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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 195 - 6 de Fevereiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 34)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. As almas repousam quando o corpo dorme?

Nem sempre. Comentando o caso de Laura, a filha generosa que mesmo durante o sono físico não se descui­dava de amparar o genitor doente, Aulus disse: "Quando o corpo terrestre des­cansa, nem sempre as almas repousam. Na maioria das ocasiões, seguem o impulso que lhes é próprio. Quem se dedica ao bem, de um modo geral continua trabalhando na sementeira e na seara do amor, e quem se ema­ranha no mal costuma prolongar no sono físico os pesadelos em que se enreda...". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 24, pp. 230 e 231.)

B. Um homem portador de histeria pode ser auxiliado pela frequência a um grupo mediúnico?

Sim. O progresso é obra de cooperação. Con­sagrando-se à disciplina e ao estudo, à meditação e à prece – disse Aulus – ele se renovará mentalmente, apressando a própria cura, depois da qual poderá cooperar em trabalhos mediúnicos dos mais proveitosos. “Todo esforço digno, por mínimo que seja, recebe invariavelmente da vida a melhor resposta." (Obra citada, cap. 24, pp. 231 e 232.)

C. Como explicar a fixação mental?

A dúvida foi levantada por Hilário e André. Como pode a mente de­ter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse? Aulus explicou: "É imprescindível compreender que, depois da morte do corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na expe­riência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça princípios uni­versais que não podemos trair”. Aulus complementou: "Simbolizemos o estágio da alma, na Terra, atra­vés da reencarnação, como sendo valiosa linha de frente, na batalha pelo aperfeiçoamento individual e coletivo, batalha em que o coração deve armar-se de ideias santificantes para conquistar a sublimação de si mesmo, a mais alta vitória. A mente é o soldado em luta. Ganhando denodadamente o combate em que se empenhou, tão logo seja conduzida às aferições da morte, sobe verticalmente para a vanguarda, na direção da Esfera Superior, expressando-se-lhe o triunfo por elevação de nível. Entretanto, se fracassa, e semelhante perda é quase sempre a resul­tante da incúria ou da rebeldia, volta horizontalmente, nos acertos da morte, para a retaguarda, onde se confunde com os desajustados de toda espécie, para indeterminado período de tratamento". "Em qualquer frente de luta terrestre, a retaguarda é a faixa atormentada dos neu­róticos, dos loucos, dos mutilados, dos feridos e dos enfermos de toda casta." (Obra citada, cap. 25, pp. 233 a 235.)

Texto para leitura

105. Júlio, o paralítico - Américo dormiu sem detença, surgindo junto de André e seus amigos em desdobramento natural, mas não perce­beu a pre­sença dos benfeitores espirituais, visto que registrava tão-somente a perturbação mental de que se via possuído. Amedrontado, es­pantadiço, avançou para estreita câmara, a pequena distância, e rojou-se ao lado de um velho paralítico, choramingando: "Pai, estou sozinho! so­zinho!... quem me socorre? Tenho medo! medo!..." O pai, vigilante e calmo, assinalou-lhe a presença de algum modo, porque mostrou no sem­blante dolorida expressão, como se lhe estivesse ouvindo as queixas. Por recomendação de Aulus, André Luiz, buscando sintonizar-se com o pai enfermo, escutou-lhe a mente, que dizia de si para consigo: "O' Senhor, sinto-me cercado por Espíritos inquietos... Quem estará junto de mim? Dá-me forças para compreender-te a vontade e acatar-te os de­sígnios... Não me abandones! Tristes são a velhice, a doença e a po­breza quando nos avizinhamos da morte!..." Sob a influência do rapaz, cujos pensamentos ele assimilava sem perceber, o velho dobrou a cabeça e chorou copiosamente. O Assistente esclareceu: "Achamo-nos à frente de pai e filho. Júlio, o genitor de Américo, foi acometido, faz muitos anos, de paralisia das pernas, vivendo assim amarrado à cama, onde ainda se esforça pela subsistência dos seus, em trabalhos leves. En­tregue à provação e à soledade, começou a ler e a refletir com segu­rança. Apreendeu a verdade da reencarnação, encontrou consolo e espe­rança nos ensinamentos do Espiritismo e, com isso, tem sabido marchar com resignação e fortaleza nos dias ásperos que vem atravessando..." Aulus informou que Júlio, sustentado pelo devotamento da esposa, trou­xera ao mundo cinco filhos: uma jovem, Laura, abnegada companheira dos pais, que fora abençoada irmã de Júlio no passado, e quatro rapazes de trato muito difícil. Márcio era alcoóla­tra, Guilherme e Benício consu­miam a mocidade em extravagâncias notur­nas, e Américo, o primogênito, estava longe de recuperar o equilíbrio completo... (Cap. 24, págs. 228 a 230) 

106. Origem do drama familiar - A expiação daquele grupo doméstico era, sem dúvida, rude e dolorosa. Em passado próximo, o pai paralítico era dirigente de pequeno bando de malfeitores. Extremamente ambicioso, asilou-se num sítio, onde se transformou em perseguidor de viajantes desprevenidos, dedicando-se ao furto e à vadiagem... Conseguiu conven­cer quatro amigos a acompanhá-lo nas aventuras delituosas a que se en­tregou pela cobiça tiranizante, comprometendo-lhes a vida moral, e es­ses companheiros eram então os filhos que lhe recebiam agora nova orientação, crivando-o, porém, de preocupações e desgostos. Nesse ponto, André registrou um fenômeno curioso. Uma jovem, de fisionomia nobre e calma, penetrou o quarto, em espírito, passou rente ao grupo socorrista, sem notá-lo, e retirou Américo para fora. Era Laura, a filha generosa, que ainda mesmo durante o sono físico não se descui­dava de amparar o genitor doente. Aulus ministrou recursos vitalizan­tes ao enfermo em lágrimas, e explicou: "Quando o corpo terrestre des­cansa, nem sempre as almas repousam. Na maioria das ocasiões, seguem o impulso que lhes é próprio. Quem se dedica ao bem, de um modo geral continua trabalhando na sementeira e na seara do amor, e quem se ema­ranha no mal costuma prolongar no sono físico os pesadelos em que se enreda..." Os fatos mediúnicos naquele lar eram constantes. Os pensa­mentos dos que partilham o mesmo teto agem e reagem uns sobre os ou­tros, de modo particular, através de incessantes correntes de assimi­lação. A influência dos encarnados entre si é habitualmente muito maior do que se imagina. "Muita vez, na existência carnal – afirmou Aulus –, os obsessores que nos espezinham estão conosco, respirando, reencarnados, o mesmo ambiente. Do mesmo modo há protetores que nos ajudam e elevam e que igualmente participam de nossas experiências de cada dia." (Cap. 24, págs. 230 e 231) 

107. O valor do esforço digno - O instrutor asseverou ser "imprescindível compreender que, em toda a parte, acima de tudo, vive­mos em espírito. O intercâmbio de alma para alma, entre pais e filhos, cônjuges e irmãos, afeiçoados e companheiros, simpatias e desafeições, no templo familiar ou nas instituições de serviço em que nos agrupa­mos, é, em razão disso, a bem dizer, obrigatório e constante". "Sem perceber, consumimos ideias e forças uns dos outros." Logo que o grupo socorrista se preparou para a retirada, Hilário indagou se no caso de Américo, reconhecendo-o como portador da histeria, haveria vantagem na sua frequência ao grupo em que outros médiuns se aperfeiçoavam. "Como não?", respondeu o Assistente. "O progresso é obra de cooperação. Con­sagrando-se à disciplina e ao estudo, à meditação e à prece, ele se renovará mentalmente, apressando a própria cura, depois da qual poderá cooperar em trabalhos mediúnicos dos mais proveitosos. Todo esforço digno, por mínimo que seja, recebe invariavelmente da vida a melhor resposta." (Cap. 24, págs. 231 e 232) 

108. O problema da ideia fixa - Tanto Hilário quanto André solicitaram de Aulus uma lição em torno da fixação mental. Como pode a mente de­ter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse? O Assistente ouviu com atenção e ponderou: "É imprescindível compreender que, depois da morte do corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos que cultivávamos na expe­riência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça princípios uni­versais que não podemos trair. Subordinados à evolução, como avançar sem lhe acatarmos a ordem de harmonia e progresso? A ideia fixa pode operar a indefinida estagnação da vida mental no tempo". Dito isso, o instrutor continuou: "Simbolizemos o estágio da alma, na Terra, atra­vés da reencarnação, como sendo valiosa linha de frente, na batalha pelo aperfeiçoamento individual e coletivo, batalha em que o coração deve armar-se de ideias santificantes para conquistar a sublimação de si mesmo, a mais alta vitória. A mente é o soldado em luta. Ganhando denodadamente o combate em que se empenhou, tão logo seja conduzida às aferições da morte, sobe verticalmente para a vanguarda, na direção da Esfera Superior, expressando-se-lhe o triunfo por elevação de nível. Entretanto, se fracassa, e semelhante perda é quase sempre a resul­tante da incúria ou da rebeldia, volta horizontalmente, nos acertos da morte, para a retaguarda, onde se confunde com os desajustados de toda espécie, para indeterminado período de tratamento". "Em qualquer frente de luta terrestre, a retaguarda é a faixa atormentada dos neu­róticos, dos loucos, dos mutilados, dos feridos e dos enfermos de toda casta." Dito isto, Aulus acrescentou: "Decerto, as legiões vitorio­sas não se esquecem dos que permaneceram no desequilíbrio e daí vemos as missões de amor e renúncia, funcionando diligentes onde estacionam a desarmonia e a dor". (Cap. 25, págs. 233 a 235) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita