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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 191 - 9 de Janeiro de 2011
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)


Socialismo e Espiritismo

Léon Denis

(Parte 8)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Socialismo e Espiritismo, de Léon Denis, com base na tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, publicada pela Casa Editora O Clarim.

Questões preliminares

A. Por que há tanta dor e sofrimento no mundo em que vivemos?

A vida é um cadinho em que a substância da alma se afina, em que todas as suas partes se fundem sob o fogo das provas e onde se realiza a divina alquimia da sua transformação. É preciso esta lenta purificação dos séculos para fazer da alma primitiva, brutal e selvagem um ser renovado. É essa a finalidade da vida, de todas as vidas; aí está o papel que incumbe à Terra na cadeia dos mundos. O sofrimento é a lei dos mundos inferiores, lei grave e austera, porém profunda em suas finalidades. Mas a fonte de nossos males reside em nós mesmos. (Socialismo e Espiritismo, pp. 114 e 115.)

B. Chegam ainda ao planeta Terra Espíritos grosseiros com o objetivo de educar-se?

Sim. Chegam, sem cessar, a nós, dos planos inferiores, contingentes de almas ainda grosseiras que vêm procurar educar-se na esfera terrestre. Eis por que o nível moral do planeta muda tão lentamente. Herdam-se trabalhos de gerações passadas e não se herdam virtudes que permanecem individuais. Essa, aliás, é a razão por que é preciso trabalhar acima de tudo na educação do povo, se quisermos melhorar a sorte da Humanidade. (Obra citada, pág. 116.)

C. Onde reside o ponto fraco do Socialismo?

Toda obra humana, para ser bela, grande, durável, deve ser como um reflexo, como uma imagem reduzida da obra eterna. Ora, é aí que reside o ponto fraco do Socialismo, a causa de seus insucessos, cada vez que ele quer passar teorias e sistemas diversos a uma realização prática, a uma organização viva. É que o Socialismo cuida muito pouco das leis superiores e do fim real da vida, que é uma finalidade de evolução e aperfeiçoamento. Ele se preocupa muito com o corpo material, que é passageiro, e muito pouco com o Espírito, que é imortal. (Obra citada, pág. 122.)

Texto para leitura 

81. Pergunta-se por vezes qual é o fim de tantas vidas obscuras, atormentadas, laboriosas, que constituem a maioria em nosso mundo. Por que tantas dores, dilaceramentos e lágrimas? A vida é um cadinho em que a substância da alma se afina, em que todas as suas partes se fundem sob o fogo das provas e onde se realiza a divina alquimia da sua transformação. É preciso esta lenta purificação dos séculos para fazer da alma primitiva, brutal e selvagem um ser renovado. (Pág. 114) 

82. Há na alma humana uma força divina que a evolução, através dos tempos, faz despertar, preparando-a para tarefas mais altas. É essa a finalidade da vida, de todas as vidas; aí está o papel que incumbe à Terra na cadeia dos mundos. A vida não se cria nem se desenvolve senão através do sofrimento. É preciso sofrer para subir, engrandecer-se, depurar-se, abrir a alma a todas as sensações delicadas. O sofrimento é a lei dos mundos inferiores, lei grave e austera, porém profunda em suas finalidades. Mas a fonte de nossos males reside em nós mesmos. (Págs. 114 e 115) 

83. As almas suficientemente evoluídas, quando deixam a Terra, vão quase todas viver em mundos melhores, enquanto que chegam, sem cessar, a nós, dos planos inferiores, contingentes de almas ainda grosseiras que vêm procurar educar-se na esfera terrestre. Eis por que o nível moral do planeta muda tão lentamente. Herdam-se trabalhos de gerações passadas e não se herdam virtudes que permanecem individuais. Essa, aliás, é a razão por que é preciso trabalhar acima de tudo na educação do povo, se quisermos melhorar a sorte da Humanidade. (Pág. 116)   

84. A reforma do indivíduo deve conduzir à reforma social, de maneira a que tudo triunfe no homem e sobre si mesmo e sobre aqueles que o cercam. É trabalhando pela elevação dos outros que trabalhamos mais eficazmente para elevar a nós mesmos. (Pág. 116)   

85. Notemos, contudo, que a noção de fraternidade não implica a de igualdade. Entre as doutrinas sociais correntes, esta é uma das mais contestadas. Não há igualdade na natureza e igualmente não o há na Humanidade. No Além, os seres são hierarquizados segundo seu grau evolutivo. As teorias revolucionárias, que pretendem tudo nivelar por baixo, cometem ao mesmo tempo um erro monstruoso e um crime. Seria mais conforme à lei universal de progresso estabelecer instituições que contribuam para facilitar a ascensão do homem designando-lhe uma finalidade sempre mais elevada. (Págs. 117 e 118)

86. É legítimo que todos os homens aspirem ao bem-estar material, tanto quanto às alegrias do espírito e às do coração, mas é sobretudo graças à ação moral que se chegará a melhorar nossas instituições e a aperfeiçoar a ordem social. (Pág. 118)   

87. Em sua juventude, Denis diz ter se interessado pela ideia da constituição das cooperativas operárias de produção e participado de seus trabalhos. Mais tarde, quando se dedicou à propaganda do Espiritismo, dirigiu-se de preferência às massas trabalhadoras. A receptividade foi tão boa que Denis escreveu: “Se se quiser saber quanto pode o Espiritismo sobre o público de trabalhadores, pode-se medir sua vasta extensão entre os mineiros da bacia de Charleroi”. Feita esta observação, ele advertiu: “Ao invés da luta de classes, trabalhemos, pois, em sua fusão preparando os materiais das cidades futuras feitas de justiça e de harmonia. Nisso o Espiritismo nos ajudará em nos ensinando que a condição dos humildes pode se tornar a nossa um dia e que a alma deve renascer em meios diferentes para aí realizar sua educação”. (Págs. 118 e 119)   

88. À medida que o Espírito se ergue na escala dos mundos, a matéria se torna mais sutil, o trabalho mais fácil, as necessidades menos imperiosas. O Espírito penetra então no seio das sociedades mais perfeitas e mais felizes e aí goza de prazeres espirituais reservados às almas purificadas. (Pág. 121)   

89. Toda obra humana, para ser bela, grande, durável, deve ser como um reflexo, como uma imagem reduzida da obra eterna. As instituições, as regras, as leis sociais devem inspirar-se no grande plano geral da ordem do Universo. Ora, é aí que reside o ponto fraco do Socialismo, a causa de seus insucessos, cada vez que ele quer passar teorias e sistemas diversos a uma realização prática, a uma organização viva. É que o Socialismo cuida muito pouco das leis superiores e do fim real da vida, que é uma finalidade de evolução e aperfeiçoamento. Ele se preocupa muito com o corpo material, que é passageiro, e muito pouco com o Espírito, que é imortal. (Pág. 122)   

90. As instituições que não estejam em harmonia com os princípios eternos destinam-se a perecer. O Socialismo deve, pois, antes de tudo, agrupar o conjunto das forças e dos conhecimentos, de maneira a dar um impulso mais vivo à evolução do homem durante sua jornada na Terra. O verdadeiro Socialismo consistiria, assim, em estudar e observar as leis e a harmonia universais, a fim de realizar tanto quanto possível no meio terrestre as qualidades do coração. Só então é que cada indivíduo terá adquirido a saúde perfeita da alma e do corpo e a dominação de si mesmo. Quando a coletividade tiver tomado plena consciência de seus deveres e de sua destinação é que a Humanidade avançará com um passo mais seguro na via do bem. Até lá é preciso esperar por provas e catástrofes, males de toda a sorte, pois existe correlação em todas as coisas, e a desordem dos espíritos leva à desordem da natureza e da sociedade. (Págs. 122 e 123)   

91. Aos que objetam que a massa humana é ainda pouco apta à compreensão das altas verdades, dizemos que a hora das renovações parece que se aproxima. Em meio às vicissitudes de nosso tempo conturbado, fatos significativos se produzem e a despeito dos males do século vê-se manifestar por toda a parte uma vontade de viver, de saber, de progredir, que constitui uma garantia certa da restauração moral e da evolução humana. (Pág. 123)  (Continua no próximo número.)




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita