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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 189 - 19 de Dezembro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 28)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que adjetivo aplicar à mulher que ameaçava o casamento de Jovina e Anésia?

Teonília, referindo-se ao caso, disse que Jovino era um homem trabalhador ameaçado por perversa mulher. Mas Aulus pediu-lhe que não se referisse assim à mulher que dominava o esposo de Anésia. O adjetivo "perversa" ali não cabia. Era "imperioso aceitá-la por infeliz irmã", recomendou o Assistente. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 19, pp. 181 a 183.)

B. Por que Anésia sentia mal-estar ao pressentir que havia, naquele caso, alguém a assediar o esposo?

Contribuía para isso a força do seu próprio pensamento. Anésia articulou mentalmente, logo que Jovino saiu, frases deste tipo: "Negócios, negócios... Quanta mentira sobre mentira! Uma nova mulher, isso sim!... Mulher sem coração que não nos vê os proble­mas... Dívidas, trabalhos, canseiras! Nossa casa hipotecada, nossa velhinha a morrer!... Nossas filhas cedo arremessadas à luta pela pró­pria subsis­tência!" Enquanto essas reflexões se faziam audíveis para André Luiz, irradiando-se na sala estreita, viu-se de novo a mesma figura de mulher que surgira à frente de Jovino, apare­cendo e reapare­cendo ao redor da esposa triste, como que a fustigar-lhe o coração com invisíveis estiletes de angústia, porque Anésia, em­bora não a visse, passou a acusar indefinível mal-estar. (Obra citada, cap. 19, pp. 183 e 184.) 

C. Qual a explicação do problema que envolvia Jovino?

A esse respeito, Aulus disse: "Jovino permanece atualmente sob imperiosa dominação telepática, a que se ren­deu facilmente, e, considerando-se que marido e mulher respiram em re­gime de influência mútua, a atuação que o nosso amigo vem so­frendo en­volve Anésia, atingindo-a de modo lastimável, porquanto a po­brezinha não tem sabido imunizar-se com os benefícios do perdão incon­dicional". Aulus acrescentou que tal fenômeno é muito comum em nossos dias e, como tal, enquadra-se perfeitamente nos domínios da mediunidade. O fenômeno pertence à sintonia, onde se encontram as ori­gens de muitos processos de alienação mental. (Obra citada, cap. 19, pp. 185 e 186.) 

Texto para leitura 

82. Jovino: um esposo aborrecido - Teonília, referindo-se ao caso, alu­diu a Jovino como sendo um homem trabalhador ameaçado por perversa mulher. Aulus pediu-lhe que não se referisse assim à mulher que domi­nava o es­poso de Anésia. O adjetivo "perversa" ali não cabia; era "imperioso aceitá-la por infeliz irmã", recomendou o Assistente, que prometeu vi­sitar a casa de Anésia já na noite seguinte, com o objetivo de eluci­dar o caso. Foi o que aconteceu, porquanto no dia imediato, ao anoite­cer, Aulus, André e Hilário chegaram ao domicílio de Anésia e Jovino, uma casa confortável, embora sem luxo, onde Teonília os aguar­dava. A família fazia sua refeição. Achavam-se ali os esposos e as três filhas: Marcina, Marta e Márcia. Apesar do tom afetuoso da pales­tra familiar, Jovino parecia contrafeito. Os apontamentos das meninas não lhe arrancavam o mais leve sorriso; contudo, enquanto ele persis­tia em mostrar-se aborrecido, a mãe se fazia mais terna e mais con­tente, in­centivando a conversação das duas filhas mais velhas que co­mentavam episódios humorísticos do bazar em que trabalhavam juntas. Findo o jantar, Anésia pediu a Márcia, a mais moça das filhas, que fosse ficar com a avó e es­perasse por ela. As outras irmãs continuaram a conversar em sala próxima. Jovino foi ler os jornais vespertinos, e Anésia cuidou de arru­mar a cozinha. Reparando, porém, que o esposo pouco depois se le­vantou para sair, ela endereçou-lhe olhar inquieto, indagando delica­damente: "Poderemos, acaso, esperar hoje por você?" Ele se fez de de­sentendido, e Anésia explicou que apreciaria tê-lo presente para as preces em conjunto... "Preces? para que isso?", re­plicou o esposo. "Sinceramente, Jovino – respondeu Anésia –, creio no poder da oração e suponho que nunca precisamos tanto como agora de usá-la em favor de nossa tranquilidade doméstica." Jovino foi direto ao assunto: "Não concordo com a sua opinião" e, sarcástico, exibindo estranho sorriso, continuou: "Não disponho de tempo para lidar com os seus tabus. Tenho compromissos inadiáveis. Estudarei, junto de amigos, excelente negó­cio". (Cap. 19, págs. 181 a 183)

83. Uma imagem de mulher - Logo que Jovino disse tais palavras, surpreendente imagem de mulher surgiu-lhe à frente dos olhos, qual se fora projetada sobre ele, a distância, aparecendo e desaparecendo com intermitências. Jovino tornou-se então mais distraído e enfadado e, demonstrando inexcedível dureza espiritual, fitou a esposa com indiferença irônica. Intrigados com a cena, André e seus amigos ouviram Ané­sia, enlaçada por Teonília, dizer quase suplicante: "Jovino, você não concorda que temos estado mais ausentes um do outro, quando preci­samos estar mais juntos?"  "Ora, ora! deixe de pieguices!" – respon­deu-lhe o esposo. "Sua preocupação seria própria, há vinte anos, quando não éramos senão tolos colegiais!" Anésia retrucou: "Não, não é bem isso... Inquietam-me nosso lar e nossas filhas..." Mas Jovino, com a alma endurecida, falou-lhe com aguda ironia: "De minha parte, não vejo como torturar-me. Creio que a casa está bem provida e não estou dor­mindo sobre nossos interesses familiares. Meus negócios estão em movi­mento. Preciso de dinheiro e, por essa razão, não posso perder tempo com beatices e peditórios, endereçados a um Deus que, sem dú­vida, deve estar muito satisfeito em morar no Céu, sem lembrar-se deste mundo..." A atitude de Jovino era tão escarnecedora que Anésia resolveu silen­ciar. Ele bateu, então, a porta estrepitosamente sobre os próprios passos e retirou-se, enquanto a companheira humilhada caía em pranto silencioso e, em seguida, começou a pensar, articulando frases sem pa­lavras: "Negócios, negócios... Quanta mentira sobre mentira! Uma nova mulher, isso sim!... Mulher sem coração que não nos vê os proble­mas... Dívidas, trabalhos, canseiras! Nossa casa hipotecada, nossa velhinha a morrer!... Nossas filhas cedo arremessadas à luta pela pró­pria subsis­tência!" Enquanto as reflexões dela se faziam audíveis para André e seus amigos, irradiando-se na sala estreita, viu-se de novo a mesma figura de mulher que surgira à frente de Jovino, aparecendo e reaparecendo ao redor da esposa triste, como que a fustigar-lhe o coração com invisíveis estiletes de angústia, porque Anésia, em­bora não a visse, passou a acusar indefinível mal-estar. Pensamentos tempestuosos toma­ram-lhe então a mente, e Anésia passou a dizer, de si para consigo, mentalmente, que conhecia aquela mulher, aquela “boneca de perversi­dade” que há muito tempo vinha sendo motivo de perturbação para a sua casa... (Cap. 19, págs. 183 e 184)

84. Um fenômeno comum em nossos dias – À medida que Anésia passou a emitir pensamentos de revide com relação à intrusa, a imagem projetada de longe abeirou-se dela com maior intensidade, como que a corporifi­car-se no ambiente, para infundir-lhe mais amplo mal-estar. A mulher que dominava o espírito de Jovino surgiu então visivelmente materiali­zada aos olhos de André, e as duas, assumindo a posição de francas inimigas, passaram à contenda mental. Lembranças amargas, palavras du­ras, acusações recíprocas... A esposa atormentada passou a sentir desa­gradáveis sensações orgânicas e o sangue afluiu-lhe com abundância à cabeça, impondo-lhe aflitiva tensão cerebral, de modo que, mais se lhe dilatavam os pensamentos de revolta e amargura, mais se lhe avul­tava o desequilíbrio físico. Teonília, afagando-a, carinhosa, informou então que havia meses que aquele conflito se repetia, diariamente, e ela te­mia, com razão, pela saúde da amiga. Aulus ajudou-a então com recursos magnéticos de alívio, e as manifestações estranhas diminuíram até a completa cessação. Em seguida, o instrutor elucidou o problema: "Jovino permanece atualmente sob imperiosa dominação telepática, a que se rendeu facilmente, e, considerando-se que marido e mulher respiram em regime de influência mútua, a atuação que o nosso amigo vem so­frendo envolve Anésia, atingindo-a de modo lastimável, porquanto a pobrezinha não tem sabido imunizar-se com os benefícios do perdão incon­dicional". O instrutor acrescentou que tal fenômeno é muito comum em nossos dias e, como tal, enquadra-se perfeitamente nos domínios da me­diunidade. O fenômeno pertence à sintonia, onde se encontram as ori­gens de muitos processos de alienação mental. (Cap. 19, págs. 185 e 186) (Continua no próximo número.)
 



 


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