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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 193 - 23 de Janeiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 32)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como atender a pessoa numa manifestação anímica?

Segundo Aulus, ela deve ser tra­tada com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comuni­cam, pois se trata de um Espírito imortal solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabelecesse a harmonia. Explicou o instrutor: "Um doutrina­dor sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao in­vés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vítima na sua própria defesa". A paciência e a caridade eram ali indispensáveis para salvá-la. A irmã deveria ser ouvida na posição em que se revelava, como sendo em tudo a desventurada mulher de outro tempo, e assim recebida, para que, usando o remédio moral que lhe fosse estendido, pudesse desligar-se do passado. "A personalidade antiga não foi tão eclipsada pela matéria densa como seria de dese­jar”, acrescentou Aulus. "Todos po­demos cair em semelhantes estados se não aprendemos a cultivar o es­quecimento do mal, em marcha incessante com o bem." (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 22, pp. 213 e 214.)

B. Há nos manicômios muitos doentes que sofrem, em verdade, intensiva ação hipnótica obsessiva?

Sim. Aulus aludiu ao assunto ao tratar do caso de uma infeliz mulher que, não fosse o concurso frater­nal que recebia no grupo espírita, ter-se-ia transformado em vítima integral da licantropia deformante. Disse ele que muitos Espíritos, pervertidos no crime, abusam dos poderes da inteli­gência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda sintonizam com eles pelos débitos do passado. "A semelhantes vampiros devemos muitos quadros dolorosos da patologia men­tal nos manicômios, em que numerosos pacientes, sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes de animais diversos." Esse fenô­meno é muito generali­zado nos processos expiatórios em que os Espíritos acumpliciados na delinquên­cia descambam para a esfera vibratória dos brutos. (Obra citada, cap. 23, pp. 217 e 218.)

C. Em casos assim, por que não separar desde logo o algoz de sua vítima?

Esta pergunta foi feita por Hilário e respondida por Aulus. "Calma, Hilário! Ainda não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade", explicou Aulus. "Recordemos o ensina­mento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem ra­zão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos an­teciparmos à Justiça Divina." Como o doutrinador tentasse sossegar o comunicante recordando-lhe as vantagens do perdão e incutindo-lhe a conveniência da humildade e da prece, surgiu a inevitável pergunta: Para colaborar em favor desses irmãos em desespero, seria suficiente o concurso ver­balista? Aulus esclareceu que, durante a doutrinação, não eram es­tendidas ao Espírito palavras simplesmente, mas acima de tudo o sentimento. "Toda frase articulada com amor – disse Aulus – é uma projeção de nós mes­mos." Assim, se era incontestável a impossibilidade de oferecer-lhes a libertação pre­matura, doava-se, em favor deles, a boa-vontade, através do verbo nas­cido de corações igualmente necessitados de plena redenção com o Cristo. (Obra citada, cap. 23, pp. 218 a 220.) 

Texto para leitura 

97. Como tratar o fenômeno anímico - Aulus afirmou, então, que eles se acha­vam, na verdade, perante uma doente mental, a requisitar o maior carinho para que se recuperasse. E acrescentou: "Para sanar-lhe a in­quietação, todavia, não nos bastam diagnósticos complicados ou meras definições técnicas no campo verbalista, se não houver o calor da as­sistência amiga". A pobre irmã deveria ser tra­tada com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comuni­cam, pois era também um Espírito imortal, solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabelecesse a harmonia. "Um doutrina­dor sem tato fraterno – asseverou Aulus – apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao in­vés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vítima na sua própria defesa." Aquela irmã podia ser considerada médium? "Como não? Um vaso defeituoso – elucidou o instrutor – pode ser consertado e restituído ao serviço. Natural­mente, agora a paciência e a caridade necessitam agir para salvá-la. Nossa irmã deve ser ouvida na posição em que se revela, como sendo em tudo a desventurada mulher de outro tempo, e recebida por nós nessa base, para que use o remédio moral que lhe estendemos, desligando-se enfim do passado..." "A personalidade antiga não foi tão eclipsada pela matéria densa como seria de dese­jar." Em seguida, Aulus disse que aquele caso era mais comum do que se pensa: "Quantos mendigos arrastam na Terra o esburacado manto da fi­dalguia efêmera que envergaram ou­trora! quantos escravos da necessi­dade e da dor trazem consigo a vai­dade e o orgulho dos poderosos se­nhores que já foram em outras épocas! quantas almas conduzidas à liga­ção consanguínea caminham do berço ao túmulo, transportando quistos invisíveis de aversão e ódio aos pró­prios parentes, que lhes foram du­ros adversários em existências pre­gressas!..." E advertiu: "Todos po­demos cair em semelhantes estados se não aprendemos a cultivar o es­quecimento do mal, em marcha incessante com o bem..." (Cap. 22, págs. 213 e 214)

98. O recurso da prece - Naquela altura, Raul Silva, que continuara a tarefa de doutrinação junto à manifestante, convidou a doente ao bene­fício da prece. Competia a ela suplicar ao Céu a graça do esqueci­mento; cabia-lhe expungir o passado da imaginação, de maneira a paci­ficar-se... E, singularmente comovido, Raul recomendou-lhe repetir em companhia dele as frases sublimes da oração dominical. A senhora acom­panhou-o docilmente e, finda a súplica, mostrou-se mais tranquila. Traduzindo a colaboração do mentor espiritual que o inspirava, Raul rogou-lhe, por fim, considerar, acima de tudo, o impositivo do perdão aos inimigos para a reconquista da paz, após o que, em lágrimas, a en­ferma desligou-se das impressões que a retinham no pretérito, tornando à posição normal. O Assistente comentou, então, enquanto Raul aplicava na irmã passes de reconforto: "Outra não pode ser, por enquanto, a in­tervenção assistencial em seu benefício. Pela enfermagem espiritual bem conduzida, reajustar-se-á pouco a pouco, retomando o império sobre si mesma e capacitando-se para o desempenho de valiosas tarefas mediú­nicas mais tarde". (Cap. 22, págs. 214 e 215)

99. Um caso de fascinação - Terminado o atendimento à primeira mulher, outra senhora doente passou de improviso ao transe agitado. Ela levan­tou-se de maneira esquisita e, rodopiando sobre os calcanhares, como se um motor lhe acionasse os nervos, caiu em convulsões, inspirando piedade. A enferma jazia sob o império de impassíveis entidades da sombra, sofrendo, contudo, mais fortemente a atuação de uma delas, que, ao enlaçá-la, parecia interessada em aniquilar-lhe a existência. Quase que uivando, à semelhança de loba ferida, gritava a debater-se no piso da sala, sob o olhar consternado de Raul, que exorava a prote­ção da Bon­dade Divina, em silêncio. A pobre doente adquiria animalesco aspecto, apesar da proteção generosa dos sentinelas da casa. Aulus e Clemen­tino, usando avançados recursos magnéticos, interferiram no de­plorável duelo, constrangendo o obsessor a desvencilhar-se da enferma, que con­tinuou, mesmo assim, dominada por ele, a estreita distância. Após re­erguer a doente, auxiliando-a a sentar-se rente ao marido, o Assis­tente explicou: "É um problema complexo de fascinação. Nossa irmã permanece controlada por terrível hipnotizador desencarnado, as­sistido por vários companheiros que se deixaram vencer pelas teias da vin­gança. No ímpeto de ódio com que se lança sobre a infeliz, propõe-se humilhá-la, utilizando-se da sugestão. Não fosse o concurso frater­nal que veio recolher neste santuário de prece, em transes como este seria vítima integral da licantropia deformante". Aulus informou que muitos Espíritos, pervertidos no crime, abusam dos poderes da inteli­gência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda sintonizam com eles pelos débitos do passado. "A semelhantes vampiros – esclare­ceu o instrutor – devemos muitos quadros dolorosos da patologia men­tal nos manicômios, em que numerosos pacientes, sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes de animais diversos." Tal fenô­meno é comum em nosso mundo? Aulus respondeu: "Muito generali­zado nos processos expiatórios em que os Espíritos acumpliciados na delinquên­cia descambam para a esfera vibratória dos brutos". (Cap. 23, págs. 217 e 218)

100. Alicerces da obsessão - O cérebro da mulher prosseguia governado pelo insensível perseguidor como brinquedo em mãos de criança. Hilário indagou por que não separar de vez o algoz da vítima. "Calma, Hilário! Ainda não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade", explicou Aulus. "Recordemos o ensina­mento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem ra­zão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos an­teciparmos à Justiça Divina." Raul, sob o controle do mentor da casa, tentava sossegar o comunicante, recordando-lhe as vantagens do perdão e incutindo-lhe a conveniência da humildade e da prece. Para colaborar em favor desses irmãos em desespero, seria suficiente o concurso ver­balista? O instrutor esclareceu que não lhe eram es­tendidas simples­mente palavras, mas acima de tudo o sentimento. "Toda frase articulada com amor – disse Aulus – é uma projeção de nós mes­mos." Assim, se era incontestável a impossibilidade de oferecer-lhes a libertação pre­matura, doava-se, em favor deles, a boa-vontade, através do verbo nas­cido de corações igualmente necessitados de plena redenção com o Cristo. "Analisando o pretérito, ao qual todos nos ligamos, através de lembranças amargas – acentuou o Assistente –, somos en­fermos em as­sistência recíproca. Não seria lícito guardarmos a preten­são de lavrar sentenças definitivas pró ou contra ninguém, porque, na posição em que ainda nos achamos, todos possuímos contas maiores ou menores por li­quidar." Ato contínuo, Aulus lançou-se ao amparo efi­ciente da dupla em contenda. Para ele, a doente e o perseguidor mere­ciam igual carinho. Aplicou passes de desobstrução à garganta da en­ferma e, em breves ins­tantes, o verdugo começou a falar, através dela, numa algaravia, cujo sentido literal não foi possível perceber, mas se viu, pela onda de pensamento que lhe caracterizava a manifestação, que a ira se lhe extravasava do ser. (Cap. 23, págs. 218 a 220) (Continua no próximo número.)
 



 


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