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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 181 - 24 de Outubro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 20)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que lição pode-se extrair do caso Libório?

Primeiro é preciso lembrar que o Espírito de Libório e sua esposa, ainda encarnada, continuavam sintonizados na mesma onda mental. Ele a vampirizava e ela, por seu pensamento, o atormentava. Segundo Aulus, era um caso de perseguição recíproca e há, na Terra, muitos médiuns assim. Aliviados dos vexames que recebem por parte de entidades infe­riores, depressa reclamam-lhes a presença, religando-se a elas automa­ticamente, embora o propósito dos amigos espirituais de libertá-los. Enquanto não se modificam suas disposições espirituais, favorecendo a criação de novos pensamentos, jazem no regime da escravidão mútua, em que obsessores e obsidiados se nutrem das emanações uns dos outros. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 14, pp. 132 e 133.)

B. Se a esposa de Libório procurou, momentos antes, ajuda no Centro Espírita, como explicar a presença dela junto ao esposo atormentado?

Aulus explicou que a mulher julgava querer socorro espiritual, mas no íntimo alimentava-se com os fluidos enfermiços do companheiro desencarnado e a ele se apegava, instintivamente. Milhares de pessoas são assim. Registram doenças de variados matizes e com elas se adaptam para mais segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se prejudicadas e inquietas, todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se fazem portadoras, sentem-se vazias e padecentes, provocando sintomas e impressões com que evocam as enfer­midades a se exprimirem, de novo, em diferentes manifestações. Segundo Aulus, tal fato acontece na maioria dos casos de obsessão, e é por esse motivo que, em muitas ocasiões, as dores maiores são chamadas a fun­cionar sobre as dores menores, com o objetivo de acordar as almas viciadas nesse gênero de trocas inferiores. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 14, pp. 133 a 135.)

C. Por que há Espíritos que, embora desencarnados, ainda buscam o álcool e o cigarro?

Aulus diz que muitos irmãos já desvencilhados do vaso carnal se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência fí­sica que se cosem aos amigos encarnados temporariamente desequilibrados nos costumes desagradáveis por que se deixam influenciar. O que a vida começou – diz Aulus – a morte continua. Tais Espíritos situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porquanto, na posição em que se veem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz. (Obra citada, cap. 15, pp. 137 a 139.)

Texto para leitura

58. Obsessão recíproca - O irmão Justino, diretor da instituição, re­cebeu o grupo, pedindo escusas por não lhe ser possível acompanhar os amigos no serviço. A razão era simples: a casa jazia repleta de psico­patas desencarnados e não poderia, dessa forma, deter-se naquele mo­mento. A desarmonia era efetivamente tão grande no hospital, que André ficou espantado. Como promover reajuste num meio atormentado como aquele? Aulus explicou: "Importa reconhecer que este pouso é um refú­gio para desesperados. Segundo a reação que apresentam, são conduzi­dos, de pronto, a estabelecimentos de recuperação positiva ou regres­sam às linhas de aflição de que procedem. Aqui apenas atravessam pe­queno estágio de recuperação". Num leito simples, Libório, de olhar esgazeado, mostrou-se indiferente à presença do grupo. Exibia o sem­blante dos loucos, quando transfigurados por ocultas flagelações. Exa­minando-o, Aulus informou: "O pensamento da irmã encarnada que o nosso amigo vampiriza está presente nele, atormentando-o. Acham-se ambos sintonizados na mesma onda. É um caso de perseguição recíproca. Os benefícios recolhidos no grupo estão agora eclipsados pelas sugestões arremessadas de longe". André observou que há muitos médiuns assim na Terra. Aliviados dos vexames que recebem por parte de entidades infe­riores, depressa reclamam-lhes a presença, religando-se a elas automa­ticamente, embora o propósito dos amigos espirituais de libertá-los. Enquanto não se modificam suas disposições espirituais, favorecendo a criação de novos pensamentos, jazem no regime da escravidão mútua, em que obsessores e obsidiados se nutrem das emanações uns dos outros. Libório estava mais angustiado e mais pálido; parecia que uma tempes­tade interior, pavorosa e incoercível, o empolgava. De fato. Em ins­tantes, sua esposa, desligada do corpo denso em momento do sono, apa­receu no recinto, reclamando, feroz: "Libório! Libório! por que te au­sentaste? Não me abandones! Regressemos para nossa casa! Atende, atende!..." (Cap. 14, págs. 132 e 133)

59. O ciúme acaba ajudando Libório - Hilário, deveras surpreso, reco­nheceu na­quela mulher a mesma pessoa que, momentos antes, rogara socor­ro à ins­tituição que frequentava... "Isso é o que ela julga que­rer – explicou Aulus –, entretanto, no íntimo, alimenta-se com os fluidos enfermiços do companheiro desencarnado e apega-se a ele, ins­tintivamente." "Milhares de pessoas são assim. Registram doenças de variados matizes e com elas se adaptam para mais segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se prejudicadas e inquietas, todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se fazem portadoras, sentem-se vazias e padecentes, provocando sintomas e impressões com que evocam as enfer­midades a se exprimirem, de novo, em diferentes manifestações, auxi­liando-as a cul­tivar a posição de vítimas, na qual se comprazem." O Assistente disse que tal fato acontece na maioria dos casos de obses­são, e é por esse motivo que, em muitas ocasiões, as dores maiores são chamadas a fun­cionar sobre as dores menores, com o objetivo de acordar as almas vi­ciadas nesse gênero de trocas inferiores. Nesse ponto, a esposa conse­guira abeirar-se mais intimamente de Libório, que passou a demonstrar visível satisfação, sorrindo à maneira de uma criança con­tente. Vendo, porém, Celina, a infeliz bradou, colérica: "Quem é esta mulher? dize! dize!..." Celina avançou para ela com simplicidade e im­plorou: "Minha irmã, acalme-se! Libório está fatigado, enfermo! Aju­demo-lo a repou­sar!..." A interlocutora não suportou o olhar doce e benigno da notá­vel médium e, longe de reconhecer Celina, tomada por forte ciúme, gri­tou para o enfermo palavras amargas, abandonando o re­cinto, em desaba­lada carreira. Libório ficou contrariado com o fato, mas Aulus apli­cou-lhe passes, restituindo-lhe a calma. Em seguida, o Assistente enal­teceu a grandeza da Bondade Divina, que aproveita até os nossos senti­mentos menos dignos em nossa própria defesa. O ciúme e o despeito da esposa encarnada, ao ver Celina junto do esposo, dar-lhe-iam tréguas valiosas, de vez que o grupo teria algum tempo para auxiliá-lo nas re­flexões necessárias. Hilário se disse surpreso com ver o serviço in­cessante por toda a parte, seja na vigília e no sono, na vida e na morte... Aulus respondeu-lhe, sorrindo: "Sim, a inércia é simplesmente ilusão e a preguiça é fuga que a Lei pune com as aflições da reta­guarda". (Cap. 14, págs. 133 a 135)

60. Viciações - Numa determinada noite, Hilário, André e Aulus, no mo­mento em que se dirigiam a outro templo espírita, ouviram enorme gri­taria. Dois guardas arrastavam, de um restaurante, um homem maduro em deploráveis condições de embriaguez. O mísero, que esperne­ava e profe­ria palavras rudes, achava-se abraçado por uma entidade da sombra, qual se um polvo estranho o absorvesse. Num átimo, a bebedeira alcan­çou os dois, porquanto eles se justapunham completamente um ao outro, exi­bindo as mesmas perturbações. O Assistente convidou seus pupilos a en­trar no restaurante, onde havia muita gente. Lá dentro, o objetivo do grupo era recolher material adequado a expressivas lições. As ema­nações do ambiente produziram indefinível mal-estar em André e seus amigos. Junto de fumantes e bebedores inveterados criaturas desencar­nadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, encontrando nisso alegria e alimento. Ou­tras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes. Indicando essas entidades, Aulus informou que muitos irmãos já desvencilhados do vaso carnal se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência fí­sica, que se cosem aos amigos encarnados temporariamente desequilibra­dos nos costumes desagradáveis por que se deixam influenciar. Hilário estranhou por que Espíritos mergulham em prazeres dessa espécie. "Hilário – asseverou o Assistente –, o que a vida começou, a morte continua... Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os lo­caliza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de im­pressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, por­quanto, na posição em que se veem, temem a verdade e abominam-na, pro­cedendo como a coruja que foge à luz". (Cap. 15, págs. 137 a 139) (Continua no próximo número.)





 


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