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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 181 - 24 de Outubro de 2010

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 
 

E por isso somos médiuns...


 
Nosso Lar,
batendo recordes de bilheteria nos cinemas com o noticiário valioso do Espírito André Luiz sobre as realidades de outras dimensões mais felizes de vida, que a alguns surpreende e a outros encanta, como consequência natural da familiaridade anterior com o assunto por intermédio da leitura do livro homônimo de psicografia de nosso querido Chico Xavier - e, enquanto isso, fatos da vida cotidiana vão se dando de molde a respaldar, na simplicidade do dia-a-dia, tudo que nestas e noutras obras reveladoras destas Verdades consta como informativo precioso dos aspectos mais amplos do caminho do ser humano de qualquer tempo.

Dias atrás saíamos pela manhã eu e minha filha mais nova, emburradas. Não era para menos. Ainda nos víamos dominadas pelos efeitos nocivos de séria desavença havida na noite anterior, por conta das rixas naturais havidas no processo educativo em toda a intimidade familiar na qual pais orientam e advertem os filhos.

Seguíamos, assim, silenciosas e ainda subjugadas por ingrato estado de espírito pela bela rua arborizada, quando, mais adiante, chamou em primeiro lugar a atenção da minha menina um jovem alto e esguio, vestido em trajes escuros, que avançava em atitude francamente singular a alguns passos à frente. Andava, parava diante de uma árvore; olhava para trás, em nossa direção; continuava andando. Repetiu a atitude desconcertante por pelo menos duas vezes antes de se aproximar do cruzamento próximo; ao que a minha filha, sempre atenta e observadora, comentou:

- Mamãe..., aquele cara parece um daqueles homens de preto... - em se referindo aos personagens de certo filme famoso americano, no qual se vestem de terno preto, à semelhança do vestuário do rapaz que seguia adiante, com calças e blazer preto por sobre uma camisa branca.

Concordei com ela, mas, pressurosa da atitude esquisita do estranho, agucei a atenção, segurando-a instintivamente pela mão, em gesto protetor típico das mães zelosas. E continuamos em passada de molde a medir certa distância, observando o jovem afastado apenas um tanto da esquina que logo ganhou, alcançando outra árvore, e na qual chegamos praticamente ato contínuo.

Olhamos em torno, curiosas. E estacamos, intrigadas, ao dar com o quadro inusitado.

Tanto ao longo de ambos os sentidos da avenida extensa, quanto no outro lado da calçada, para onde atravessaríamos tão logo o sinal fechasse interrompendo o trânsito intenso de carros seguindo em disparada, não havia ninguém! Tampouco no interior da padaria pequena às nossas costas, que esquadrinhamos em perplexidade.

Nada! Nem existia residência ou entrada de prédio próximo algum naquele trecho, para onde o estranho rapaz poderia ter se evadido num passe de mágica em questão de segundos, - o que, de si só, seria no mínimo destituído de lógica, dado o modo gingado e lento com que se encaminhava bem à frente, para que, de repente, sem mais nem menos, saísse correndo porta adentro de algum lugar - menos ainda havia como ter ele se atirado para dentro de algum táxi ou veículo dos que cruzavam a rua em velocidade, de vez que não existe, naquele trecho, nem mesmo um ponto de ônibus!

- Cadê o homem?!... – minha filhinha interrogou, perplexa, enquanto de meu lado me demorava a responder, presa de estarrecimento e funda impressão.

Não queria ser precipitada nas minhas assertivas. Deixei-a no curso de inglês logo em frente, e me recolhi a um ângulo do prédio tranquilo, o olhar perdido na longa extensão daquela rua urbana, enquanto recorria à inspiração de meu mentor desencarnado para pensar com acerto.

Ocorria-me, então, que apenas duas vezes no passado algo assim me acontecera. Em todas as duas vezes - intuí - em circunstâncias indesejáveis de padrões espirituais. Uma, se dera no decorrer de um dia em ambiente profissional no qual invariavelmente o que prevalecia eram a insatisfação, as expressões emotivas menores de ingrato teor, e a convivência difícil. Certo dia, como já pude relatar em artigos anteriores, uma velhinha aparecera e desaparecera em contingências as mais insólitas possíveis, diante do meu testemunho e do de outra senhora que dividia comigo o local de trabalho; na outra ocasião, ainda mais recuada nas minhas lembranças, a mediunidade principiava a aflorar, descontrolada, abrindo-se-me a visão para entidades obsessoras que faziam por onde explorar os pontos débeis de minha sensibilidade, com intenções óbvias de provocar no ambiente doméstico medo e desacertos.

Inevitável a conclusão espontânea, tantos anos depois, pela semelhança flagrante de contexto vibratório indesejável nas disposições intimas minhas e de minha filha após as grandes e desagradáveis desavenças da noite anterior. Baqueáramos, espontânea e subitamente, a um mesmo padrão ingrato de frequências de ordem espiritual, quando tradicionalmente zelo por preservar e sustentar nossas condições íntimas em nível saneado, em consonância com as exigências de meu trabalho literário mediúnico, e também atendendo ao perfil de sensibilidade típico que, de um modo geral, se verifica símile em vários componentes de minha família.

Abríramos momentaneamente a visão, sintonizadas como estávamos num espectro negativo de emissões emocionais, para as esferas astrais invisíveis mais grosseiras e aproximadas dos sentidos dos reencarnados - dando com um Espírito errante, que, em provavelmente se percebendo por nós notado, talvez que se surpreendera, adotando a atitude que nos causara estranheza por duas vezes consecutivas, interrompendo os passos para nos observar! 

Logo depois esvaiu-se de nossa percepção temporária, mais à frente, escapando-se para a faixa dimensional onde por ora ainda se demora - confirmando-nos, ainda desta feita, ser a mediunidade a abençoada ferramenta das Leis divinas destinada a nos relembrar, nas paragens materiais, os imperativos imprescindíveis da convivência harmoniosa, as nossas origens, o nosso destino!

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita