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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 180 - 17 de Outubro de 2010

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, Minas Gerais (Brasil)
 

A causa primeira de todas as coisas será sempre desconhecida


A nossa evolução em busca de Deus ou da verdade é uma jornada que tem começo, mas não tem fim. É que devemos caminhar sempre na direção da perfeição de Deus, mas jamais vamos chegar lá, pois a perfeição de Deus é infinita, enquanto que a nossa será sempre finita. Ela será, um dia, semelhante à de Deus, mas jamais igual à Dele. Jesus aconselha-nos que sejamos perfeitos como é perfeito o nosso Pai celestial. Mas isso é uma força de expressão. Ele quer dizer que devemos imitar o Pai, que não faz acepção de pessoas, e que faz vir o sol e a chuva para todos, e a terra produzir alimentos para justos e injustos.

O nosso conhecimento sobre Deus será, realmente, sempre incompleto. Quem tenta definir Deus é ignorante. Paulo ensinou que Deus é desconhecido (Atos 17,23). À pergunta de Kardec: “Que é Deus?”, os Espíritos responderam: “Deus é a Inteligência Suprema e Causa Primeira de todas as coisas”. Observe-se que Kardec não perguntou “quem”, mas “que”, pois Deus não é gente, já que Ele nos transcende. E a resposta é sensata, pois é sem pormenores sobre Deus.

O famoso físico inglês Stephen Hawking, em seu novo livro “The Grand Design”, afirma que Deus não criou o Universo, e que o “Big Bang” foi apenas uma consequência da lei da gravidade. Hawking, que é membro da Academia de Ciências do Vaticano, irrita-se quando alguém o toma como ateu. Ele é agnóstico. Esse termo é, às vezes, tomado indevidamente como sinônimo de ateu. Mas agnóstico é quem não conhece Deus, ignora o que seja Deus. Geralmente, o agnóstico é, pois, alheio às questões sobre Deus. Vimos que Deus para Paulo era também desconhecido, como o era para os gregos, aos quais ele anunciava esse Deus ignoto. Seria São Paulo, também, meio agnóstico?

Ensinou Santo Agostinho que Deus cria as coisas em estado potencial (em forma de semente), o que de algum modo favorece à teoria da chamada criação espontânea. Hawking nega, como vimos, que o Universo tenha sido criado por Deus, porque o “Big Bang”, teoria criada em 1935 pelo astrofísico jesuíta belga Le Maïtre, é uma consequência da lei de gravidade. Isso nos leva à pergunta: O que criou a lei da gravidade? Ela é efeito de outra causa, como o próprio “Big Bang” é também efeito de outra. Para acontecer a explosão (energia acumulada?), existiu algo que a provocou, como, para haver a lei de gravidade, tem que haver corpos maiores em peso e massa para atraírem os menores para si, o que é também condizente com a força centrípeta.

Para a origem do Universo, Hawking fala de causa imediata e não da causa primeira de todas as coisas, de Kardec, não do Único Ser Incontingente de São Tomás de Aquino, não do Deus desconhecido de Paulo, não do “Único dos orientais, do qual nada pode ser dito”, causa primeira essa à qual jamais ninguém chegará! Negar que Deus criou o Universo não significa negar a existência do Universo e menos ainda de Deus. A hipótese de que Deus não criou o Universo foi aceita também por Aristóteles e o filósofo materialista árabe Averrois. Aliás, Deus tem os seus Espíritos auxiliares que, trabalhando para Ele, criam também (Hebreus 12,9). E São Tomás de Aquino, igualmente, aceitou essa hipótese de Aristóteles, Averrois e, agora, de Hawking, dizendo que o Universo pode ter existido com Deus desde todas as eternidades!


 


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