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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 189 - 19 de Dezembro de 2010

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

O significado do Natal...


De maneira assumidamente teimosa, persisto em considerar o Natal a data mais bela do ano.

Há muita controvérsia em torno disso. “O Natal não é uma data para todos!”, alegam muitos que, lendo o que escrevi acima de maneira precipitada, logo me tacharão de “burguesa feliz”.

Calma! Vamos explicar...

A época em que vivemos é de tal monta de turbulência, que já vejo gente até irritada com a própria imagem de Jesus – literalmente! Há quem alegue que não existiu, ou que se existiu, não foi exatamente quem dizem que foi, que tudo a respeito disso foi adulterado, que a nossa civilização cristã, em consequência, foi construída sobre um engodo... Em resumo: uma bagunça.

Natal virou sinônimo de tudo, menos daquilo que verdadeiramente deveria significar. Compras, compras, compras, cujo fundo é ‘ter’, ‘ter’, ‘ter’... Ora, sob esta ótica, bem compreensível se torna que aqueles muitos que vivem à margem das possibilidades desta sociedade consumista, autodevoradora, não nutram por essa data o mínimo respeito. Nem pela data, nem por seu principal personagem.

Veremos, assim, que na ótica da data é que se acha o mal-entendido. Tudo questão de ponto de vista.

Lembro-me de ter visto um filme sobre a vida de Jesus (se não me engano, “O Rei dos Reis”) em que, durante uma palestra nas montanhas, alguém questiona: “Como ter certeza de que você é o esperado? Já surgiram falsos profetas antes...” Ao que Jesus, de dentro de sua inalterada serenidade, responde: “Se estou realizando o trabalho de Meu Pai, então você pode acreditar em mim. Mas, se ainda assim, não acredita em mim, acredite apenas no meu trabalho.”

Poucas cenas vistas nos filmes sobre a vida do Nazareno foram desta elevada beleza. Porque aí se acha a chave...

Nos tempos em que vivemos, e em focalizando uma personalidade baixada à Terra há dois mil anos, chegada é a hora de nos atermos “ao trabalho”, “às realizações”.

Celebremos o Natal pela realização do seu verdadeiro significado, e não por esta coisa desnorteante criada pelo consumismo devorador do nosso século, que, a bem da verdade, já incorre significativamente no desagrado de muitos que não podem, ou não conseguem, tanto material quanto espiritualmente, lhe acompanhar o ritmo desenfreado...

Quando afianço que o Natal é a data mais bela do ano, afirmo de dentro daquela visão que aprendi a cultivar na infância: a época em que eu via toda a família reunida com os mais belos sorrisos nos seus rostos, confraternizando a despeito de todo o enredo, mais ou menos acidentado, vivenciado no decorrer do ano; a época em que mesmo os adultos se transmudavam um pouco em crianças, enfeitando os pinheirinhos com luzes coloridas e exibindo no olhar o mesmo brilho lúdico; tempos em que se vivia um pouco mais de amor, um pouco mais de amizade, de leveza no ar e nos olhares... tempos de férias e de brincadeiras entre todos; lições de fraternidade mais fácil estendida aos necessitados.

Dias felizes. Dias de Natal.

Qual foi a realização genuína de Jesus, na sua significação mais verdadeira, se não esta? Jesus não foi, em tempo algum, sinônimo de consumo material ou de comilança. A mensagem maior de Jesus foi, é, e sempre será, a da oitava purificada do amor pelo próximo!

“Quando dois ou mais se reunirem em meu nome, lá eu estarei presente”; “Fazei por qualquer um destes pequeninos e estareis fazendo por mim”; “Amar ao próximo como a ti mesmo, e a Deus sobre todas as coisas”...

Já é mais do que tempo de nos desfazermos dos “rótulos”: Natal, Jesus, Deus... E nos atermos à realização autêntica, primeiramente em nós mesmos, e daí para a vida que nos cerca, do que isto representa.

Isto é negar Jesus e o Natal? Não. Isto é resgatar seu verdadeiro significado, seriamente comprometido sob o que hoje costuma representar, erroneamente, Jesus e o Natal.

...Se estou realizando as coisas de Meu Pai e ainda assim não puderem acreditar em mim, então acreditem no meu trabalho”...

Um feliz, belíssimo Natal a todos... ainda e sempre! 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita