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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 182 - 31 de Outubro de 2010
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Fenômenos de Transporte

Ernesto Bozzano

(Parte 8)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Fenômenos de Transporte, de Ernesto Bozzano, com base na tradução de Francisco Klörs Werneck, publicada pelas  Edições FEESP, 4a edição, março de 1995.

Questões preliminares

A. Que devemos entender por trama astral?

Trama astral, “duplo etéreo”, “corpo etéreo”, “corpo fluídico” ou “perispírito” são, segundo Bozzano, denominações de uma mesma coisa. As investigações metapsíquicas mostraram, segundo ele, que a intuição de Claude Bernard, quando falou de uma “ideia diretriz” posta a serviço da organização dos seres vivos, tem fundamento, pois tudo concorre para demonstrar a existência de uma “ideia diretriz” na organização da vida, a qual se apresenta com a formação de um “duplo etéreo” que precede o “corpo carnal”, evoluciona gradativamente com ele e está sempre em precedência a ele, porquanto lhe constitui a “trama” sobre a qual deverão convergir e concretizar-se todos os elementos da matéria organizada. (Fenômenos de Transporte,  pp. 96 e 97.)

B. Pode o pensamento criar uma forma psíquica?

De acordo com o professor Frederick Bligh Bond, sim. Em artigo publicado na revista “Psychic Research”, órgão da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, disse ele que parece estar demonstrado que o pensamento, em certas contingências, pode criar uma forma psíquica, visto que determinada substância plástica, não material, pode assumir a forma que se desejar. O mistério do nascimento se nos apresenta, desse modo, como devido a um aglomerado de átomos físicos em torno de um núcleo etérico preexistente, que seria o centro dinâmico do ser. Na criação das formas, a imagem mental precederia a imagem psíquica ou etérica, e esta última precederia a consolidação física da mesma imagem. (Obra citada, pp. 101 e 102.)

C. Que se deve entender por ectoplasmia?

Segundo o Dr. Gustave Geley, a ectoplasmia nada mais é do que a reprodução, prodigiosamente acelerada, da gênese dos órgãos e organismos. “A evolução metapsíquica das formas vivas comporta assim os mesmos ensinos que a evolução normal do embrião”, aduziu o conhecido cientista. (Obra citada, p. 102.)

Texto para leitura 

81. O Caso XXIX foi tirado do livro do Sr. Clive Chapman, intitulado “The Blue Room”, em que ele narra suas próprias experiências de voz direta, sendo médium sua sobrinha Srta. Pearl Judd. Depois de várias manifestações físicas de todas as espécies, entre as quais se incluem fenômenos de apport e asport, o Sr. Chapman citou um curioso fenômeno em que uma nota de dez xelins, dobrada várias vezes até formar um quadradinho, havia desaparecido, para mais tarde reaparecer, tendo sido acompanhado por ele e pelos presentes o fenômeno da condensação e solidificação da cédula. (PP. 91 e 92) 

82. O Caso XXX foi colhido por Bozzano num relato enviado, no ano de 1921, à revista francesa “Psychica” pelo Sr. A. Collas, que ali descreve fenômenos ocorridos com Maria Louise, uma jovem médium, filha de operários. Das mãos da médium viu-se que saía uma nebulosidade opalescente, depois um delicado véu de fumosidade esbranquiçada e trêmula, seguido de filamentos tênues como de teias de aranha. Logo depois, havia em sua mão um pedaço de pano, de cerca de meio metro quadrado, de cor amarela, semelhante à seda. Em seguida, a médium caiu ao chão, como se houvesse falecido, e seu corpo ficou mergulhado em flores que caíam em abundância, exalando delicioso perfume. (PP. 93 e 94) 

83. Dir-se-ia que a matéria gerada condensou-se através de “linhas de força”, que um ocultista definiria como a trama astral do tecido produzido. A esta explicação do relator do fenômeno, Bozzano acrescenta seu parecer de que forças plásticas e organizadoras estão presentes no desenvolvimento e na organização dos seres vivos, animais e vegetais, que parecem dar-se por efeito de uma trama fluídica preexistente sobre a qual viriam fixar-se as moléculas orgânicas fornecidas pelo sangue, nos seres vivos, e pela linfa, nos vegetais. Segundo Bozzano, tudo indica que nos fenômenos de “transporte” se assiste à exteriorização do mesmo princípio, visto que, neste caso especial, a precipitação molecular se verificava tanto de forma rápida como de forma lenta e contínua. (PP. 94 e 95)

84. Em reforço ulterior da tese propugnada, Bozzano lembra uma frase do Dr. Schwab no relato da experiência realizada por ele com a Sra. Marie Volhart: “Algumas vezes a médium declarava ter sentido sobre a sua cabeça uma pedra ou uma ferradura. Se se colocava, naquele momento, a mão sobre a cabeça dela, nada se sentia, mas a fotografia revelava, entretanto, a presença do objeto designado...” (PP. 95 e 96)

85. Bozzano conclui, então, que a imagem que ficou impressa na chapa fotográfica era a da trama astral do objeto transportado, ou seja, da forma arquétipo do mesmo objeto. Quanto ao nome desta “substância-forma”, fundamento de tudo o que existe e de todo ser vivo, não é o caso para sutilezas: chama-se “trama astral”, “duplo etéreo”, “corpo etéreo”, “corpo fluídico” ou “perispírito”. As investigações metapsíquicas mostram, assim, que a intuição de Claude Bernard, quando falou de uma “Ideia diretriz” posta a serviço da organização dos seres vivos, tem fundamento, pois tudo concorre para demonstrar a existência de uma “Ideia diretriz” na organização da Vida, a qual se apresenta com a formação de um “duplo etéreo” que precede o “corpo carnal”, evoluciona gradativamente com ele e está sempre em precedência a ele, porquanto lhe constitui a “trama” sobre a qual deverão convergir e concretizar-se todos os elementos da matéria organizada. (PP. 96 e 97) 

86. O Dr. Gustave Geley, lembra-nos Bozzano, também se referia à existência de um dinamismo superior ao organismo e que o condiciona. (P. 97) 

87. Em sua monografia “Pensamento e Vontade”, Bozzano apresentara a mesma questão, afirmando que a “Ideia diretriz” exterioriza-se em uma forma fluídica que precede à criação somática. O cel. Albert de Rochas menciona em sua obra “As Vidas Sucessivas” uma observação feita pelo Dr. Maxwell, que diz ter conhecido uma sensitiva dotada de vidência que via em torno de um bebê uma “sombra luminosa”, com traços mais desenvolvidos e um tanto maiores do que a criança. A sombra, na ocasião do nascimento do menino, era menos aderente e parecia integrar-se ao seu corpinho gradativamente. Estando a criança com 14 meses, a “forma fluídica” a ele aderia, então, em cerca de dois terços. (PP. 98 e 99) 

88. Reportando-se aos fenômenos mediúnicos de ordem física, o Dr. Carmelo Samona, em seu livro “Psiche Misteriosa”, afirma que esses fenômenos demonstram a existência em nosso organismo de uma energia até então completamente ignorada e que, quando projetada fora do organismo, pode-se considerar como um arquétipo potencial invisível de nosso organismo visível. (P. 101) 

89. O professor Frederick Bligh Bond, arqueólogo que se tornou célebre por haver exumado, auxiliado por revelações mediúnicas, as ruínas de duas grandiosas capelas que haviam desaparecido, também se refere ao ectoplasma, afirmando, em artigo publicado na revista “Psychic Research”, órgão da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, que parece estar demonstrado que o Pensamento, em certas contingências, pode criar uma forma psíquica, visto que determinada substância plástica, não material, pode assumir a forma que se desejar. O mistério do nascimento se nos apresenta, desse modo, como devido a um aglomerado de átomos físicos em torno de um núcleo etérico preexistente, que seria o centro dinâmico do ser. Na criação das formas, a imagem mental precederia a imagem psíquica ou etérica, e esta última precederia a consolidação física da mesma imagem. (PP. 101 e 102) 

90. Comparando a gênese dos órgãos e organismos, tal como se dá nos fenômenos de “ectoplasmia”, com a gênese dos órgãos e organismos, tal como se dá na ontogênese do embrião, o Dr. Gustave Geley argumenta nestes termos: “Do ponto de vista da filosofia biológica, que é, no fundo, a ectoplasmia? Nada mais é do que a reprodução, prodigiosamente acelerada, da gênese dos órgãos e organismos. A evolução metapsíquica das formas vivas comporta assim os mesmos ensinos que a evolução normal do embrião”. (P. 102) 

91. Com fundamento na tese de que em todo o ser vivo existe uma forma arquétipo fluídica, reguladora de todas as condensações atômicas, condicionadas por uma Vontade primordial infinita, Bozzano conclui então que, em última análise, os fenômenos de “fotografia do pensamento”, “ectoplasmia”, “materializações de fantasmas viventes” e  “transportes” em ambientes hermeticamente fechados também são condicionados por um ato de vontade, subconsciente, que tanto pode ser obra de um vivo como de um morto. (PP. 102 e 103) (Continua no próximo número.)
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita