinzentos, amontoava-se, abundante. Técnicos desencarnados manipulavam-na, com atenção. Aulus informou: "Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber – fluidos A, represen­tando as forças superiores e sutis de nossa esfera, fluidos B, defi­nindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem, e flui­dos C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre. Os fluidos A podem ser os mais puros e os fluidos C podem ser os mais dóceis; no entanto, os fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium, são capazes de estragar-nos os mais nobres projetos. Nos círculos, aliás raríssimos, em que os elementos A encontram segura colaboração das energias B, a materialização de ordem elevada assume os mais altos característicos, raiando pela sublimidade dos fenômenos; contudo, onde predominam os elementos B, nosso concurso é consideravelmente reduzido, porquanto nossas maiores possibilidades passam a ser canalizadas na dependência das forças inferiores do nosso plano, que, afinadas aos potenciais dos irmãos encarnados, podem se­nhorear-lhes os recursos, invadindo-lhes o campo de ação e inclinando-lhes as experiências psíquicas no rumo de lastimáveis desastres". (Cap. 28, págs. 264 a 266) 

122. Roupão ectoplásmico - Garcez, um dos técnicos espirituais em ser­viço, pediu o auxílio magnético de Aulus, porque o campo fluídico na sala se fi­zera demasiado espesso. Os pequenos jactos de força ecto­plásmica, arremessados até lá, em caráter experimental, tornavam ao gabinete, revelando forte teor de toxinas de variada classificação. É que as catorze pessoas reunidas no recinto eram catorze caprichos di­ferentes. Ninguém ali mostrava bastante compreensão do esforço despen­dido pelas entidades... E, ao invés de ajudar o médium, cada compa­nheiro pesava sobre ele com inauditas exigências. Em face disso, o médium não con­tava com suficiente tranquilidade e parecia um animal raro, acicatado por múltiplos aguilhões, tais os pensamentos descabi­dos de que se via objeto. A materialização de ordem superior tornava-se, assim, inviá­vel. "Teremos – disse Garcez – tão-só o médium des­dobrado, incorpo­rando a nossa enfermeira para socorro às irmãs doen­tes. Nada mais. Não dispomos do concurso preciso." Aulus auxiliou mag­neticamente a trans­ferência de certo coeficiente de energias do veí­culo físico para o corpo perispiritual do médium, que se mostrou vivamente reanimado, enquanto o veículo denso desceu à mais funda prostração. Amigos espirituais en­volveram o corpo sutil do médium em extenso rou­pão ectoplásmico e a enfermeira uniu-se a ele, comandando-lhe os movi­mentos. O fenômeno se assemelhava à psicofonia: o médium, ausente do corpo carnal, achava-se controlado pela benfeitora, à maneira de um médium psicofônico, dife­renciado apenas pela roupagem singular, estru­turada com apetrechos ec­toplásmicos, imprescindíveis à permanência dele no recinto, onde  ex­plodiam pensamentos perturbados e inquietan­tes. O medianeiro mantinha-se consciente, embora não devesse guardar depois, ao regressar ao campo físico, qualquer lembrança do ocorrido. Enlaçado pela entidade generosa, ele alcançou o estreito aposento, exibindo a roupagem deli­cada, semelhante a uma túnica de luar, emi­tindo prateada luz, cuja claridade, à medida que varava a atmosfera reinante no recinto, esmae­cia, chegando a apagar-se quase de todo. (Cap. 28, págs. 266 a 268) 

123. Transporte de flores - Ficava nítida ali a necessidade de objetivo moral elevado em trabalhos dessa espécie. "A posição neuropsíquica dos companheiros encarnados que nos compartilham a tarefa, no momento, não ajuda", informou Aulus. Eles absorviam os recursos sutis, sem qualquer retribuição que pudesse compensar, de alguma forma, a despesa de flui­dos laboriosamente trabalhados. André observou, então, que efetiva­mente escuras emissões mentais esguichavam contínuas, entrechocando-se de maneira lastimável. Os encarnados mais pareciam crianças incons­cientes, pensando em termos indesejáveis e expressando petições absur­das, no aparente silêncio a que se acomodavam, irrequietos. Exigindo a presença de amigos desencarnados, sem cogitarem da oportunidade e do merecimento imprescindíveis, criticavam essa ou aquela particularidade do fenômeno ou prendiam a imaginação a problemas aviltantes da expe­riência vulgar. Mesmo assim, nesse clima difícil, a enfermeira devo­tada socorreu os doentes, aplicando-lhes raios curativos. Várias vezes ela deixou o recinto e a ele voltou, porquanto, à simples aproximação dos pensamentos inadequados que lhes senhoreavam as vibrações, toda a matéria ectoplásmica se ressentia, obscurecendo-se ao bombardeio das formações mentais nascidas da assistência. Findo o trabalho medicamen­toso, um Espírito tomou pequena porção das forças materializantes do médium sobre as mãos e afastou-se, para trazer, daí a instantes, algu­mas flores que foram distribuídas com os irmãos encarnados, no intuito de sossegar-lhes a mente excitadiça. O Assistente explicou: "É o transporte comum, realizado com reduzida cooperação das energias me­dianímicas. Nosso amigo apenas tomou diminuta quantidade de força ec­toplásmica, formando somente pequeninas cristalizações superficiais do polegar e do indicador, em ambas as mãos, a fim de colher as flores e trazê-las até nós". Hilário observou a facilidade com que a energia ectoplásmica atravessou a matéria densa, porque o Espírito, usando-a nos dedos, não encontrou qualquer obstáculo na transposição da parede. Aulus lembrou-lhe que também as flores transpuseram o tapume de alve­naria, penetrando o recinto graças ao concurso de técnicos bastante competentes para desmaterializar os elementos físicos e reconstituí-los de imediato. (Cap. 28, págs. 268 e 269) 

124. Moldes materializados - O Assistente informou que, caso hou­vesse utilidade, um objeto poderia ser removido da sala de sessões para o exterior, com a mesma facilidade. "As cidadelas atômicas, em qualquer construção da forma física, não são fortalezas maciças, qual acontece em nossa própria esfera de ação. O espaço persiste em todas as formações e, através dele, os elementos se interpenetram", explicou Aulus. Em seguida, o médium foi religado ao corpo carnal. O rapaz che­gou a esfregar o rosto, estremunhado; contudo, sob a atuação de passes calmantes, arrojou-se, de novo, à hipnose profunda. Forças ectoplásmi­cas recomeçaram, então, a surgir das narinas e dos ouvidos, revitali­zadas e abundantes. Nesse momento, alguns Espíritos passaram a outro compartimento, onde grande balde de parafina fervente, sobre pequeno fogão elétrico, requisitou-lhes a atenção. Uma entidade cobriu sua destra com a pasta dúctil que manava fartamente do médium e materiali­zou-a com perfeição, mergulhando-a, logo após, na parafina superaque­cida, deixando aos componentes da reunião o primoroso molde como lem­brança. Outra entidade modelou três flores, imergindo-as também no vaso, para depois ficarem como doce recordação daquela noite. Na se­quência, entidades amigas da casa trouxeram do exterior diversas con­chas marinhas, em que se viam delicados perfumes que se volatilizaram no recinto em vagas deliciosas. A sessão chegava ao fim. (Cap. 28, págs. 270 e 271) 

125. O ectoplasma não existe apenas no homem - Notando que os amigos espirituais submetiam o médium a complicadas operações magnéticas, através das quais a substância materializante era restituída ao corpo físico, inteiramente purificada, André e Hilário crivaram o instrutor de perguntas. Aulus elucidou: "O ectoplasma está situado entre a maté­ria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de ema­nações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos fí­sicos que analisamos. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. Pode ser comparado a genuína massa protoplásmica, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que os exterio­riza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser". E o instrutor ajuntou: "Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da ob­jetiva fotográfica, dá consistência aos fios, bastonetes e outros ti­pos de formações, visíveis ou invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com ele. Exige-nos, pois, muito cuidado, para não sofrer o domínio de Inteligências som­brias, de vez que manejado por entidades ainda cativas de paixões de­primentes poderia gerar clamorosas perturbações". O instrutor infor­mou, ainda, que o médium de materialização, polarizando as energias do plano espiritual, funciona como entidade maternal, de cujas possibili­dades criativas os Espíritos materializados retiram os recursos im­prescindíveis às suas manifestações, sendo, a prazo curtíssimo, autên­ticos filhos dele. (Cap. 28, págs. 271 e 272) (Continua no próximo número.)
 



 


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