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Brasil
Ano 4 - N° 192 - 16 de Janeiro de 2011
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)

 

O Simpósio Catarinense sobre Mediunidade reverencia os 150 anos de O Livro dos Médiuns


No dia 8 de janeiro, no Centreventos de Itajaí/SC, foi realizado o Simpósio Catarinense sobre Mediunidade  que homenageou os 150 anos de lançamento de O Livro dos Médiuns, ocorrido em 15 de janeiro de 1861. O evento foi realizado pela Federação Espírita Catarinense e pelo 13º Conselho Regional Espírita, com apoio da Prefeitura de Itajaí/SC e do 6º e 7º Conselhos Regionais Espíritas.

O público foi estimado em cerca de 2.000 pessoas. Estavam representados 76 municípios catarinenses. Além dos catarinenses, estiveram presentes no Simpósio delegações de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, bem como de Argentina, Estados Unidos da América, Paraguai, Porto Rico, Reino Unido e Uruguai.

O Simpósio sobre Mediunidade foi aberto com uma bela apresentação artística do Núcleo Espírita de Artes. Os presentes estavam envolvidos em clima de fraternidade e harmonia. Os expositores, em ordem alfabética, foram: Antônio Cesar Perri de Carvalho, da Federação Espírita Brasileira – FEB; Divaldo Pereira Franco, da Bahia; José Raul Teixeira, do Rio de Janeiro; Marta Antunes Moura, da FEB; Sandra Della Pola, do Rio Grande do Sul, e Suely Caldas Schubert, de Minas Gerais.

O Livro dos Médiuns, 150 anos de Pioneirismo Científico foi o primeiro tema apresentado por Divaldo Franco. Em uma análise antropológica, Divaldo discorreu sobre a mediunidade na história da humanidade, a sobrevivência do Espírito e a reencarnação; os ensinos de Jesus e as manifestações dos Espíritos naquele tempo e os fatos mediúnicos que antecederam a codificação da Doutrina Espírita. O trabalho primoroso de Allan Kardec que resultou no lançamento de O Livro dos Médiuns em 15 de janeiro de 1861; as investigações científicas realizadas por brilhantes homens que comprovaram a sobrevivência e a comunicabilidade dos Espíritos, e a mediunidade de Francisco Cândido Xavier foram magistralmente abordados pelo tribuno baiano, que enalteceu o grandioso trabalho realizado por Allan Kardec. Divaldo encerrou agradecendo a Allan Kardec e aos Guias da Humanidade pelo excepcional trabalho que apresentaram.

A prática espírita deve ser iniciada por meio do
estudo sério da Doutrina Espírita

Antônio Cesar Perri de Carvalho apresentou o tema Dialogando com Allan Kardec. O conceito de médium, a utilização da mediunidade em suas diversas fases e tipos, a controvertida identificação dos Espíritos comunicantes, as vidas anteriores, as existências e revelações futuras, os Espíritos mistificadores, o orgulho que provoca grandes dificuldades para os médiuns foram alguns dos assuntos de sua exposição. Cesar Perri enalteceu que toda a prática espírita deve ser iniciada pelo conhecimento adquirido por meio do estudo sério da Doutrina Espírita. Igualmente apresentou conceitos sobre as reuniões de estudos e mediúnicas, as Sociedades Espíritas e os antagonismos. Encerrou tecendo considerações sobre as finalidades da faculdade mediúnica.

Sandra Della Pola discorreu sobre a Estrutura Didática de O Livro dos Médiuns. Iniciou sua temática apresentando sucintamente as fases doEspiritismo e a escala espírita.

Abertura do Simpósio

Suely Caldas Schubert

Divaldo Franco

José Raul Teixeira

Marta Antunes Moura

Sandra Della Pola

Momento de autógrafos

Equipe de trabalho

Disse que O Livro dos Médiuns foi o resultado de um estudo consciencioso e da vivência de Allan Kardec na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Lembrou que essa obra é o guia, o manual que deve ser estudado em profundidade. Apresentou didaticamente os diversos capítulos, aprofundando-os com esclarecimentos judiciosos, permitindo um entendimento mais abrangente sobre esta magnífica obra que está completando 150 anos de seu lançamento.

Manifestações Mediúnicas e o Espiritismo foi o tema exposto por José Raul Teixeira. Com a apresentação de diversos dados históricos, Raul Teixeira, levou o público a fazer um passeio pelas ocorrências mediúnicas em todas as épocas da Humanidade e em todos os quadrantes do planeta. Discorreu sobre médiuns e mediunidades, as influências dos Espíritos, o conhecimento sobre a imortalidade, a faculdade mediúnica, a responsabilidade do medianeiro, a necessidade de o médium trabalhar-se intimamente adquirindo moralidade e, por fim, a importância da análise que o médium deve realizar sobre suas faculdades mediúnicas.

Marta Antunes Moura foi a expositora da temática Mecanismos da Mediunidade. A respeito do transe mediúnico, abordou a questão de sua intensidade, discorrendo sobre o transe superficial, o parcial e o profundo, a ação do perispírito e a mente.

Os médiuns são alunos de Jesus, e os Espíritos que se comunicam dão lições de vida

Com relação às etapas do transe mediúnico, explicou como acontecem a indução, o transe propriamente dito e a manifestação do Espírito. O papel do perispírito e a ação da mente, as irradiações energéticas do Espírito comunicante e do médium, o estabelecimento da sintonia e a ligação mental, a glândula pineal, que exerce um papel fundamental no intercâmbio mediúnico, foram pontos bem explorados e elucidados.

Raul Teixeira em mais uma intervenção no Simpósio Catarinense sobre Mediunidade abordou o tema Dos Médiuns. O expositor de Niterói/RJ apresentou reflexões sobre o capítulo XV de O Livro dos Médiuns, detendo-se um pouco mais para analisar a questão 159, contida no capítulo XIV. Com lucidez tratou das questões sobre mistificações, as influenciações, as ramificações energéticas nas malhas neurológicas, informou que o registro mediúnico se dá no nível psíquico, mas a exteriorização necessita do corpo físico. Sintetizou dizendo que os médiuns são alunos de Jesus, e os Espíritos que se comunicam dão lições de vida. Tratou dos cuidados que o médium deve ter com relação à atividade mediúnica e a utilização da mediunidade, lembrando que o médium é, tomado individualmente, de pouca importância para a espiritualidade.

Da Natureza das Comunicações  foi o segundo tema da expositora Marta Antunes Moura. Nessa oportunidade a expositora da FEB destacou a ação dos Espíritos sobre o plano físico. Essa ação pode ser sutil ou de efeitos patentes, benéfica ou perturbadora, tanto no plano físico quanto no espiritual. Os efeitos produzidos pelos Espíritos podem ser físicos ou inteligentes, acrescentou a expositora.

Marta Antunes frisou que a bondade e a benevolência são atributos essenciais dos Espíritos depurados e que a linguagem, os pontos fracos, as paixões, o grau de moralidade, a capacidade intelectual e as animosidades, entre outros fatores, são fontes para a identificação do grau evolutivo dos Espíritos. Marta apoiou-se no cap. XXIV de O Livros dos Médiuns; em O Consolador, de Emmanuel/Chico Xavier, e na 1ª Epistola aos Coríntios (12:7), de Paulo de Tarso, entre outras fontes.

O acesso dos maus Espíritos aos médiuns se dá pelas imperfeições que estes apresentem

Sandra Della Pola, retornando à tribuna, abordou o tema Da Influência Moral dos Médiuns. A expositora sintetizou de forma clara e abrangente o cap. XX de O Livro dos Médiuns, que para Sandra é uma tese de ciência. Destacou a assertiva do Espírito Erasto nesse mesmo cap. XX, que diz: ... Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.

Tratou sobre as relações entre o desenvolvimento da mediunidade e o desenvolvimento moral do medianeiro. Com relação às imperfeições morais, frisou que o orgulho – que a criatura menos confessa a si mesma, conforme comentário de Allan Kardec – é dentre elas a mais perniciosa e mais difícil de a criatura admitir. O acesso dos maus Espíritos aos médiuns se dá pelas imperfeições de que o médium ainda é possuidor, as quais são como portas abertas para as influências perniciosas, sintetizou Sandra Della Pola, encerrando sua participação.

Suely Caldas Schubert inicialmente abordou o tema Tipos de Obsessão. Em linhas gerais destacou pontos do cap. XXIII de O Livro dos Médiuns, elucidando-os através das informações de Marcos (5:9), de Manoel Philomeno de Miranda, no prefácio do livro Obsessão/Desobsessão de autoria da expositora. Igualmente apoiou-se nas obras Nos Bastidores da Obsessão de Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco; A Gênese, cap. XIV, item 45 de Allan Kardec; Dias Gloriosos, de Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, e nas informações de Bezerra de Menezes em Dramas da Obsessão, de Yvonne do Amaral Pereira.

Salientou os tipos de obsessão classificados por Allan Kardec, desdobrando cada um deles, bem como o processo obsessivo. Destacou a sentença de Manoel Philomeno de Miranda contida no livro Nos Bastidores da Obsessão,  que diz: O ódio é o amor que enlouqueceu.

O segundo tema desenvolvido por Suely foi Meios de Combater a Obsessão. Iniciou sua abordagem com base no cap. 6, Terapia desobsessiva, do livro Reencontro com a Vida, de Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco, apresentando condutas a serem adotadas. Para o atendimento ao obsessor, Suely buscou apoio no livro Tormentos da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco, no qual Eurípedes Barsanulfo apresenta judiciosas orientações para esse atendimento especializado. Suely destacou os recursos espíritas para o tratamento das obsessões, inclusive os enunciados por Emmanuel no cap. 175 do livro Pão Nosso, de Francisco Cândido Xavier. Finalizou o seu trabalho apresentando o tema Amorterapia, uma coletânea de frases de Joanna de Ângelis, psicografadas por Divaldo Pereira Franco. 

A mediunidade com Jesus deve estar alicerçada no bem, no amor a si e ao próximo

A mediunidade a Serviço de Jesus foi o tema da conferência de encerramento do Simpósio Catarinense sobre Mediunidade, proferida por Divaldo Pereira Franco, que fez um pequeno histórico sobre fatos mediúnicos ocorridos com Dante Alighieri, notadamente com relação à sua obra A Divina Comédia, as transcomunicações instrumentais, os fatos protagonizados pelo Papa Paulo VI, o anúncio do Papa João Paulo II de que as comunicações com os desencarnados são uma realidade e as investigações sobre as materializações realizadas pelo físico e químico William Crookes.

A mediunidade está no campo das investigações, afirmou. Apresentou a história da investigação sobre muitos médiuns que foram submetidos a estudos aprofundados nos quais foi constatada a veracidade dessas faculdades mediúnicas. A mediunidade de Eurípedes Barsanulfo foi destacada, lembrando que o médium, além de outros fatos marcantes na área da mediunidade e da caridade, anotou no calendário o dia e a hora em que iria desencarnar – 2 de novembro de 1918, às 10 horas.

A modesta costureira Yvonne do Amaral Pereira, médium de escol, foi apresentada como modelo, não só pela mediunidade de que era possuidora, mas também pelas suas duras experiências com a mediunidade e a prática da caridade. Destaque igual foi dado para a médium Zilda Gama com sua obra e seu trabalho no campo do bem, com abnegação e amor. Eurípedes, Yvonne e Zilda foram apresentados como médiuns de e com Jesus.

Divaldo apresentou aspectos da vida de Francisco de Assis, destacando seu trabalho em prol da caridade, sua abnegação, seu amor ao próximo e à natureza, sua autoiluminação, suas afligentes dores. Foi ele um testemunho de serviço ao Cristo.  

A mediunidade com Jesus deve estar alicerçada no bem, no amor a si e ao próximo, na prática da caridade incondicional e em amar principalmente, sob qualquer circunstância, os perseguidores, eis as orientações finais oferecidas por Divaldo Franco, que concluiu a conferência com a Prece da Gratidão.

Todos os conferencistas que participaram do Simpósio Catarinense sobre Mediunidade foram efusivamente aplaudidos, em um preito de gratidão oferecido pelo público, que se manteve, durante todo o dia 8 de janeiro de 2011, em permanente atenção, retribuindo e reconhecendo os esclarecimentos que foram ali apresentados.

 


As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de
Jorge Moehlecke, de Novo Hamburgo-RS. 
 



 

 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita