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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 178 - 3 de Outubro de 2010

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, Minas Gerais (Brasil)
 

O homem morre uma vez só,
e seu Espírito é imortal


Hoje se sabe que Hebreus não é de autoria de São Paulo. Mas ele levou as ideias judaicas de sacrifícios para as suas epístolas, que são tidos como sendo os mais velhos escritos do cristianismo: “Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave”. (Efésios 5,2.) Compare-se esse texto com este de Moisés: “Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é holocausto para o Senhor, de aroma agradável...” (Êxodo 29,18.)

Paulo condena também os sacrifícios de animais, mas para enfatizar a importância do de Jesus, que os substitui. Mas será que Deus se deleitaria mais com o de Jesus, que condenou os de animais? “Misericórdia quero, e não holocaustos.” (Mateus 9,13.) E não seria estranho que Jesus, apoiado por Deus, exigisse a sua própria morte na cruz, para o fim dos sacrifícios de animais? Deus e Jesus estariam por trás desse monstruoso pecado? E como pode um pecado tão grave como esse anular todos os pecados da humanidade? Para Deus seria mesmo mais importante o sacrifício de morte na cruz de seu Filho Jesus? Os teólogos, com sua teologia do sangue, não teriam confundido o Espírito do próprio Deus com um Espírito atrasado que gosta de sangue?

Nenhum ser humano e nem mesmo Jesus sabem tudo, mas apenas Deus o sabe. (São Mateus 24,36.) Não é surpreendente, pois, que Paulo e o autor de Hebreus tenham cometido o erro de achar que Deus gostasse de sacrifícios. E, inicialmente, Paulo até ensinava, também erroneamente, que a segunda vinda de Jesus aconteceria com ele, Paulo, ainda encarnado: “Nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor...” (Tessalonicenses 4,15.)

E é por causa de um texto de Hebreus (seria seu autor discípulo de Paulo?) que muitos, equivocadamente, pensam – ou fingem que pensam – que Hebreus é contrário à reencarnação: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo,” (Hebreus 9,27), o que nada tem a ver com a reencarnação.

O que o autor de Hebreus destaca é justamente a morte de Jesus na cruz, que foi uma vez só. A sequência da leitura do texto, que até continua com a inicial minúscula, nos mostra isso: “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos...” (Hebreus 9,28.) E o autor de Hebreus, nessa comparação, se referiu ao homem fenomênico, exterior (2 Coríntios 4,16), de barro, que morre mesmo uma vez só, voltando ao seu pó, e não ao homem interior (2Coríntios 4,16), que é o espírito imortal do homem, que apenas sai do homem, que morre, e volta para o mundo espiritual (Eclesiastes 12,7). É falso, pois, o argumento de que não se pode separar o espírito do homem do homem. As referências bíblicas mencionadas mostram-nos o contrário. E todo o homem morto vai para o cemitério, enquanto que seu espírito vai para o além. Ademais, o julgamento cármico paulino (2 coríntios 5,10), após a morte, não é o único, pois há o do juízo final (1 Pedro 4,5), já que a jornada evolutiva do Espírito não termina no túmulo.

E cada homem morto que morre uma vez só vai também uma vez só para o cemitério, virando pó. Mas seu Espírito jamais morre, jamais vai para o cemitério e jamais vira pó. E é esse Espírito imortal que reencarna em outro homem que nasce e que sempre morrerá uma vez só!

 


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