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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 4 - N° 180 - 17 de Outubro de 2010

ANTONIO AUGUSTO NASCIMENTO
acnascimento@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)

 

Jason de Camargo:

“O aprimoramento dos valores humanos é imprescindível na evolução espiritual da sociedade”

 

Experiente dirigente espírita e ex-presidente da FERGS – Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Jason de Camargo, autor do livro Educação dos Sentimentos, tece algumas considerações a respeito desse tema e suas consequências para os homens e, em especial, para os espíritas.  

O Consolador: Quando e como conheceu a Doutrina Espírita?

Nasci em família espírita. Meu pai foi até mesmo presidente de Centro Espírita.

O Consolador: Participa de qual Centro Espírita e em quais atividades

tem atuado?

Nasci em Frederico Westphalen-RS, mas atualmente resido em Porto Alegre, onde participo da Sociedade Espírita Caminho da Luz. Sou membro do Conselho Deliberativo dessa Instituição e do grupo de expositores. Dedico-me, também, no momento, à elaboração de um novo livro.

O Consolador: Continua realizando palestras sobre o tema educação dos sentimentos? Qual o objetivo principal dessas atividades?  

Sim, em todo o Brasil. Meu objetivo é auxiliar o ser humano a modificar paradigmas comportamentais que o infelicitaram por tanto tempo e que produziram sofrimentos infindos. 

O Consolador: Que experiências ou lições tem a relatar destes estudos?

Tenho observado, por experiência, que houve uma grande aceitação desse tema, justamente por tocar nas necessidades humanas. A maior lição que podemos retirar desses estudos é um conhecimento muito maior de nossas emoções e dos nossos sentimentos, obtendo uma maior consciência sobre o que fazemos e pensamos. E a consciência é que é o agente de nossas mudanças. 

O Consolador: Sua atuação no Movimento Espírita destaca-se por suas frequentes atividades doutrinárias, tanto nas palestras como nos seminários. Qual sua principal motivação para realizá-las?

Cada pessoa já traz certas obrigações reencarnatórias. Cada uma na sua área de responsabilidade. No meu caso específico, sempre atuei no campo administrativo e nas atividades doutrinárias. A exposição através de seminários e palestras foi chegando mais intensamente com o tempo e fui até mesmo alertado espiritualmente para essa tarefa, o que procuro fazer com muito carinho e dentro de minhas possibilidades. 

O Consolador: Além de diversos artigos publicados, quais livros seus já foram editados?  

Na área profissional (bacharel em química, professor e perito criminalístico) tenho dois livros: Química Geral e Química Orgânica. Na área espírita: Educação dos Sentimentos e Divaldo Franco – A História de um Humanista. Como os direitos autorais dessas obras foram doados, desconheço suas tiragens.  

O Consolador: Qual o retorno dos leitores e dirigentes espíritas que tiveram contato com seu livro Educação dos Sentimentos?

O retorno tem sido muito além de minhas expectativas, o que denota a importância do tema levantado. Por onde passo recebo alusões significativas sobre o conteúdo e, por consequência, do grande benefício que esse livro tem produzido nas pessoas. E isso tem sido em todo o Brasil e até fora dele, visto que ele já se encontra na segunda edição em língua espanhola. É comum eu receber a notícia de que o livro Educação dos Sentimentos tem sido motivo de estudo em grupo nos centros espíritas tanto do Brasil como de outros países da América do Sul ou, ainda, como auxiliar na elaboração de palestras doutrinárias.  

O Consolador: Qual a importância da educação dos sentimentos para o trabalhador espírita e para as atividades das Instituições Espíritas? 

Primeiramente devemos salientar que a educação dos sentimentos é matéria constante das obras básicas da Doutrina Espírita. O aprimoramento dos valores humanos é imprescindível na evolução espiritual da sociedade contemporânea. Os espíritas e suas instituições não estão dissociados dessa realidade. Os espíritas, pelo conhecimento que já conseguiram, estão altamente comprometidos com o processo evolutivo de si mesmos e também com o de seu próximo. As nossas Instituições representam felizes oportunidades para o estabelecimento de relações sociais produtivas ao bem comum. Como aguardar um Centro Espírita aprimorado sem o aprimoramento de seus trabalhadores? E como esperar um trabalhador espiritualizado sem a educação de seus sentimentos? Com a educação moral tudo melhora na Organização Espírita, desde os relacionamentos interpessoais até as questões administrativas e também vibratórias das instituições. Todos serão beneficiados com a educação dos sentimentos, desde os trabalhadores até os frequentadores do Centro. 

O Consolador: Há algo que poderia relatar como contribuição para o Movimento Espírita?

Chegou a hora da vivência daquilo que já aprendemos. O “instruí-vos” está indo relativamente bem. Precisamos melhorar um pouco mais no “amai-vos”. Necessitamos entender que não há união dos espíritas, em torno de um objetivo comum, sem as bases reais dos sentimentos nobres. Necessitamos aprimorar bem mais o “campo vibratório” de nossas Instituições e isso somente acontecerá se realmente nos amarmos. Quantos melindres e discussões estéreis seriam abortados pela fragrância sublime do “amai-vos uns aos outros”? Eu vejo, portanto, que há uma necessidade de trabalharmos mais a harmonia, a paz e os demais valores espirituais em nossas organizações espíritas para que elas desenvolvam mais integralmente suas obrigações sociais e espirituais.  

O Consolador: Qual sua visão da evolução do movimento espírita no Rio Grande do Sul e no Brasil?  

Observamos que depois do advento do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita e das reuniões do Conselho Federativo Nacional da FEB, o Movimento Espírita Brasileiro tomou um novo rumo, ficou com uma estrutura bem mais sólida. As trocas de experiências entre as Federativas estaduais foram altamente significativas para o Movimento como um todo. Essas trocas irão aos poucos atingindo a ponta do sistema, que são os Centros Espíritas e as comunidades que os rodeiam. No entanto, há que melhorar ainda a aproximação das Instituições Espíritas com as Federativas estaduais, bem como ampliar, consideravelmente, a área da comunicação social. 

O Consolador: Tem tido oportunidade de avaliar o crescente interesse pelo Espiritismo? Quais suas principais conclusões? 

Observo o crescente interesse pelo conhecimento dos princípios espíritas. No Brasil, por exemplo, já mais de 50% das pessoas acreditam na reencarnação, outros tantos aceitam a comunicabilidade dos Espíritos, e assim por diante. Não se dizem espíritas, mas aceitam os seus postulados. Allan Kardec, por sinal, já alertava que no futuro as pessoas de outros credos aceitariam o ensino espírita.  A verdade tende cada vez mais a se universalizar em nosso planeta e, com esse aumento de adeptos, aumentam as nossas responsabilidades. 

O Consolador: Como o amigo tem encarado as manifestações em torno do centenário de nascimento de Chico Xavier e o lançamento de filmes e livros sobre ele e sua obra? 

Primeiramente temos que considerar que após o advento da Doutrina Espírita as obras que realmente serviram de complemento ao Espiritismo foram, sem dúvida alguma, aquelas surgidas através da psicografia luminosa de Chico Xavier.  E ele dignificou a sua missão com uma conduta moral irretorquível. Allan Kardec já havia assinalado que missionário não é aquele que recebe uma tarefa, mas sim aquele que se desincumbe satisfatoriamente dela. E isso aconteceu com Chico Xavier. O que estamos vendo é um tributo geral a um homem que auxiliou a iluminar a sociedade terrena, através de sua disciplina férrea, da sua sabedoria e do seu amor. A comunicação bem utilizada é uma bênção para a sociedade. Vemos nesse episódio atual das homenagens e do lançamento de filmes uma forma mais rápida e mais abrangente para a disseminação dos princípios exarados pela Doutrina Espírita, propiciando o esclarecimento e o consolo de que tanto necessita o ser humano de nossa época. Prefiro retirar a área mercantilista que naturalmente acompanha esses processos para ficar com o grande auxílio socioespiritual desses acontecimentos. 

O Consolador: Houve alguma lição de Chico Xavier que o tocou particularmente? 

Eu estive duas vezes em Uberaba e percebi o extravasamento constante de sua paciência e de sua humildade. O Chico não atendia as pessoas apenas no plano encarnado. Eu o vi também, através de um desdobramento pelo sono, atendendo pacientemente a um grande número de pessoas, entre elas muitos espíritas, portadores ou não de funções de relevo em nossa seara. E eu nunca esqueci quando ele me atendeu aí e me deu uma folha com os dizeres: “Sê Dele”, ou seja, sejamos servos de Jesus. Isso eu guardo comigo até hoje, porque Jesus é o nosso “modelo e guia”, a quem devemos amar e seguir os seus ensinos. Outra lição esplendorosa do nosso Chico foi ele viver a sua vida “apenas com o necessário”, como ele sempre dizia.

O Consolador: Suas palavras finais.

Os espíritas, como as demais pessoas, estão realizando uma viagem de aperfeiçoamento; logo, trabalhemos o máximo que pudermos no bem comum, pois somente assim atingiremos o bem-estar espiritual que tanto desejamos. 




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita