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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 198 - 27 de Fevereiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  


Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 37)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como André Luiz descreve o ectoplasma?

O ectoplasma lhe pareceu qual pasta flexível, à maneira de uma geleia viscosa e semilíquida, expelida do corpo do médium através de todos os poros e, com mais abundân­cia, pelos orifícios naturais, particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos, com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos. A substância, caracterizada por um cheiro especialíssimo, escorria em movimentos reptilianos, acumulando-se na parte inferior do organismo medianímico, onde apresentava o as­pecto de grande massa protoplásmica, viva e tremulante. Segundo Aulus, o ectoplasma está em si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em formação se encon­tram ligadas à mente maternal. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 28, pp. 261 e 262.)

B. Podemos considerar a mediunidade de efeitos físicos um privilégio outorgado a certas pessoas?

Não. Possuir essa faculdade não consti­tui nenhum privilégio para os seus portadores, nem traduz sublimação, mas meio de serviço. As forças materializantes independem do caráter e das qualidades morais dos que as possuem, constituindo emanações do mundo psicofísico, das quais o ci­toplasma é uma das fontes de origem. (Obra citada, cap. 28, pp. 263 e 264.) 

C. No fenômeno da materialização de Espíritos, o pensamento do médium exerce alguma influência?

Sim. O pensa­mento do médium pode influir nas formas materializadas, mesmo quando essas formas se encontrem sob rigoroso controle dos Espíritos. Eis por que se requer completa isenção de ânimo por parte de todos que se de­votam a semelhantes realizações. As forças materializantes são como as demais forças manipuladas pelos Espíritos nas tarefas de in­tercâmbio. Médiuns possuídos de interesses inferiores, seja em matéria de afeti­vidade mal conduzida, de ambição desregrada ou de pontos de vista pes­soais, nos diversos departamentos das paixões comuns, podem influir de forma negativa nesses trabalhos, do mesmo modo que os demais partici­pantes da sessão imbuídos dos mesmos propósitos. (Obra citada, cap. 28, pp. 263 e 264.)

Texto para leitura

117. Cada aventura menos digna tem seu preço - Hilário, que refletia si­lencioso, inquiriu preocupado: "Por que se entregam nossos irmãos en­carnados a semelhantes práticas de menor esforço? Há tantas lições de aprimoramento espiritual, há tantos apelos à dignificação da mediuni­dade, nas linhas doutrinárias do Espiritismo!... Por que o desequilí­brio?" O Assistente esclareceu que eles não se achavam ali diante da Doutrina do Espiritismo: "Presenciamos fenômenos mediúnicos, manobra­dos por mentes ociosas, afeiçoadas à exploração inferior por onde pas­sam, dignas, por isso mesmo, de nossa piedade. E não ignoramos que fe­nômenos mediúnicos são peculiares a todos os santuários e a todas as criaturas". Explicando por que os encarnados muitas vezes preferem a convivência com desencarnados presos ao campo sensorial da vida fí­sica, Aulus asseverou: "É sempre mais fácil ao homem comum trabalhar com subalternos ou iguais, porque servir ao lado de superiores exige boa vontade, disciplina, correção de proceder e firme desejo de melho­rar-se". "Sabemos que a morte não é milagre. Cada qual desperta, de­pois do túmulo, na posição espiritual que procurou para si... Ora, o homem vulgar sente-se mais à solta junto das entidades que lhe lison­jeiam as paixões, estimulando-lhe os apetites, de vez que todos somos constrangidos a educar-nos, na vizinhança de companheiros evolutivos, que já aprenderam a sublimar os próprios impulsos, consagrando-se à lavoura incessante do bem." Quanto aos abusos que se praticavam na­quela reunião, Aulus informou: "Quando o erro procede da ignorância bem-intencionada, a Lei prevê recursos indispensáveis ao esclareci­mento justo no espaço e no tempo, porquanto a genuína caridade, sob qualquer título, é sempre venerável. Entretanto, se o abuso é delibe­rado, não faltará corrigenda". Naquele caso concreto, Teotônio e Rai­mundo (os desencarnados) eram mais vampirizados que vampirizadores. Fascinados pelos apelos de Quintino (o dirigente) e dos médiuns, se­guiam-lhes os passos, como aprendizes que seguem seus mentores. Se não se reajustarem no bem, tão logo se desencarnem, o dirigente do grupo e os médiuns serão surpreendidos pelas entidades que escravizaram, a lhes reclamarem orientação e socorro e, provavelmente, mais tarde, se unirão pelos laços de família, na condição de pais e filhos, para acertar contas, recompor atitudes e alcançar assim pleno equilíbrio nos débitos em que se emaranharam. "Cada serviço nobre recebe o salá­rio que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde", concluiu o Assistente. (Cap. 27, págs. 255 a 257)

118. Sessão de materialização - Na noite seguinte, André foi a acanhado apartamento, no qual se realizariam trabalhos de materialização, as­sunto que ele já havia explanado em seu livro "Missionários da Luz". O recinto destinado à reunião constituía-se de duas peças, uma sala de estar ligada a estreito quarto de dormir. Neste, transformado em gabi­nete, situava-se o médium, um homem ainda moço, e na sala espalhavam-se quatorze pessoas, das quais se destacavam duas senhoras enfermas, motivo principal da sessão, uma vez que pretendiam recolher a assistên­cia amiga dos Espíritos materializados. Indicando-as, disse Aulus: "Venho com vocês até aqui, considerando as finalidades do socorro aos enfermos, porque, embora sejam muitas as tentativas de materialização de forças do nosso plano, na Terra, com raras exceções quase todas se desenvolvem sobre lastimáveis alicerces que primam por infelizes ati­tudes dos nossos irmãos encarnados". E acrescentou: "Só os doentes, por enquanto, no mundo, justificam a nosso ver o esforço dessa espé­cie, junto das raras experiências, essencialmente respeitáveis e dig­nas, realizadas pelo mundo científico, em benefício da Humanidade". A conversação não pôde prosperar, porque diversos obreiros iam e vinham, dando a perceber que chegara o momento de iniciar-se a sessão. A higienização processava-se ativa. Aqui surgiam aparelhos delicados para a emissão de raios cura­tivos, acolá se efetuava a ionização do ambiente, com efeitos bacteri­cidas, mas alguns encarnados, como costuma acontecer habitualmente, não tomavam a sério as responsabilidades do assunto e traziam consigo emanações tóxicas, oriundas do abuso de nicotina, carne e aperitivos, além das formas-pensamentos menos adequadas à seriedade da tarefa. (Cap. 28, págs. 259 e 260)

119. O ectoplasma - Dezenas de entidades bem comandadas e evidenciando as melhores noções de disciplina articulavam-se no esforço preparató­rio da reunião. O médium já havia recebido eficiente amparo no campo orgânico. A digestão e a circulação, tanto quanto o socorro às vísce­ras já eram problemas solucionados. Apagada a luz elétrica e pronun­ciada a oração inicial, o grupo passou a entoar hinos evangélicos, para equilibrar as vibrações do recinto. Entidades extraíam forças de pessoas e coisas da sala, inclusive da Natureza em derredor, as quais, casa­das aos elementos da esfera espiritual, faziam do gabinete mediúnico precioso e complicado laboratório. Correspondendo à atuação magnética dos mentores responsáveis, o médium desdobrou-se, afastando-se do veí­culo físico, de modo tão perfeito que o ato em si mais parecia a pró­pria desencarnação, porque seu corpo jazia no leito, como se fora um casulo de carne, largado e inerte. O veículo físico começou, então, a expelir o ectoplasma, qual pasta flexível, à maneira de uma geleia viscosa e semilíquida, através de todos os poros e, com mais abundân­cia, pelos orifícios naturais, particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos, com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos. A substância, caracterizada por um cheiro especialíssimo, escorria em movimentos reptilianos, acumulando-se na parte inferior do organismo medianímico, onde apresentava o as­pecto de grande massa protoplásmica, viva e tremulante. (N.R.: O vocá­bulo protoplásmica diz respeito a protoplasma, que significa o con­teúdo celular vivo, formado principalmente de citoplasma e núcleo.) Enquanto isso ocorria, o médium, separado da vestimenta física, rece­bia carinhosa assistência dos Espíritos, como se fora um doente ou uma criança. Aulus explicou: "O ectoplasma está em si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em formação se encon­tram ligadas à mente maternal. Em razão disso, toda a cautela é indis­pensável na assistência ao medianeiro". Tal cuidado decorria da possi­bilidade de inconveniente intervenção do médium nos trabalhos e seria desnecessário se o médium fosse adequadamente preparado para a tarefa, porque aí ele mesmo colaboraria junto das entidades, evitando-lhes preocupações e contratempos. "A materialização de criaturas e objetos de nosso plano, para ser mais perfeita, exige mais segura desmateriali­zação do médium e dos companheiros encarnados que o assistem", acres­centou o Assistente. (Cap. 28, págs. 261 e 262)

120. Mediunidade é meio de serviço - Aulus esclareceu ainda que o pensa­mento do médium pode influir nas formas materializadas, mesmo quando essas formas se encontrem sob rigoroso controle dos Espíritos. Eis por que se requer completa isenção de ânimo por parte de todos que se de­votam a semelhantes realizações. Possuir essas faculdades não consti­tui, pois, nenhum privilégio para os seus portadores. Mediunidade não traduz sublimação, mas meio de serviço. As forças materializantes são como as demais forças manipuladas pelos Espíritos nas tarefas de in­tercâmbio. Independem do caráter e das qualidades morais dos que as possuem, constituindo emanações do mundo psicofísico, das quais o ci­toplasma é uma das fontes de origem. "Em alguns raros indivíduos – informou Aulus –, encontramos semelhante energia com mais alta per­centagem de exteriorização, contudo, sabemos que ela será de futuro mais abundante e mais facilmente abordável, quando a coletividade hu­mana atingir mais elevado grau de maturação." Até lá, os Espíritos va­lem-se dessas possibilidades como quem aproveita um fruto ainda verde, suportando, porém, o assédio de mil surpresas desagradáveis ao re­colhê-lo, porque, em experiências como esta, eles se submetem a inter­ferências mediúnicas indesejáveis, tanto quanto a influências menos edificantes de companheiros encarnados, inaptos para tais serviços. Médiuns possuídos de interesses inferiores, seja em matéria de afeti­vidade mal conduzida, de ambição desregrada ou de pontos de vista pes­soais, nos diversos departamentos das paixões comuns, podem influir de forma negativa nesses trabalhos, do mesmo modo que os demais partici­pantes da sessão imbuídos dos mesmos propósitos. (Cap. 28, págs. 263 e 264) (Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita