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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 185 - 21 de Novembro de 2010

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)
 

Velórios


Muitas vezes falei em velórios para exaltar a vida e dizer da continuidade da vida, baseado nos ensinos que recebi da Doutrina Espírita.

A circunstância sempre me comove intensamente. Fico a pensar na dor dos que ficam, atingidos pela separação. Fico a pensar na transformação natural da vida de quem parte para novas experiências e continuidade da própria vida.

O conforto do pensamento espírita, todavia, sempre foi fonte de inspiração e fortaleza nesses instantes de dor para todos, inclusive para aqueles que usamos a palavra. Sabemos da imortalidade, mas o sentimento do momento, envolvido pelo clima de comoção igualmente nos atinge.

Vivi uma experiência inesquecível quando da desencarnação de meu pai, Roberto Pasqual Carrara. Eu e meu pai somos muito amigos. E digo somos porque a vida continua. É que nunca brigamos, nunca discutimos e não tivemos qualquer motivo de arrependimento ou remorso no relacionamento entre pai e filho. Quando ele partiu, minhas reflexões se acentuaram durante o velório.

Percebi o quanto foi importante não termos guardado qualquer mágoa um do outro, o quanto foi vital para ambos – ele naquele instante partindo e eu permanecendo para novas experiências –, seguirmos cada qual seu caminho e mantendo no mesmo nível de amizade, carinho, respeito e amor, a experiência vivenciada na presente existência da condição de pai e filho.

Claro que ele levou consigo seus questionamentos interiores, como eu permaneço com os meus, necessitados ambos de novos aprendizados, como qualquer Espírito em evolução, mas no tocante ao relacionamento entre mim e ele, nos sentimos livres e em plena sintonia de entendimento e afinidade espiritual.

Isso é que determina, pelo menos no que se refere ao meu caso – tenho outros irmãos e não sei aferir o nível de relacionamento espiritual deles com meu pai –, uma situação de tranquilidade e equilíbrio no plano espiritual, face à sintonia que mantemos. Mas, claro, que há outras questões individuais próprias dele mesmo que desconheço – como ocorre com qualquer um de nós – e que igualmente determinam, nesse conjunto de fatos e situações, a experiência feliz ou infeliz no plano espiritual.

Mas, referindo-nos especificamente aos velórios, nossas atitudes humanas em velórios são de lamentar. Diálogos improdutivos, anedotas, desrespeito com o cadáver etc.

O escritor Richard Simonetti, de Bauru, no livro Quem tem medo da Morte?, cita a experiência de Bauru onde foi distribuído durante algum tempo o texto de autoria do mesmo escritor com o título Em favor dele, referindo-se ao respeito ao desencarnante.

Referido texto, de muita utilidade e grande reflexão, consta igualmente do livro em referência, que conclui com o significativo parágrafo:

“(...) Lembra-te de que um dia também estarás de pés juntos, deitado numa urna mortuária e, ainda preso às impressões da vida física, desejarás, ardentemente, que te respeitem a memória e não conturbem teu desligamento, amparando-te com os valores do silêncio e da oração, da serenidade e da compreensão, a fim de que atravesses com segurança os umbrais da Vida Eterna...”

Nada mais a acrescentar.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita