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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 190 - 2 de Janeiro de 2011

GERSON SIMÕES MONTEIRO 
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

Qual a fonte do governador do Rio para um milhão de abortos?

 

 

Para justificar a prática abortiva no país, um dos fundamentos da campanha que vem sendo divulgada pelo Governo Federal desde 2005, objetivando a “legalização do aborto”, é mencionado sempre o número elevado de abortos clandestinos realizados no país. O que, aliás, não é, e nunca será argumento capaz de justificar a “legitimidade” para se matar seres indefesos sob o manto da Lei.


E a ladainha dos abortistas vem agora de novo com esse argumento através da declaração recente do Governador do Estado do Rio de Janeiro com o número alarmante de um milhão de abortos clandestinos no Brasil. Mas como pôde chegar a esse número elevado?

 

Como?! Se os abortos são praticados clandestinamente em locais sem nenhuma fiscalização e controle das autoridades, de que forma foi realizada a coleta de dados? Qual o órgão do governo responsável pela pesquisa?

 

Mesmo fazendo citações cuja fonte é a OMS (Organização Mundial da Saúde), essas dúvidas permanecem, pois quais são as fontes ou estudos em que a pesquisa se fundamenta, se é que foi realizada pela OMS através da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde)?  


No início da década de 1990, atribuía-se a um relatório da OMS a existência de mais de três milhões de abortos anuais no Brasil, número este absurdo, pois nos Estados Unidos da América, onde o aborto é amplamente legalizado desde 1973 e cuja população superava em mais de 100 milhões de habitantes a nossa, os números anuais de abortos situam-se, de há muito, ao redor de 1,5 milhão.


Em vista dessa manipulação dos dados e impressionada com os números que eram divulgados, a Dra. Zilda Arns Neumann, Coordenadora da Pastoral da Criança da CNBB, formulou, em 1993, consulta à repartição regional da OMS, à Organização Pan-Americana de Saúde, tendo recebido a seguinte resposta, assinada pelo Dr. David Tejada-de-Rivero:


“A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde não auspiciaram, financiaram nem realizaram qualquer estudo ou investigação sobre abortos no Brasil; e tampouco temos conhecimento de algum estudo ou investigação que tenha sido feito com bases cientificamente sólidas e cujos resultados possam extrapolar-se confiavelmente para todo o país”.


O que se sabe é que, há bastante tempo, os lobistas do aborto aumentam os respectivos números, para tentar chegar aos seus intentos. Essa tática de exagerar o número suposto de abortos provocados, bem como o de mortes maternas decorrentes, é estratagema antigo, como consta de pronunciamento do Dr. Bernard Nathanson, ginecologista e obstetra norte-americano, uma das maiores lideranças nos anos 60 e 70 no lobby pela legalização do aborto nos EUA.


A partir de estudos de embriologia, nos quais foi constatado que o feto desenvolve uma vida com semelhanças à da criança fora do útero, o referido ginecologista e obstetra começou a se questionar sobre sua prática abortista, sendo atualmente defensor da vida desde o início de sua existência, ou seja, desde a concepção.


O Dr. Bernard Nathanson, a propósito do aumento dos números relativos ao aborto, declarou na Conferência realizada no Colégio Médico de Madrid, em 5 de novembro de 1982, intitulada “Eu pratiquei cinco mil abortos”, publicada pela revista Fuerza Nueva, que “em 1968, se na América praticavam um milhão de abortos clandestinos, e sabíamos que estes não ultrapassavam cem mil, multiplicávamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos e aumentávamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas.


Esta tática do engano e da grande mentira, se repetida constantemente, acaba sendo aceita como verdade. Nós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda”.


Assim sendo, concluímos que o suposto número de abortos espontâneos e/ou provocados no Brasil, que foi divulgado pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, é inconsistente e sem credibilidade. Além disso, nenhum número serve de fundamento para justificar o aborto, mesmo que seja o de apenas um, para a matança de seres humanos em suas fases iniciais de vida.


E, por outro lado, se o assunto é uma questão de saúde pública, cabe ao governo acionar campanhas e serviços de prevenção, tais como a educação para a vida, a orientação da sexualidade, o planejamento familiar decidido pelo casal, com a distribuição gratuita de pílulas anticoncepcionais etc. A solução para este grave problema está, portanto, na educação e na prevenção. E não na morte!

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita