WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 178 - 3 de Outubro de 2010

FERNANDA LEITE BIÃO
fernandabiao9@hotmail.com
Belo Horizonte, Minas Gerais (Brasil)


Gestações conscienciais

 

O despertar da consciência é algo realmente mágico e instigante! Aquele que ainda não despertou pode achar completamente sem coerência o sentimento de espiritualidade, mas basta romper um “pequeno lacre” dentro de seu eu e tudo se transforma, como um passe de mágica.[1] (grifo nosso.)

 

Quem sou? É a frequente pergunta que fazemos a nós mesmos ou que nos fazem, ainda que no silêncio dos olhares reflexivos, Espíritos, encarnados ou desencarnados, que acompanham a nossa caminhada.

A resposta pode ter vários sentidos. O que sou pode ser confundido com o que faço, que, por sua vez, pode refletir os papéis sociais desempenhados no cotidiano e no contexto vivencial. Entretanto, somos convidados a refletir o que somos sem a roupagem atribuída por títulos e rótulos, a encobrir as possibilidades de descoberta do nosso potencial divino, cujo florescimento depende do interesse e da força de vontade de nos movimentarmos.

Somos seres misteriosos. Em nós paira sempre um movimento desconhecido. A energia pulsante, sutil e leve, gerada em nosso íntimo diante das vivências, ganha proporções grandiosas ou não, a depender da disposição e da abertura à compreensão de tal fenômeno interior.

Gerar tamanha energia não é uma tarefa fácil. Os sintomas (angústia, medo, insegurança) caminham junto com uma vontade enorme de entender os acontecimentos.

Conhecer tais mecanismos presentes no fenômeno da reciclagem íntima é uma das tarefas necessárias para se conhecer a matéria que compõe a organização psíquica e os comportamentos que utilizamos em nosso cotidiano – análise a partir da qual podemos colher, em partes, como peças de um quebra-cabeça, as respostas para o questionamento sobre quem somos.    

A cada passo evolutivo alcançado, um sentimento de libertação acresce à nossa caminhada. Mais fortalecidos, contemplamos a matéria-prima em nós (nossa essência divina) se desenvolver.

 As experiências, somadas à vontade de aprender e de se melhorar, possibilitam a percepção das primeiras manifestações e respostas à nossa tarefa de gestação consciencial, ao mudarmos a maneira não apenas como lidamos com nossos mistérios d’alma, mas também como enxergamos o universo íntimo dos demais, nossos irmãos e irmãs de jornada evolutiva. É o eterno trabalho do despertamento a que alude Joanna de Ângelis:

 

Despertar significa identificar novos recursos ao alcance, descobrir valores expressivos que estão desperdiçados, propor significados novos para a vida e antes não percebidos. O despertamento retira o véu da ilusão e faculta a percepção da realidade não fugidia, aquela que precede à forma e permanece depois da sua disjunção. Estar desperto é encontrar-se partícipe da vida, tudo realizando com integral lucidez.[2] (grifo nosso.)

Em termos práticos, a observação de si mesmo e dos demais, das nossas escolhas cotidianas e da percepção dos nossos pensamentos, sentimentos e emoções oferece contribuição significativa para compreendermos a realidade íntima e exterior (conscientização) e semearmos novos olhares sobre as paisagens do mundo que reside em nós e nos circunda (despertamento).

Apesar da correria da vida humana, aprendamos, pois, a reservar um tempo para a análise do nosso dia. Comecemos observando as nossas respostas às demandas dos que nos acompanham (amigos, familiares, companheiros de ideal, colegas de trabalho) os comportamentos diante dos desafios (problemas e dores do caminho) e a temperatura das energias (grau de amor, raiva, mágoa, alegria) sinalizadores de nosso estado de espírito.

Em nós existe sempre um aparelhinho (coração) que apresenta, de forma autêntica, o quanto estamos sintonizados com o Criador, as leis que regem o universo e o nosso projeto reencarnatório.  

Toda tarefa exige de nós um mínimo de esforço e coragem. Conhecer o que somos é a necessária aquisição para a nossa evolução.

Mãos à obra!  


 

[1] PARANHOS, Roger Bottini. Universalismo crístico: o futuro das religiões: obra orientada pelo
 Espírito Hermes. Limeira: Editora do Conhecimento, 2007, p. 132.

[2] FRANCO, Divaldo Pereira. O ser consciente: ditado pelo Espírito de Joanna de Ângelis. 14. ed.Salvador: LEAL, 2002, p. 163.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita