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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 194 - 30 de Janeiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 33)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que, considerando-se o objetivo da sessão mediúnica, há casos em que o médium utiliza um idioma estranho ao nosso, que a própria equipe muitas vezes não compreende?

O caso foi proposto ao instrutor Aulus. Se a médium e o comunicante estavam no Brasil, por que ensaiava frases num dialeto já morto? Por que motivo não assimilava o pensa­mento do Espírito, transformando-o em palavras de nossa língua cor­rente, qual se via em numerosos processos de intercâmbio mediúnico? "Estamos à frente de um caso de mediunidade poliglota ou de xenoglos­sia”, infor­mou Aulus. “O filtro mediúnico e a entidade que se utiliza dele acham-se tão intensamente afinados entre si que a pas­sividade do instrumento é absoluta, sob o império da vontade que o co­manda de modo positivo. O obsessor, por mais estranho pareça, jaz ainda enredado nos hábitos por que pautava a sua existência, há sécu­los, e, em se expri­mindo pela médium, usa modos e frases que lhe foram típicos." Tal fato era atribuível à mediunidade propriamente dita ou à sintonia mais com­pleta? "O problema é de sintonia", informou o instrutor. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 23, pp. 220 e 221.) 

B. Se a médium não tivesse ligação de existências passadas com o Espírito, a xenoglossia seria possível?

Não. Segundo Aulus, se a médium não houvesse partilhado da experiência terrestre do comunicante, como le­gítima associada de seu destino, não poderia o Espírito externar-se no dialeto com que se caracterizava. "Em todos os casos de xenoglossia, é preciso lembrar que as forças do passado são trazidas ao presente", informou o instrutor. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 223.) 

C. Que relação existe entre a dor e o arado?

Trata-se de uma imagem utilizada por Aulus, que comparou a dor em nossa vida íntima ao arado em ter­ra inculta, o qual, rasgando e ferindo, oferece os melhores recursos à produção. O mesmo resultado produz a dor, visto que a enfermidade é, em si mesma, desequilí­brio da alma a retratar-se no corpo. (Obra citada, cap. 24, pp. 226 a 228.) 

Texto para leitura 

101. Xenoglossia - O trabalho de Raul era quase em vão. A enferma prosseguia completamente transfigurada. A que causa atribuir semelhante conflito? Após detido exame dos cérebros do comunicante e da médium, Aulus informou que as raízes da desavença vinham de longa distância no tempo; pouco mais de um milênio. O perseguidor falava um antigo dia­leto da velha Toscana, onde, satisfazendo a obsidiada de hoje, se fez cruel estrangulador. Era legionário de Ugo, o poderoso duque de Pro­vença, no século X. "Pela exteriorização a que se confia – disse o instrutor –, acompanho-lhe as terríveis reminiscências... Reporta-se ao saque de que participou na época a que nos referimos, no qual, para satisfazer à mulher que lhe não correspondeu ao devotamento, teve a infelicidade de aniquilar os próprios pais... Tem o coração como um vaso transbordante de fel..." Tanto Hilário quanto André estimariam obter outras informações acerca do caso, mas Aulus recomendou-lhes aquietassem o espírito de consulta, pois a volta aos quadros terrifi­cantes, largados ao longe por aquelas almas em sofrimento, a ninguém edificaria. Ali estavam dois corações desesperados, no inferno estabe­lecido por eles mesmos. Não convinha analisar-lhes o sepulcro de fogo e lama, na sombras da retaguarda. Discutiu-se então a ques­tão do idioma. Se eles estavam no Brasil, por que a obsidiada ensaiava frases num dialeto já morto? Por que motivo não assimilava o pensa­mento do Espírito, transformando-o em palavras de nossa língua cor­rente, qual se via em numerosos processos de intercâmbio mediúnico? "Estamos à frente de um caso de mediunidade poliglota ou de xenoglos­sia – infor­mou o Assistente. – O filtro mediúnico e a entidade que se utiliza dele acham-se tão intensamente afinados entre si que a pas­sividade do instrumento é absoluta, sob o império da vontade que o co­manda de modo positivo. O obsessor, por mais estranho pareça, jaz ainda enredado nos hábitos por que pautava a sua existência, há sécu­los, e, em se expri­mindo pela médium, usa modos e frases que lhe foram típicos." Tal fato era atribuível à mediunidade propriamente dita ou à sintonia mais com­pleta? "O problema é de sintonia", informou o Assis­tente. (Cap. 23, págs. 220 e 221) 

102. Sintonia no tempo - Aulus esclareceu ainda que, se a médium não houvesse partilhado da experiência terrestre do comunicante, como le­gítima associada de seu destino, não poderia o Espírito externar-se no dialeto com que se caracterizava. "Em todos os casos de xenoglossia, é preciso lembrar que as forças do passado são trazidas ao presente", informou o instrutor. "Os desencarnados, elaborando fenômenos dessa ordem, interferem, quase sempre, através de impulsos automáticos, nas energias subconscienciais, mas exclusivamente por intermédio de perso­nalidades que lhes são afins no tempo. Quando um médium analfabeto se põe a escrever sob o controle de um amigo domiciliado em nosso plano, isso não quer dizer que o mensageiro espiritual haja removido milagro­samente as pedras da ignorância. Mostra simplesmente que o psicógrafo traz consigo, de outras encarnações, a arte da escrita já conquistada e retida no arquivo da memória, cujos centros o companheiro desencar­nado consegue manobrar." Hilário concluiu, então, que se a enferma fosse apenas médium, sem o pretérito de que dava testemunho, a enti­dade não se exprimiria por ela numa expressão cultural diferente da que lhe era própria... Aulus confirmou esse pensamento: "Sim, sem dú­vida alguma; em mediunidade há também o problema da sintonia no tempo..." Na sequência, André ajudou a separar, de algum modo, o algoz da ví­tima, conquanto, segundo informou Aulus, eles continuassem unidos pela fusão magnética, mesmo a distância. Companheiros da esfera espi­ritual retiraram o Espírito obsidente, encaminhando-o a certa organi­zação so­corrista, mas mesmo assim a doente gritava afirmando estar à frente de medonho estrangulador em vias de sufocá-la. Aplicando-lhe passes de reconforto, o Assistente disse que o que, então, se dava era um fenô­meno alucinatório, natural em processos de fascinação quanto aquele, porquanto perseguidor e perseguida jaziam na mais estreita li­gação te­lepática, agindo e reagindo mentalmente um sobre o outro. An­dré per­guntou-lhe sobre o remédio definitivo à dolorosa situação. Aulus in­formou que a doente e o verdugo seriam, em breve, mãe e filho. "Não há outra alternativa na obtenção do trabalho redentor. Energias divinas do amor puro serão mais profundamente tocadas em sua sensibi­lidade de mulher e nossa irmã praticará o santo heroísmo de acolhê-lo no próprio seio", informou o instrutor, exclamando: "Louvado seja Deus pela gló­ria do lar!" (Cap. 23, págs. 221 a 223)  

103. Um enfermo da mente - No recinto, um dos enfermos caiu em estre­meções, desferindo gemidos angustiados e roucos, como se um guante in­visível lhe constringisse a garganta. Não longe, duas entidades de presença desagradável reparavam-lhe os movimentos, sem interferir mag­neticamente, de maneira visível, na agitação nervosa dele. Tra­tava-se de pobre irmão em luta expiatória, que contava pouco mais de trinta anos. Desde a infância, sofria o contacto indireto de companhias infe­riores que aliciou no passado, pelo seu comportamento infeliz. Quando experimentava a vizinhança daqueles amigos transvia­dos, com os quais conviveu largamente antes de regressar à carne, re­fletia-lhes a in­fluência nociva, entregando-se a perturbações histéri­cas que lhe sufo­cavam a alegria de viver. Constituindo aflitivo pro­blema para o lar em que renasceu, vivia desde a meninice de médico a médico. Os tratamen­tos dolorosos e difíceis, como a insulina e o ele­trochoque, que haviam sido empregados em seu benefício, castigaram-lhe profundamente a vida física. O doente parecia, com efeito, um velho, quando poderia mos­trar-se em pleno vigor juvenil. Enquanto ele tremia, pálido, Aulus e Clementino aplicaram-lhe recursos magnéticos de auxí­lio, asserenando-lhe o corpo conturbado. Finda a crise, André notou-o suarento e desme­moriado, qual se fora surdo às preces que Raul pronun­ciara em seu fa­vor. A apatia do enfermo permaneceu até o término da sessão, e sua me­lancolia e introversão contrastavam com a esperança e o encorajamento que se viam nos demais enfermos atendidos na reunião. (Cap. 24, págs. 225 e 226) 

104. Um caso de histeria - Como poderia ser interpretado o caso daquele enfermo? Esta pergunta de Hilário se fundamentava no fato de que o do­ente não se desdobrou, nem assimilou emissões fluídicas de qualquer entidade desencarnada. "O enigma de nosso irmão – elucidou Aulus – é de natureza mental, considerando-se-lhe a origem pura e simples, mas está radicado à sensibilização psíquica, tanto quanto as ocorrências de ordem mediúnica." O enfermo poderia ser considerado médium? "De imediato, não", respondeu o Assistente. "Presentemente, é um enfermo que reclama cuidado assistencial, no entanto, sanada a desarmonia de que ainda é portador, poderá cultivar preciosas faculdades medianími­cas, porque a moléstia, nesses casos, é fator importante de experiên­cia." O instrutor comparou a dor em nossa vida íntima ao arado em ter­ra inculta, o qual, rasgando e ferindo, oferece os melhores recursos à produção. E a doença em si, seria do corpo ou da alma? "É desequilí­brio da alma a retratar-se no corpo", informou o instrutor, comovido. "Nosso amigo em reajuste, antes da presente imersão na carne, vagueou, por muitos anos, em desolada região de trevas. Aí foi vítima de hipnotizadores cruéis com os quais esteve na mais estreita sintonia, em ra­zão da delinquência viciosa a que se dedicara no mundo. Sofreu inten­samente e voltou à Terra, trazendo certas deficiências no organismo perispiritual. É um histérico, segundo a justa acepção da palavra. Acolhido pelo heroísmo de um coração materno e por um pai que lhe foi associado de insânia, hoje também na travessia de amargosas provas, vem procurando a própria recuperação." O rapaz apresentava a desarmo­nia trazida do mundo espiritual desde os sete anos de idade. Não se acreditava capaz de qualquer serviço nobre. Crendo-se derrotado, antes de qualquer luta, aprazia-lhe tão-somente a solidão em que se nutria dos pensamentos enfermiços que lhe eram arremessados ao espírito pelos antigos comparsas. Finda a reunião, Aulus ofereceu-se para acompanhar o rapaz doente até a casa. Meia hora depois, ele chegava ao seu lar, onde a mãe recebeu-o com ternura. Em casa, um rapaz embria­gado desfe­ria palavrões. Era Márcio, irmão de Américo, o enfermo a quem a mãe conduziu, carinhosamente, ao leito. (Cap. 24, págs. 226 a 228)(Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita