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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 192 - 16 de Janeiro de 2011
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)


Socialismo e Espiritismo

Léon Denis

(Parte 9)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Socialismo e Espiritismo, de Léon Denis, com base na tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, publicada pela Casa Editora O Clarim.

Questões preliminares

A. Léon Denis era partidário do Socialismo?

Sim. Ele o declarou categoricamente, mas fez uma ressalva importante: não aceitava o Socialismo sem a doutrina espiritualista, que o tempera, o dulcifica e lhe tira todo o caráter de áspera violência. “Reprovo o Socialismo materialista que só semeia o ódio entre os homens e, por conseguinte, permanece infecundo e destrutivo, como se pode ver na Rússia”, asseverou Denis. “Sou evolucionista e não revolucionário.” (Socialismo e Espiritismo, pág. 126.)

B. Cerca de quinze anos antes da eclosão da 2ª Guerra Mundial, que é que faltava à República da França?

Segundo Léon Denis, faltava à República francesa o ideal superior, a tradição moral que faz a grandeza e a dignidade das nações. Na sequência ele disse que a democracia é o único sistema capaz de assegurar a pacificação e a aproximação entre os povos. E mencionou então as duas mais antigas repúblicas do mundo: a Suíça e os Estados Unidos que, em suas obras fundamentais, se inspiraram em um ideal sagrado. “O pacto de Grutli e o dos imigrantes de May Flower uniam os contratantes em um laço federal sancionado por uma fé espiritualista e uma prece a Deus”, lembrou Denis. (Obra citada, pp. 133 e 134.)

C. Para os males existentes na Terra, qual será então o remédio?

Ele pode ser encontrado em uma renovação do espírito e do coração, ou seja, numa educação que explique ao homem o porquê de sua presença e de sua passagem sobre a Terra. Com efeito, de que serve ao homem conquistar os ares, as águas e todas as forças materiais, se ele não aprende a conhecer, a discernir as finalidades de sua vida? Se o remédio não está em tudo e na Ciência, ele virá pela prova, pois as causas amargas são as mais eficazes para o progresso e a depuração do ser. (Obra citada, pp. 135 e 136.)

Texto para leitura  

92. Jamais no curso da História a solidariedade nas provações e no sofrimento se fez presente de maneira tão intensa. A cruel Grande Guerra abriu muitas almas e a dor se tornou como que uma promessa de renovação. A Terra se prepara para um período de transformação. A multidão imensa das vítimas da Guerra plana acima de nós. Ela não permanece inativa e trabalha de mil maneiras, com o auxílio dos Espíritos superiores, para multiplicar os laços que unem o céu à Terra. Correntes de força, de inspiração, de recursos fluídicos vertem do alto sobre a Humanidade. Uma revelação nova se difunde sobre todos os pontos do globo – revelação poderosa que levará a vida planetária para os horizontes mais esclarecidos da sabedoria e da luz divina. (Págs. 123 e 124)   

93. Do ponto de vista da evolução encontramo-nos em uma esquina brusca após a qual será preciso reencontrar o caminho seguro. Toda sociedade é regida por princípios que, sob a ação do tempo, revestem aspectos novos. Os recentes movimentos políticos são provocados por seres reencarnados que já desempenharam um papel importante nas épocas revolucionárias, seja na França seja no estrangeiro. É preciso, no entanto, reconstituir o prestígio da França por meio de uma direção nova inspirada em um ideal superior. (Pág. 125)   

94. Podemos prever que o Espiritismo, caminhando a par com a ciência, tornar-se-á, no futuro, a base das doutrinas religiosas chamadas a substituir os dogmas envelhecidos, que não mais respondem às necessidades da Humanidade em marcha. (Pág. 126)   

95. Afirmando claramente alinhar-se entre os partidários do Socialismo, Léon Denis faz uma ressalva importante: não aceita o Socialismo sem a doutrina espiritualista, que o tempera, o dulcifica e lhe tira todo o caráter de áspera violência. “Reprovo o Socialismo materialista que só semeia o ódio entre os homens e, por conseguinte, permanece infecundo e destrutivo, como se pode ver na Rússia”, assevera Denis. “Sou evolucionista e não revolucionário.” (Pág. 126)   

96. Um Espírito amigo lhe disse: ”Vossa época tem uma grande importância. Vossos homens políticos em geral não veem senão o sentido prático e antes material, a razão e o interesse são seus guias, e aí está em grande parte o que constitui a política das esquerdas. Isso, porém, está longe de ser suficiente para assegurar a vida intelectual e moral de uma grande nação”. “É preciso chegar cedo ou tarde às doutrinas espiritualistas para dar a esta política toda a sua grandeza e o seu alcance.” No final da mensagem, o comunicante espiritual acrescentou: “Do Espaço, trabalha-se para dilatar as concepções do homem de direita e a moderar os impulsos dos extremistas. É preciso saber esperar sem muito otimismo e preparar na ordem e na razão a eclosão dos princípios novos”.  (Págs. 126 a 128)   

97. A 6 de maio de 1924 um outro Espírito escreveu-lhe: “Para que vossa Terra evolua e o homem possa alcançar um outro planeta, é preciso renunciar às ideias militaristas. Uma nova era psíquica se prepara para vós. Sugestões apropriadas irão se produzir e não haverá outra guerra nos próximos quatro anos”. A primeira medida a tomar, sugeriu o instrutor espiritual, será “reforçar o espírito laico e fazer penetrar na instrução este espírito de beleza que, dulcificando as disciplinas políticas, morais e científicas, criará um impulso para a espiritualidade que não deverá jamais se enfraquecer”. (Págs. 129 e 130)   

98. A 11 de julho do mesmo ano um Espírito falou-lhe do papel da França e da Inglaterra, que poderiam, se quisessem, conjugar seus esforços para comprimir os círculos adversos. Fora preciso pouca coisa para isto, mas mesmo esse pouco era difícil de realizar. É que, segundo o comunicante espiritual, faltava sinceridade à fé inglesa e, na França, o ideal nacionalista não era suficiente. “O que nos impede de agir do Espaço – explicou o comunicante – é que forças postas aí suscitam controvérsias incessantes.” E acrescentou: “Três forças estão, pois, presentes: a força brutal alemã, o ideal incompleto francês, o egoísmo e a lógica puritana inglesa”. Do Alto, disse ele, desejar-se-ia que surgissem na França homens honestos, íntegros, com um ideal formado de amor pelo país e de justiça social. A França os possuía, mas em feixes separados. O ideal espírita deveria crescer, mas, antes que tal se desse, era preciso que a tempestade moral fosse acalmada. (N.R.: A 2a. Guerra Mundial teve início 15 anos depois dessa mensagem e sabe-se que a aventura alemã só foi possível por causa das incertezas e desconfianças que caracterizavam então os governos da França e da Inglaterra, as maiores potências da época.) (Págs. 132 e 133)   

99. As mensagens referidas foram ditadas por Espíritos que haviam desempenhado um papel político importante quando de sua última jornada terrestre. Eram todos republicanos, do mesmo modo que Léon Denis, que entende que à República francesa faltava o ideal superior, a tradição moral que faz a grandeza e a dignidade das nações. Na sequência ele enaltece a democracia, o único sistema capaz de assegurar a pacificação e a aproximação entre os povos. E menciona então as duas mais antigas repúblicas do mundo: a Suíça e os Estados Unidos que, em suas obras fundamentais, se inspiraram em um ideal sagrado. “O pacto de Grutli e o dos imigrantes de May Flower uniam os contratantes em um laço federal sancionado por uma fé espiritualista e uma prece a Deus”, lembra Denis. (Págs. 133 e 134)   

100. A França, disse ele, teve também horas de idealismo e de espiritualidade. A Declaração dos Direitos do Homem é um testemunho disso, mas ela parecia ter esquecido esse ideal superior que faz o prestígio das obras humanas. A Grande Guerra alterou em muito os caracteres e as consciências e desencadeou apetites, cobiças sem limites. Outrora conheciam-se duas maneiras de fazer face às necessidades: adquirir riquezas ou restringir as necessidades, procedendo com economia. Este último meio caiu, no entanto, em desuso. Quer-se possuir a todo preço. As necessidades se multiplicaram a ponto de tornar a luta pela vida mais áspera, mais tirânica, e o trabalho, a tarefa cotidiana, que se realizava outrora com alegria e bom humor, tornou-se para muitos uma contrariedade, um jugo que se suporta dificilmente. (Pág. 135) 

101. Multiplicar as necessidades fictícias e atiçar os desejos concorrem para a desgraça do ser, não apenas na Terra, mas também na vida do Espaço, porque os desejos do Espírito persistem nele e as privações fazem-se sentir no mundo espiritual, onde a matéria não tem mais império. A ausência das coisas que muito amamos torna-se, então, causa de sofrimento. (Pág. 135)   

102. Para todos esses males, qual será então o remédio? Ele pode ser encontrado em uma renovação do espírito e do coração, ou seja, numa educação que explique ao homem o porquê de sua presença e de sua passagem sobre a Terra. Com efeito, de que serve ao homem conquistar os ares, as águas e todas as forças materiais, se ele não aprende a conhecer, a discernir as finalidades de sua vida? Se o remédio não está em tudo e na Ciência, ele virá pela prova, pois as causas amargas são as mais eficazes para o progresso e a depuração do ser. (Pág. 136)  (Continua no próximo número.)




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita