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Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 181 - 24 de Outubro de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1867

Allan Kardec 

(Parte 8)

Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1867. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Onde, segundo a Revue, surgiram as primeiras palestras públicas sobre Espiritismo?

Foi na cidade de Bordeaux, França. Duas reuniões semanais eram, então, realizadas pela nova entidade, fundada em junho de 1866. Às quintas-feiras, a sessão, de natureza particular, era consagrada aos Espíritos obsessores e ao tratamento das doenças por eles causadas. Aos sábados, a reunião era aberta com uma palestra sobre um assunto espírita e encerrada por um ligeiro resumo, feito pelo presidente, que podia retificar eventuais erros cometidos pelo palestrante. Depois de algum tempo, a Sociedade decidiu fazer outra sessão semanal, aos domingos, às duas da tarde, para o desenvolvimento de novos médiuns, quando se faziam exercícios de escrita, tiptologia e magnetismo com grande sucesso. (Revue Spirite de 1867, pp. 181 a 184.) 

B. É antiga no meio espírita a ideia de que a doença material é simples efeito? 

Sim. Em comunicação dada em Paris, o Sr. Quinemant (Espírito) fala sobre o assunto e diz que a doença material é um efeito e, enquanto persistir a causa, produzirá esta novos efeitos mórbidos, o que inviabiliza a cura. Na mensagem, ele descreveu a íntima relação existente entre o Espiritismo, a mediunidade e o magnetismo – que, desenvolvido pelo Espiritismo, “é a chave da abóbada da saúde moral e material da humanidade futura”. (Obra citada, pp. 190 a 193.)  

C. Como os confrades da época de Kardec encaravam o Espiritismo? 

Comentando a viagem que fez às cidades de Tours, Orléans e Bordeaux por ocasião do Pentecostes, onde mais de cem confrades de cidades diversas participaram de um encontro realizado com ele em Bordeaux, Kardec destacou a seriedade com que nas mencionadas cidades os confrades encaravam o Espiritismo. As consequências morais da doutrina, o alívio do sofrimento do próximo e os conselhos de parte dos instrutores e familiares desencarnados constituíam então o objetivo exclusivo e preferido das reuniões espíritas, o que muito sensibilizou o Codificador. Em seguida, referindo-se aos numerosos exemplos de transformação moral operada pela doutrina, ele disse que, em que pese o valor da fé, a crença sem a prática é letra morta. Foi com alegria que ele contou, então, haver encontrado em sua viagem um bom número de espíritas de coração, que poderiam ser considerados completos, se fosse dado ao homem ser completo no que quer que fosse. (Obra citada, pp. 197 a 200.)  

Texto para leitura 

91. Carta vinda de Marmande, escrita pelo Sr. Dombre em 12 de maio de 1867, relata vários exemplos de curas de enfermos e obsidiados obtidas por meio de passes e da imposição de mãos. A experiência demonstrou que a faculdade de curar ou aliviar o semelhante não é privilégio exclusivo de ninguém e que para isto bastam apenas boa vontade e confiança em Deus, além de uma boa saúde, que é condição indispensável. (Págs. 178 a 180.)

92. Os casos de cura relatados pelo Sr. Dombre nada apresentavam de novidade, mas provavam que muito se pode obter pela perseverança e pela dedicação, com o que não falta jamais a assistência dos bons Espíritos, que só abandonam os que deixam o bom caminho. Segundo Kardec, o fato mais característico assinalado na carta era o da interferência dos parentes e amigos dos doentes nas curas, uma ideia nova cuja importância não escaparia a ninguém, porque sua propagação não deixaria de ter resultados consideráveis. (Pág. 181.) 

93. A Revue noticia o surgimento de uma nova sociedade espírita em Bordeaux, fundada em junho de 1866. Duas reuniões semanais eram realizadas pela nova entidade. Às quintas-feiras, a sessão, de natureza particular, era consagrada aos Espíritos obsessores e ao tratamento das doenças por eles causadas. Aos sábados, a reunião era aberta com uma palestra sobre um assunto espírita e encerrada por um ligeiro resumo, feito pelo presidente, que podia retificar eventuais erros cometidos pelo palestrante. Depois de algum tempo, a Sociedade decidiu fazer outra sessão semanal, aos domingos, às duas da tarde, para o desenvolvimento de novos médiuns, quando se faziam exercícios de escrita, tiptologia e magnetismo com grande sucesso. (Págs. 181 a 184.)

94. Ao comentar o assunto, Kardec fez questão de aplaudir o programa da Sociedade de Bordeaux e felicitá-la por seu devotamento e pela inteligente direção de seus trabalhos. Reportando-se às palestras realizadas aos sábados, o Codificador destacou a sua utilidade e afirmou que trabalhos assim provocam um estudo mais completo e mais sério dos princípios da doutrina, facilitando assim a sua compreensão. “É o primeiro passo, diz Kardec, para conferências regulares, que não podem deixar de ter lugar mais cedo ou mais tarde e que, vulgarizando a doutrina, contribuirão poderosamente para modificar a opinião pública, falseada pela crítica malévola ou ignorante daquilo que ela é.” (Pág. 185.)

95. Morto a 20 de abril de 1867  em Sétif,  Argélia, o Sr. Quinemant comunicou-se no dia 16 de maio seguinte em Paris, ocasião em que se declarou feliz por haver confirmado, na vida post-mortem, os seus mais íntimos pensamentos. Convencido na Terra, pelo raciocínio, de que a doutrina espírita iria desenvolver-se muito e exercer influência sobre as gerações futuras, Quinemant disse então em sua mensagem: “Hoje tenho mais convicção: tenho certeza”. No fim da comunicação, depois de explicar a causa da enfermidade que o vitimou, Quinemant referiu-se ao trabalho dos pioneiros, lembrando que os primeiros que semeiam raramente colhem frutos, pois geralmente estão preparando o terreno para os que vêm depois. Ninguém pense, porém, que esse trabalho seja inútil, porque nenhuma das sementes que se planta fica perdida; todas germinarão e frutificarão quando chegar o momento. (Págs. 186 a 189.)

96. Outro passamento sentido pelos espiritistas da França foi o do Sr. Conde de Ourches, um dos primeiros a se ocupar das manifestações espíritas em Paris, desde o momento em que chegaram notícias do que havia ocorrido na América. O conde, voltado exclusivamente para a parte fenomênica do Espiritismo, não acompanhou o desenvolvimento da doutrina na sua nova face científica e filosófica, pela qual nutria pouca simpatia. O falecimento do pioneiro ocorreu a 5 de maio de 1867, quando contava ele 80 anos de idade. (Págs. 189 e 190.)

97. A Revue  transcreve uma longa comunicação assinada pelo Espírito do Sr. Quinemant, na qual ele tece considerações em torno do magnetismo e do Espiritismo. Depois de lembrar que a doença material é um efeito e, enquanto persistir a causa, produzirá esta novos efeitos mórbidos, o que inviabiliza a cura, o comunicante descreve a íntima relação que existe entre o Espiritismo, a mediunidade e o magnetismo – que, desenvolvido pelo Espiritismo, “é a chave da abóbada da saúde moral e material da humanidade futura”. (Págs. 190 a 193.)

98. O número de junho de 1867 encerra-se com quatro notas: I) O jornal Union Spirite, de Bordeaux, passaria a partir de junho a ter periodicidade mensal, em face de uma série de dificuldades que seu diretor, Sr. A. Bez, tornou públicas. II) Um novo jornal – Progresso Espiritualista – surgira em Paris em abril de 1867, sucedendo ao antigo Avenir. III) Foi lançada em Paris uma brochura intitulada Pesquisas sobre a causa do ateísmo, escrita por uma católica em resposta ao Monsenhor Dupanloup, na qual a autora afirma que o Espiritismo é o mais poderoso remédio contra a incredulidade e o ateísmo. IV) Dado a lume o livro O romance do futuro, obra escrita por E. Bonnemère, cuja leitura Kardec recomenda aos leitores da Revue. (Págs. 193 a 196.)

99. A Revue de julho de 1867 se inicia com um relato sobre o encontro espírita de que Kardec participou em Bordeaux no dia de Pentecostes e que reuniu mais de cem confrades de localidades diversas. Na rápida excursão, Kardec foi também a Tours e Orléans, cidades que ficavam no trajeto entre Paris e Bordeaux, onde ele esteve por poucos instantes.(Págs. 197 a 199.) 

100. Um fato destacado por Kardec na reportagem foi a seriedade com que nas mencionadas cidades os confrades encaravam o Espiritismo. As consequências morais da doutrina, o alívio do sofrimento do próximo e os conselhos de parte dos instrutores e familiares desencarnados constituíam então o objetivo exclusivo e preferido das reuniões espíritas, o que muito sensibilizou o Codificador.(Pág. 199.)

101. Diz Kardec que mesmo no campo e entre as pessoas mais simples um poderoso médium de efeitos físicos seria menos apreciado que um bom médium escrevente dando, por comunicações raciocinadas, a consolação e a esperança. (Pág. 199.)

102. Referindo-se aos numerosos exemplos de transformação moral operada pela doutrina, Kardec observa que, em que pese o valor da fé – porque crer já é alguma coisa, é um pé posto no bom caminho –, a crença sem a prática é letra morta. Foi com alegria que ele disse, então, haver encontrado em sua viagem um bom número de espíritas de coração, que poderiam ser considerados completos, se fosse dado ao homem ser completo no que quer que fosse. (Pág. 200.)

103. Para Kardec, referidos confrades podiam ser olhados como os tipos da geração futura transformada, e existiam de ambos os sexos e de todas as idades e condições. “São fáceis de reconhecer – diz Kardec –; há em todo o seu ser um reflexo de franqueza e de sinceridade, que impõe a confiança; desde logo sente-se que não há nenhuma segunda intenção dissimulada sob palavras douradas e cumprimentos hipócritas.” “Em torno deles, e mesmo na mediocridade, sabem fazer reinar a calma e o contentamento.” (Pág. 200.)

104. Em um artigo sobre a ação dos médiuns curadores em face da lei, Kardec assinala o preconceito de que eram cercados na França os indivíduos que se dispunham a curar os enfermos valendo-se de faculdades especiais, como se deu com o  Príncipe de Hohenlohe, o cura d’ Ars e mesmo com Jesus Cristo. (Págs. 200 a 202.) (Continua no próximo número.)



 


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