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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 189 - 19 de Dezembro de 2010
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Socialismo e Espiritismo

Léon Denis

(Parte 6)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Socialismo e Espiritismo, de Léon Denis, com base na tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, publicada pela Casa Editora O Clarim.

Questões preliminares

A. Qual foi a crítica de Lucien Desliniéres ao marxismo?

Conhecido por seus antecedentes socialistas, ele escreveu um livro intitulado “Livrai-nos do marxismo”, em que afirma que antes de Karl Marx o Socialismo era profundamente simpático, mas, graças a ele, era agora execrado. “A luta de classes é uma tática perniciosa que desviava do Socialismo aqueles que seriam seus melhores elementos, sem lhe conceder a mínima força”, disse o mencionado escritor. “A classe operária sozinha é incapaz de transformar a sociedade e dirigir o mundo novo. É o marxismo o responsável pelo malogro econômico da Revolução Russa.” A crítica recebeu o apoio de Léon Denis, que lembrou que, ao invés de atiçar as más paixões e impelir as pessoas à luta de classes, devemos todos aprender a grande lei que regula o destino dos indivíduos e dos povos e faz tombar sobre eles as consequências das ações cometidas. Temos todos necessidade uns dos outros. Toda demarcação entre os diferentes meios sociais é arbitrária. Entre os burgueses muitos trabalham tanto quanto os operários. O homem que possui um capital e o faz produzir, pode parecer desocupado, mas presta serviço ao seu país, porque seu capital, frutificando, permite-lhe empreender obras novas. (Socialismo e Espiritismo, pp. 90 a 94.)

B. Como devemos entender o trabalho?

O trabalho é um dever social para todos os seres em vista da evolução, que não se acomoda na beatitude ociosa nem na passividade, porquanto a atividade do ser se acresce na medida de sua elevação. Todos devem participar da obra social, seja intelectual seja materialmente. Em nosso planeta inferior, tudo tem necessidade de esforço. As pretensões do Socialismo de dar a supremacia ao trabalho manual sobre a inteligência leva fatalmente ao enfraquecimento desta. Disto resulta uma regressão geral, uma contradição das leis e das finalidades do Universo, que, ao contrário, concedem a supremacia ao espírito sobre a matéria. É por isso que o verdadeiro ponto de partida dos socialistas deveria ser a educação, o ensino. Realizando-se o progresso intelectual e moral, o progresso material seria inelutável consequência. (Obra citada, pp. 94 e 95.) 

C. Que é preciso fazer se quisermos um futuro melhor?

Em primeiro lugar, diz Léon Denis, é preciso entender que no Socialismo, como na política, os homens têm o que merecem; suas obras sociais estão sempre relacionadas com o estado de aperfeiçoamento que puderam atingir. Se quisermos preparar um futuro melhor, comecemos por instruir o homem, para torná-lo mais sábio, mais esclarecido, mais senhor de si e de suas paixões. O ódio não pode fundar nada de fecundo, de duradouro. (Obra citada, pp. 97 e 98.)

Texto para leitura  

59. O que caracterizava o movimento socialista oriental era a absoluta ausência de uma filosofia verdadeiramente humanitária e conciliatória, e as consequências funestas desse despojamento surgia a todos os olhos não preconcebidos. A Rússia oferecia, deste ponto de vista, uma lição dolorosa. Quanto à Alemanha, nada havia a elogiar quanto às ideias que dali há mais de um século vinham. O Socialismo de Karl Marx – homem ácido e odioso – tinha por objetivo principal a luta de classes e era desprovido, como o materialismo grosseiro de Buchner e Moleschott, de generosidade e de grandeza. (Págs. 89 e 90)   

60. Lucien Desliniéres, conhecido por seus antecedentes socialistas, escreveu um livro intitulado “Livrai-nos do marxismo”, em que afirma que antes de Karl Marx o Socialismo era profundamente simpático, mas, graças a ele, era agora execrado. “A luta de classes é uma tática perniciosa que desviava do Socialismo aqueles que seriam seus melhores elementos, sem lhe conceder a mínima força”, disse o mencionado escritor. “A classe operária sozinha é incapaz de transformar a sociedade e dirigir o mundo novo. É o marxismo o responsável pelo malogro econômico da Revolução Russa.” (Págs. 90 e 91)   

61. Examinando o assunto, Léon Denis é muito claro: ao invés de atiçar as más paixões e impelir as pessoas à luta de classes, devemos todos aprender a grande lei que regula o destino dos indivíduos e dos povos e faz tombar sobre eles as consequências das ações cometidas. Temos todos necessidade uns dos outros. Toda demarcação entre os diferentes meios sociais é arbitrária. Entre os “burgueses” muitos trabalham tanto quanto os operários. O homem que possui um capital e o faz produzir, pode parecer desocupado, mas presta serviço ao seu país, porque seu capital, frutificando, permite-lhe empreender obras novas. (Págs. 93 e 94)   

62. O trabalho é um dever social para todos os seres em vista da evolução, que não se acomoda na beatitude ociosa nem na passividade, porquanto a atividade do ser se acresce na medida de sua elevação. Todos devem participar da obra social, seja intelectual seja materialmente. Em nosso planeta inferior, tudo tem necessidade de esforço. As pretensões recentes do Socialismo de dar a supremacia ao trabalho manual sobre a inteligência leva fatalmente ao enfraquecimento desta. Disto resulta uma regressão geral, uma contradição das leis e das finalidades do Universo, que, ao contrário, concedem a supremacia ao espírito sobre a matéria. É por isso que o verdadeiro ponto de partida dos socialistas deveria ser a educação, o ensino. Realizando-se o progresso intelectual e moral, o progresso material seria inelutável consequência. (Págs. 94 e 95)   

63. Para resolver o problema social os teóricos, como já vimos, propõem diversos sistemas: coletivismo, estatismo, comunismo etc. Mas, acima de todos os sistemas surge uma questão: para melhorar a sorte das pessoas, para pôr fim aos abusos, para deter a exploração do homem pelo homem será preciso recorrer a instituições, a regulamentos, a leis? (Pág. 97)   

64. Em primeiro lugar é preciso entender que no Socialismo, como na política, os homens têm o que merecem; suas obras sociais estão sempre relacionadas com o estado de aperfeiçoamento que puderam atingir. Se quisermos preparar um futuro melhor, comecemos por instruir o homem, para torná-lo mais sábio, mais esclarecido, mais senhor de si e de suas paixões. O ódio não pode fundar nada de fecundo, de duradouro. O que todas as vantagens materiais, a participação nos benefícios, os altos salários não puderam realizar, uma grande doutrina, simples, consoladora e pacificadora, poderá fazê-lo. (Págs. 97 e 98)  

65. As reivindicações socialistas falaram abundantemente ao operário quanto aos seus direitos, mas nunca quanto aos seus deveres. Negligenciaram o cultivo das suas qualidades morais e o desenvolvimento nele do espírito da ordem, da sabedoria, da previdência, e qual foi o resultado? O povo viu aumentar seu bem-estar físico, mas não é mais feliz: tornou-se mais exigente, mais descontente, menos consciencioso. E, no entanto, para mudar tudo isto, bastaria inculcar em todos o amor pelo trabalho e a confiança na vida, que não são mais, em realidade, que a elevação lenta e gradual para a luz, para a perfeição. (Págs. 98 e 99)   

66. Não se pode ignorar que não há outro direito senão aquele que resulta dos méritos adquiridos, dos serviços prestados, de uma participação eficaz na obra de civilização e de progresso. Todo direito adquirido comporta uma série de deveres correspondentes. A liberdade é proporcional ao grau evolutivo do ser e cresce na medida de sua ascensão na escala infinita das existências e dos mundos. Não há nada maior ou mais nobre na destinação humana: a conquista da liberdade por esforços constantes para o bem, o franqueamento gradual das baixas servidões, a educação, o aperfeiçoamento da alma através das vidas sucessivas. (Pág. 99)   

67. Para que reine a ordem social, o Socialismo, o Espiritismo e o Cristianismo devem, portanto, dar-se a mão. Há um interesse capital em congraçar essas três ordens de ideias. Do Espiritismo pode nascer o Socialismo idealista. O ser deve se aperfeiçoar desenvolvendo suas qualidades inatas e apagando os estigmas de suas vidas anteriores. O Socialismo não é, em realidade, senão a aproximação dos fluidos de uma mesma natureza, sua fusão e sua harmonia na vida humana, segundo o grau atingido no curso das existências percorridas. O conhecimento das leis espirituais é, pois, indispensável para estabelecer a verdadeira natureza do ser e sua possível adaptação aos diferentes meios sociais. É preciso que cada ser, possuindo uma força irradiante, um poder atrativo, o transfira, por via de vibrações, àqueles em que o mesmo fluido circula mais fracamente. Isto seria o verdadeiro comunismo. “O objetivo essencial – diz Denis – é obter uma correlação direta entre os pontos de vista moral, fluídico e material.” (Pág. 100)   

68. Os grandes missionários espirituais foram, a títulos diversos, grandes socialistas. O Socialismo é a elevação da coletividade na ordem física e moral, e esta melhoria deve ser regulamentada pela justiça e a razão. Eis por que é preciso chegar a uma fusão integral, por mudanças de força suscetíveis de paralisar as paixões e os caprichos que subsistem em nós. Não sendo a vida atual mais que um estado transitório, nenhum dos problemas que a ela se relacionam pode ser logicamente resolvido, se negligenciamos levar em conta tudo o que a condiciona ao passado e o objetivo a atingir no futuro. (Págs. 100 e 101)   

69. Antes de tudo, convém desenvolver o sentido moral, ou seja, o sentido elevado da vida, seus deveres e suas responsabilidades, na criança e no adulto, gravando profundamente no pensamento e no coração do ser humano a lei que rege as consequências dos atos que praticamos ao longo de nossas existências. (Pág. 101)  (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita