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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 190 - 2 de Janeiro de 2011
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Socialismo e Espiritismo

Léon Denis

(Parte 7)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Socialismo e Espiritismo, de Léon Denis, com base na tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, publicada pela Casa Editora O Clarim.

Questões preliminares

A. É importante divulgar por todos os meios a doutrina da reencarnação?

Sim. Ao contrário do Dr. Carton, que propôs em seu livro “La vie sage” que o conhecimento da reencarnação deveria ser reservado apenas aos iniciados e oculto do vulgo, Léon Denis diz que devemos oferecer ao povo toda a verdade, tanto mais que ela é indispensável à educação dos seres e à regeneração social. Não há verdadeira moral sem uma crença elevada e sem sanção. A noção das vidas sucessivas mostra-nos a repercussão dos nossos méritos e deméritos sobre o destino humano e constitui a sanção necessária e conforme à justiça. (Socialismo e Espiritismo, pp. 104 e 105.)

B. Onde se situa o erro das revoluções violentas?

Segundo Léon Denis, os revolucionários violentos, que pretendem fundar a ordem social no sangue e sobre ruínas, não passam de cegos e desgarrados. A harmonia social não pode se estabelecer senão sobre a justiça, a bondade, a solidariedade. O verdadeiro comunismo exige a doação de si mesmo, um sentimento de altruísmo que leve até ao sacrifício, e não foi praticado até aqui senão em agrupamentos religiosos, que se inspiravam em um ideal superior e que, em seus arrebatamentos de fé e de amor, chegavam à renúncia pessoal em proveito da coletividade. Acrescentemos ainda que essa renúncia implicava o esquecimento da família. Ora, a família é a base essencial, o pivô de toda sociedade humana. Um sistema assim não poderia, pois, generalizar-se. (Obra citada, pp. 106 e 107.)

C. É preciso que os homens reencarnem em diferentes condições sociais?

Sim. A educação das almas e as consequências do nosso passado obrigam-nos a renascer em diferentes condições sociais, seja para reparar nossas faltas anteriores, seja para adquirir qualidades inerentes a essas condições. Ninguém se eleva a si mesmo senão ajudando os outros a avançar na escala imensa, fazendo penetrar neles os conhecimentos e as qualidades adquiridas. Na longa sequência de existências percorridas, mil circunstâncias nos levam a entrar em contato com outros seres, a viver sua vida, a participar de seus esforços, de seus trabalhos, de seus prazeres e de suas dores. (Obra citada, pp. 107 a 109.)

Texto para leitura  

70. A existência revestiria, vista sob esse ângulo, um caráter mais nobre e a dignidade humana se encontraria efetivamente realçada. Somos o que fizemos de nós; nossa sorte, feliz ou desgraçada, está em nossas mãos; tudo o que fazemos recai sobre nós mesmos ao longo do tempo, em forma de alegrias ou de dores. (Pág. 101)   

71. Todos os fluidos impuros causados por nossas paixões, engendrados pelas obras do mal, pelas injustiças cometidas, acumulam-se em silêncio sobre nós. Um dia, quando a medida estiver cheia, a tempestade pode estourar sob a forma de flagelos, de calamidades, fontes de novos sofrimentos, pois os excessos dos gozos levam, fatalmente, a um crescente de dor até que o equilíbrio seja restabelecido na ordem moral, como o é na ordem física. (Pág. 102)   

72. O abuso dos prazeres, o excesso de luxo, o alcoolismo, o deboche se resgatam pelo sofrimento, privações e miséria. Aprendamos a ser sóbrios e comedidos em todas as coisas. Se consagrássemos à educação das massas e à divulgação dos princípios soberanos apenas um quarto das somas que gastamos para as obras de destruição e morte, a face do mundo seria logo modificada. (Págs. 102 e 103)   

73. Ao contrário do Dr. Carton, que propõe em seu livro “La vie sage” que o conhecimento da reencarnação deve ser reservado apenas aos iniciados e oculto do vulgo, Léon Denis diz que devemos oferecer ao povo toda a verdade, tanto mais que ela é indispensável à educação dos seres e à regeneração social. Não há verdadeira moral sem uma crença elevada e sem sanção. A noção das vidas sucessivas mostra-nos a repercussão dos nossos méritos e deméritos sobre o destino humano e constitui a sanção necessária e conforme à justiça. (Págs. 104 e 105)   

74. Na ordem social, é do interesse de todos que a lei moral seja observada, pois ela é a melhor garantia de nossa segurança. Os atos culpáveis, os maus exemplos, os fermentos da maledicência e o ódio que atiramos à Humanidade alteram o presente e comprometem o futuro, como o prova a lei dos renascimentos. (Pág. 105)   

75. É em vão que se procura a felicidade na posse de bens materiais ou nos gozos terrestres que o sopro da morte arrebata. A felicidade está na aceitação feliz, alegre, da lei do trabalho e do progresso, da realização leal da tarefa que a sorte nos impõe, de onde resulta a satisfação da consciência, único bem que podemos encontrar no lado de lá. (Pág. 105)   

76. Os revolucionários violentos, que pretendem fundar a ordem social no sangue e sobre ruínas, não passam de cegos e desgarrados. A harmonia social não pode se estabelecer senão sobre a justiça, a bondade, a solidariedade. O verdadeiro comunismo exige a doação de si mesmo, um sentimento de altruísmo que leve até ao sacrifício, e não foi praticado até aqui senão em agrupamentos religiosos, que se inspiravam em um ideal superior e que, em seus arrebatamentos de fé e de amor, chegavam à renúncia pessoal em proveito da coletividade. Acrescentemos ainda que essa renúncia implicava o esquecimento da família. Ora, a família é a base essencial, o pivô de toda sociedade humana. Um sistema assim não poderia, pois, generalizar-se. (Págs. 106 e 107)   

77. Com o materialismo, a solidariedade não passa de um bem passageiro, efêmero, que liga os homens entre dois nadas. Com os ensinamentos dos Espíritos, esta ideia de solidariedade cresce, reveste-se de uma amplidão, uma autoridade que se impõe. A ascensão coletiva, por força da reencarnação, nos une estreitamente aos nossos companheiros de viagem. Somos, pois, interessados no aperfeiçoamento moral de um meio a que deveremos voltar e, por conseguinte, no aprimoramento dos seres que vivem conosco. (Pág. 107)

78. A educação das almas e as consequências do nosso passado obrigam-nos a renascer em diferentes condições sociais, seja para reparar nossas faltas anteriores, seja para adquirir qualidades inerentes a essas condições. Ninguém eleva a si mesmo senão ajudando os outros a avançar na escala imensa, fazendo penetrar neles os conhecimentos e as qualidades adquiridas. Na longa sequência de existências percorridas, mil circunstâncias nos levam a entrar em contato com outros seres, a viver sua vida, a participar de seus esforços, de seus trabalhos, de seus prazeres e de suas dores. Diante disso, em que se tornam as mesquinhas rivalidades, o ciúme, os ódios, as miseráveis competições da Terra? (Págs. 107 a 109)   

79. O Espiritismo pode, pois, como vimos, influenciar poderosamente sobre a economia social e a vida pública, porquanto sua concepção da existência e do destino vem facilitar o desenvolvimento de todas as obras da coletividade e da solidariedade. O novo espiritualismo concede às coisas um elemento regenerador. O homem aprende a amar a família e a Pátria, mas passa a ter uma noção mais sublime da grande família humana: a fraternidade das almas, a comunhão de todos na consecução de um mesmo fim, a ascensão lenta e gradual de todos para a luz. (Pág. 111)   

80. A fraternidade é a palavra mágica, o princípio soberano que resolverá todos os problemas sociais, dissipará as iras, os ciúmes, os rancores e que, do caos das paixões, fará surgir um mundo novo. (Pág. 112) (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita