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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 180 - 17 de Outubro de 2010

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

A eterna problemática do ser


Já tínhamos nos esquecido dessa história, quando a Rede Globo, em um dos seus jornais, mostrou-a rapidamente, numa das matérias produzidas pela sua afiliada de Salvador: um tratorista, ao posicionar a máquina para a derrubada de uma casa, a  fim de que fosse feita a integração de posse de um terreno, não conseguiu fazê-lo.

O ato, por certo, cortou o seu coração. Como derrubar a casa de uma família, que a construiu  com tantos sacrifícios? Afinal, isso poderia ter acontecido com ele próprio, com a sua casa, com os seus familiares.

Não somos todos irmãos, perante Deus? Como iremos comparecer perante o tribunal divino carregando na consciência o peso de que nossas mãos que afagaram foram as mesmas que apedrejaram, como diz o poema de Augusto dos Anjos, no soneto Versos Íntimos?

O ideal seria que tivéssemos uma sociedade igualitária, onde todos vivessem igualmente felizes e ricamente completos. Mas isso não é possível, num mundo de expiações e provas. Mas podemos, pelo nosso bom proceder, pelas boas sementes que plantarmos, pelos caminhos que trilharmos na senda do bem, fazermos da Terra um mundo cada vez melhor.

Assim,  nos capacitaremos a passar para um mundo de regeneração, que será a condição futura da Terra. E de passo a  passo,  quando menos esperarmos, estaremos em um mundo em que somente reine a concórdia, a paz, a união. Já  pensou, caro leitor, estar em um mundo onde nem se precise de dinheiro, pois a palavra é que vale?

"Utopia" - dirão alguns; "Se isso acontecer, eu não serei mais eu" - dirão outros. É certo que isso vai acontecer em nossa trajetória de Espíritos eternos. Não teremos mais o corpo com que apresentamos hoje, mas estaremos presentes, nos palcos dos acontecimentos, com o mesmo Espírito que nos anima hoje. Não é maravilhoso? Lembra-nos a comunicação de um Espírito, que em uma sessão mediúnica saiu-se com esta pérola: "Se eu soubesse, quando estava encarnado, que morrer é tão bom, eu teria morrido antes!"

Pois tudo é vida, tudo é renovação. Ainda encarnado, o príncipe dos poetas brasileiros, Olavo Bilac, compreendeu esta verdade e a apresentou no soneto Microcosmo, que vale a pena recordar:

        Pensando e amando, em turbilhões fecundos
        És  tudo: oceanos, rios e florestas;
        Vidas brotando em solidões funestas;
        Primaveras de invernos moribundos;

        A Terra; e terras de ouro em céus profundos,
        Cheias de raças e cidades, estas
        Em luto, aquelas em raiar de festas;
        Outras almas vibrando em outros mundos;

        E outras formas de línguas e de povos;
        E as nebulosas, gêneses imensas,
        Fervendo em sementeiras de astros novos;

       E todo o cosmos em perpétuas flamas...
        - Homem! És o universo, porque pensas,
        E, pequenino e fraco, és Deus, porque amas!

Somos luzes. Nossos Espíritos, viajores eternos, nunca pararam, em meio do caminho. Começamos nossa marcha nos mundos primitivos, hoje estamos no período importantíssimo dessa jornada, pois estamos encarnados em pleno século da fé raciocinada, visto que, já no século 19, Allan Kardec dizia que a fé cega já não era mais daquele século.

Como disse o Espírito Augusto dos Anjos, em versos registrados no livro Parnaso de Além Túmulo, psicografado por Francisco Cândido Xavier  (FEB), em Vozes de uma sombra: "E apesar da teoria mais abstrusa / Dessa ciência inicial, confusa, / A que se acolhem míseros ateus, / Caminharás lutando além da cova, / Para a Vida que eterna se renova, / Buscando as perfeições do Amor em Deus".

Diz Cairbar Schutel, no livro Parábolas e ensinos de Jesus (O Clarim) - Reencarnação ou pluralidade das existências corporais: "O Espírito é semelhante a um operário que empreita uma obra, e o corpo é o instrumento que ele usa para executar o serviço. Quando perde ou quebra a ferramenta, o operário adquire outra ou outras, até executar a obra; o Espírito, quando o corpo morre, toma outro corpo, ou outros corpos, tantos quantos sejam necessários para terminar a tarefa. O Supremo Artífice do Universo dá a seus operários tantos instrumentos, tantos corpos quantos sejam necessários para que eles cumpram suas missões".

Créditos, pois, à Doutrina Espírita, que explica com clareza a reencarnação, que é uma lei da Natureza. E como diz, ainda, Cairbar Schutel: "um corpo sem alma é morto; uma religião sem imortalidade é cadáver embalsamado, que hoje ou amanhã será inumado".
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita