WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 191 - 9 de Janeiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 30)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que palavras disse Aulus sobre a vingança e o ódio?

O diálogo foi entre ele e Anésia, a esposa enganada pelo marido. A compaixão – sugeriu Aulus – deveria ser a sua re­presália, jamais a vingança. "Consoante a lição do Mestre que hoje abraçamos, o amor deve ser nossa única atitude para com os adversá­rios", ponderou Aulus. "A vingança, Anésia, é a alma da magia negra. Mal por mal significa o eclipse absoluto da razão." Por mais aflitiva que lhe fosse a lembrança daquela mulher, deveria recordá-la em suas preces e em suas meditações, por irmã necessitada de assistência fra­terna. Não sabemos o que nos aconteceu no passado, nem o que nos ocor­rerá no futuro. Quem terá sido ela no pretérito? Alguém que ajudamos ou ferimos? Quem será ela para nós no porvir? Nossa mãe ou nossa filha? Ditas tais palavras, Aulus pediu-lhe: "Não condene! O ódio é como o incêndio que tudo consome, mas o amor sabe como apagar o fogo e reconstruir". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 20, pp. 194 a 196.) 

B. Por que a oração é sempre um recurso importante?

A prece é uma luz abençoada porque assimila correntes superiores de força mental que nos auxiliam no resgate ou na ascensão. No caso Anésia, Aulus explicou: "Encontramos aqui precioso ensinamento acerca da oração... Anésia, mobilizando-a, não conseguiu modificar os fatos em si, mas logrou modificar a si mesma. As dificuldades presen­tes não se alteraram. Jovino continua em perigo, a casa prossegue ame­açada em seus alicerces morais, a velhinha doente aproxima-se da morte, entretanto, nossa irmã recolheu expressivo coeficiente de ener­gias para aceitar as provações que lhe cabem, vencendo-as com paciên­cia e valor. E um Espírito transformado, naturalmente, transforma as situações". (Obra citada, cap. 20, pp. 196 a 198.) 

C. Dona Elisa, cujo estado se agravara, sentia a presença de seu filho Olímpio (o filho desencarnado) a seu lado. Ele estava ali realmente?

Sim. Dona Elisa disse à filha: “Meu filho desceu do Céu e veio buscar-me... Não tenho dúvida... é meu filho, sim... meu filho...". Anésia acreditou no que ouvia, mas convi­dou a genitora ao serviço da prece, o que se fez, sob a assistência de Teonília, a es­forçar-se por envolver a velhinha em fluidos calmantes. André observou, então, que Olímpio, o rapaz assassinado noutro tempo, jungia-se à mãe, à ma­neira de planta parasitária asfixiando um arbusto raquí­tico. Dona Elisa supunha fosse o filho um gênio guardião, quando a realidade é que ele se deixara dominar, mesmo depois da morte carnal, pelo vício da embriaguez. (Obra citada, cap. 21, pp. 201 e 202.)

Texto para leitura 

89. O amor sabe apagar o fogo e reconstruir - Na sequência do diálogo, Aulus procurou mostrar a Anésia que Jovino precisava agora muito mais de seu entendimento e carinho. "Nem sempre a mulher – asseverou Aulus – poderá ver no companheiro o homem amado com ternura, mas sim um filho espiritual necessitado de compreensão e sacrifício para soer­guer-se, como também nem sempre o homem conseguirá contemplar na es­posa a flor de seus primeiros sonhos, mas sim uma filha do coração, a requisitar-lhe tolerância e bondade, a fim de que se transfira da som­bra para a luz." Em seguida, o instrutor afirmou-lhe, enfático: "Anésia, o amor não é tão-somente a ventura rósea e doce do sexo per­feitamente atendido. É uma luz que brilha mais alto, inspirando a co­ragem da renúncia e do perdão incondicionais, em favor do ser e dos seres que nós amamos. Jovino é uma planta que o Senhor lhe confiou às mãos de jardineira. É compreensível que a planta seja assaltada pelos parasitas ou pelos vermes da morte, todavia, nada há a recear se a jardineira está vigilante..." Anésia entendeu a mensagem transmitida por Aulus e pediu-lhe orientação sobre seu procedimento em face da mulher que dominava Jovino, que, para ela, se assemelhava a um Espí­rito diabólico, fascinando-o e destruindo-o. O Assistente pediu-lhe não se referisse assim à infeliz amante, porque ela também era vítima de lamentável engano, e sugeriu à Anésia compadecer-se dela, porque terrível lhe seria o despertamento. A compaixão deveria ser a sua re­presália, jamais a vingança. "Consoante a lição do Mestre que hoje abraçamos, o amor deve ser nossa única atitude para com os adversá­rios", ponderou Aulus. "A vingança, Anésia, é a alma da magia negra. Mal por mal significa o eclipse absoluto da razão." Por mais aflitiva que lhe fosse a lembrança daquela mulher, deveria recordá-la em suas preces e em suas meditações, por irmã necessitada de assistência fra­terna. Não sabemos o que nos aconteceu no passado, nem o que nos ocor­rerá no futuro... Quem terá sido ela no pretérito? Alguém que ajudamos ou ferimos? Quem será ela para nós no porvir? Nossa mãe ou nossa filha? Ditas tais palavras, Aulus pediu-lhe: "Não condene! O ódio é como o incêndio que tudo consome, mas o amor sabe como apagar o fogo e reconstruir". (Cap. 20, págs. 194 a 196) 

90. A prece é abençoada luz - Anésia, como uma criança resignada, pousou no benfeitor os olhos límpidos, como a prometer-lhe obediência, e Aulus, afagando-a, recomendou: "Volte ao lar e use a humildade e o perdão, o trabalho e a prece, a bondade e o silêncio, na defesa de sua segurança. A mãezinha enferma e as filhinhas reclamam-lhe amor puro, tanto quanto o nosso Jovino, que voltará, mais experiente, ao refúgio de seu coração". Pouco depois, ela despertou no corpo carnal, de alma renovada, quase feliz... Embora não conservasse lembrança integral da conversa com Aulus, despertou sem revolta e sem amargura, como se mãos intangíveis lhe houvessem lavado a mente, conferindo-lhe uma com­preensão mais clara da vida. Recordou então Jovino e sua amante, com­padecidamente, como pessoas a lhe exigirem tolerância e piedade, e profundo entendimento brotou-lhe do espírito. Consolada e satisfeita,  passou à medicação de Dona Elisa, diante de Hilário que, admirado, ao exal­tar os méritos da oração, ouviu de Aulus o seguinte ensinamento: "Em todos os processos de nosso intercâmbio com os encarnados, desde a me­diunidade torturada à mediunidade gloriosa, a prece é abençoada luz, assimilando correntes superiores de força mental que nos auxiliam no resgate ou na ascensão". Anésia, como acontece a milhões de pessoas, detinha consigo recursos medianímicos apreciáveis, que poderiam ser inclinados para o bem ou para o mal, competindo apenas a ela a obriga­ção de construir dentro de si mesma a fortaleza de conhecimento e vi­gilância, na qual poderia desfrutar, em pensamento, as companhias es­pirituais que mais lhe convenham à felicidade. Feitas essas referên­cias, o Assistente acrescentou: "Encontramos aqui precioso ensinamento acerca da oração... Anésia, mobilizando-a, não conseguiu modificar os fatos em si, mas logrou modificar a si mesma. As dificuldades presen­tes não se alteraram. Jovino continua em perigo, a casa prossegue ame­açada em seus alicerces morais, a velhinha doente aproxima-se da morte, entretanto, nossa irmã recolheu expressivo coeficiente de ener­gias para aceitar as provações que lhe cabem, vencendo-as com paciên­cia e valor. E um espírito transformado, naturalmente, transforma as situações". (Cap. 20, págs. 196 a 198) 

91. Dona Elisa piora - Na noite seguinte, o grupo socorrista voltou ao lar de Anésia, com o objetivo de socorrer Dona Elisa, cujo estado piorara. A enferma estava agitada, a desligar-se do corpo físico, e estranha perturbação mental a dominava. Superexcitada e aflita, dizia-se perseguida por um homem que queria abatê-la a tiros, clamava pelo filho desencarnado e julgava ver serpentes e aranhas ao pé da cama. O médico comunicou a Anésia que a morte poderia ocorrer a qualquer momento. A pobre mulher colocou-se então em prece, confiando-se à in­fluência de Teonília, que lhe seguia os passos, como abnegado nume protetor. Uma serenidade balsâmica tomou-lhe gradativamente a alma, e ela aquietou-se entre a fé e a paciência, na certeza de que não lhe faltaria o amparo do Plano Superior. Embora não percebesse a ternura de que era objeto por parte da amiga espiritual, recebia desta apelos confortadores em forma de sublimes pensamentos de esperança e de paz. Aproximando-se com profunda piedade da mãe enferma, perguntou-lhe se ela se sentia melhor? Dona Elisa, qual criança medrosa, tomou-lhe as mãos e sussurrou: "Minha filha, não estou melhor, porque o assassino me espreita... Não sei como escapar... estou igualmente cercada de aranhas enormes... que fazer para salvar-me?!..." (Cap. 21, págs. 199 e 200) 

92. Um alcoólatra da erraticidade - Após dizer tais palavras, a en­ferma gritou com lamentosa inflexão: "Ai! as serpentes!... as serpen­tes!... Ameaçam-me da porta... Que será de mim?" Anésia procurou acalmá-la, rogando-lhe confiasse na Providência Divina: "Jesus é o nosso Amigo Vigilante. Por que não esperar pela proteção dele? A se­nhora vai recu­perar-se... Repare com atenção. Nosso quarto está em paz..." Dona Elisa asserenou-se um pouco, embora a desconfiança e o medo continuas­sem estampados nos seus olhos, mas, logo após, segredou aos ouvidos da filha: "Sinto que o nosso Olímpio está conosco... Meu filho desceu do Céu e veio buscar-me... Não tenho dúvida... é meu filho, sim... meu filho..." Anésia acreditou no que ouvia, mas convi­dou a genitora ao serviço da prece, o que se fez, sob a assistência de Teonília, a es­forçar-se por envolver a velhinha em fluidos calmantes. André observou que Olímpio, o rapaz assassinado noutro tempo, jungia-se à mãe, à ma­neira de planta parasitária asfixiando um arbusto raquí­tico. Aulus ex­plicou que Dona Elisa supunha fosse o filho um gênio guardião, quando a realidade é que ele se deixara dominar, mesmo de­pois da morte car­nal, pelo vício da embriaguez. "Alcoólatra impeni­tente – disse o ins­trutor –, caiu ante o revólver de um companheiro, tão desvairado quanto ele mesmo, numa noite de insânia. Desligado da carne e já in­tensamente minado pelo delirium tremens, não teve forças para mentali­zar a recuperação que lhe é imprescindível e prosseguiu em companhia daqueles que lhe pudessem facultar o prolongamento dos ex­cessos em que se compraz..." Aulus informou então que Olímpio ali se encontrava por­que a mãe o evocara. Libertando-se gradualmente do corpo físico, Elisa transferia o campo emotivo, do círculo da carne para a esfera do Espí­rito, passando desse modo a sofrer o influxo pernicioso do filho al­coólatra. Na posição em que se colocavam, eram, assim, por força das circunstâncias, duas mentes sintonizadas na mesma faixa de impressões, porque, enfraquecida, a enferma submetia-se facilmente ao domínio do rapaz, cujo pavor e desequilíbrio se lhe transfundiam na alma sub­missa. O fenômeno que ali se dava poderia ser comparado a uma incorpo­ração mediúnica? "Sem qualquer dúvida", informou Aulus. "Elisa, atraindo o filho, num estado de passividade profunda, que lhe sobrevém por motivo de natural desgaste nervoso e sem experiência que lhe ou­torgue discernimento e defesa, assimila-lhe, de modo espontâneo, as correntes mentais, retratando-lhe a desarmonia interior. Estando a de­sencarnar-se, devagarinho, reflete-lhe as reminiscências do preté­rito e as terríveis visões íntimas que lhe são agora familiares, de vez que, à distância das libações costumeiras, o infortunado amigo pa­dece as alucinações comuns às vítimas do alcoolismo crônico." (Cap. 21, págs. 201 e 202)(Continua no próximo número.)
 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita