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Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 178 – 3 de Outubro de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1867

Allan Kardec 

(Parte 5)

Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1867. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. De que trata o artigo intitulado Lumen, escrito por Flammarion?

O artigo intitulado Lumen trata de um relato extraterreno em que Camille Flammarion simula uma palestra entre um indivíduo encarnado, chamado Sitiens, e o Espírito de um de seus amigos, chamado Lumen, que lhe descreve as primeiras sensações observadas em seu retorno à vida espiritual, após a morte do corpo físico. (Revue Spirite de 1867, pp. 96 a 100.) 

B. Qual a função das missões de Moisés e Jesus?

Em um artigo sobre Galileu, drama em versos escritos pelo Sr. Ponsard, Kardec diz que Galileu, ao revelar as leis do mecanismo do Universo, abriu caminho a novos progressos; por isto mesmo, devia produzir uma revolução nas crenças, destruindo os andaimes dos sistemas científicos errôneos sobre os quais elas se apoiavam. Essa foi sua missão. Quanto a Moisés e Jesus, suas missões tiveram uma função moralizadora, enquanto a gênios como Galileu são deferidas as missões científicas. (Obra citada, pp. 101 a 104.)  

C. Que espécie de fenômenos são mais fáceis de simular?

Ao comentar os fenômenos ocorridos no moinho de Vicq-sur-Nahon, onde um Espírito brincalhão produzia fatos curiosos e intrigantes, Kardec lembra que, de todos os efeitos mediúnicos, as manifestações físicas são as mais fáceis de simular. É preciso, pois, evitar aceitar levianamente como autênticos os fatos desse gênero, quer os espontâneos, como os do moinho, quer os provocados. No caso em foco, o Codificador explica que fenômenos dessa natureza são perfeitamente possíveis e pertencem ao mesmo gênero dos fenômenos de Poitiers, de Dieppe, de Marselha e tantos outros focalizados pela Revue, os quais podem ser chamados manifestações barulhentas e perturbadoras. (Obra citada, pp. 123 a 127.)

Texto para leitura 

51. Lacordaire propõe-nos, em mensagem obtida pelo Sr. Morin, que devemos respeitar as crenças passadas, porque foram as velhas crenças que elaboraram a renovação que hoje começa a se realizar. Todas elas, salvo as exclusivamente materiais, possuíam uma centelha da verdade, mas atendiam à necessidade de cada época, cujo horizonte se alarga com o desenvolvimento intelectual da humanidade. (Págs. 94 e 95.)

52. Eugène Sue, valendo-se da mediunidade do Sr. Desliens, equipara a existência humana a um romance, ou antes a uma peça de teatro, da qual se percorre cada dia uma folha. O autor é o homem; os personagens são os vícios, as paixões, as virtudes, a matéria, a inteligência, disputando a posse do herói – o Espírito. Finda a peça, estaremos a sós com o juiz supremo, imparcial e justo. “Que a vossa obra seja séria e moralizadora”, adverte o Espírito, “porque é a única que tem algum peso na balança do Todo-Poderoso.” (Págs. 95 e 96.)

53. A Revue reporta-se, na seção de notícias bibliográficas, ao artigo intitulado Lumen, relato extraterreno escrito por Camille Flammarion, em que o autor simula uma palestra entre um indivíduo encarnado, chamado Sitiens, e o Espírito de um de seus amigos, chamado Lumen, que lhe descreve as primeiras sensações observadas em seu retorno à vida espiritual, após a morte do corpo físico. (N.R.: A transcrição do artigo continua no número de maio de 1867, a partir da pág. 155.) (Págs. 96 a 100.)

54. Comentando o artigo, que, segundo Kardec, bem poderia constituir um livro interessante, o Codificador afirma que foi essa a primeira vez que o Espiritismo verdadeiro era associado à ciência positiva, e isto por um homem capaz de apreciar uma e outro. Flammarion, astrônomo conhecido em toda a França, havia publicado anteriormente o livro Pluralidade dos Mundos Habitados. (Págs. 99 e 100.)

55. O número de abril traz, em sua abertura, artigo de Kardec sobre Galileu, drama em versos escritos pelo Sr. Ponsard, o qual, embora não trate de Espiritismo, examina o tema pluralidade dos mundos habitados, que constitui um dos princípios fundamentais da doutrina espírita. Do artigo extraímos os pontos que se seguem: I) Galileu, ao revelar as leis do mecanismo do Universo, abriu caminho a novos progressos; por isto mesmo, devia produzir uma revolução nas crenças, destruindo os andaimes dos sistemas científicos errôneos sobre os quais elas se apoiavam. II) A cada um sua missão: nem Moisés nem o Cristo tinham a missão de ensinar aos homens as leis da ciência, cujo conhecimento devia ser o resultado do trabalho e das pesquisas humanas, e não de uma revelação que desse ao homem o saber sem esforço. III) Moisés e o Cristo tiveram uma função moralizadora; a gênios de outra ordem são deferidas as missões científicas. IV) Como as leis morais e as leis da ciência são leis divinas, a religião e a filosofia não podem ser verdadeiras senão pela aliança dessas leis. V) A matéria e o espírito são os dois princípios constitutivos do Universo. Mas o conhecimento das leis que regem a matéria devia preceder o das leis que regem o elemento espiritual. VI) O Espiritismo, que tem como objetivo especial o conhecimento do elemento espiritual, só poderia ser compreendido em seu conjunto quando encontrasse o terreno preparado. (Págs. 101 a 104.)

56. A Revue traz, em seguida, um artigo de Kardec sobre a obra Soirées de Saint-Pétersbourg, de Joseph de Maistre, publicada em 1821, na qual autor expõe a tese de que jamais houve no mundo grandes acontecimentos que não tivessem sido preditos de qualquer maneira. A obra contém ainda uma visão profética do advento do Espiritismo – acontecimento que se daria mais de 35 anos depois –, que o autor equipara  a uma terceira explosão da onipotente bondade em favor do gênero humano. (Págs. 104 a 109.)

57. Reportando-se a essa nova doutrina, que ele chama de “nova efusão do Espírito-Santo”, o autor do livro ora focalizado adverte que é preciso que “os pregadores desse dom novo possam citar a Escritura santa a todos os povos”, fazendo o que os católicos não conseguiram fazer em dezoito séculos, num mundo em que a Boa Nova continuava ignorada por milhões de criaturas. (Págs. 109 e 110.)

58. A 22 de março de 1867, o Espírito de Joseph de Maistre comunicou-se na Sociedade Espírita de Paris, ocasião em que, referindo-se à sua previsão do advento da era espírita, asseverou: “Vi a terra prometida, mas não pude penetrá-la em vida”. “Mais feliz que eu, senhores, aproveitai o favor que vos é conferido por vossa boa vontade, melhorando o vosso coração e o vosso espírito, e fazendo partilhar de vossa felicidade a todos aqueles de vossos irmãos em humanidade que não oporão à vossa propaganda senão a reserva natural a cada homem posto em face do desconhecido.” (Págs. 110 e 111.)

59. Da comunicação de Joseph de Maistre destacamos ainda os seguintes pontos: I) O espírito profético abrasa o mundo inteiro com seus eflúvios regeneradores. Na Europa, na América, na Ásia, em toda a parte, a nova revelação se infiltra, com a criança que nasce, com o jovem que se desenvolve, com o velho que se vai. II) Uns chegam com os materiais necessários para a edificação da obra; outros aspiram a um mundo que lhes revelará os mistérios que pressentem. III) Na França o Espiritismo se manifesta sob outro nome que na Ásia. Possui agentes nas diversas nuanças da religião católica, como as tem entre os seguidores da religião muçulmana. IV) A aspiração por novos conhecimentos está no ar que se respira, no livro que se escreve, no quadro que se pinta. (Pág. 112.)

60. Como já vimos, Kardec publicou novo artigo sobre a Liga do Ensino, no qual, após transcrever carta recebida de Jean Macé, repete o que dissera anteriormente, ou seja, que o fim era louvável, mas faltava ao projeto a indispensável precisão das coisas práticas. “Um programa – escreveu o Codificador – é uma linha traçada, da qual ninguém se pode afastar conscientemente, um plano detido nos mais minuciosos detalhes, e que nada deixa ao arbítrio, onde todas as dificuldades de execução estão previstas, onde as vias e meios são indicados.” Era isso que faltava à proposta relativa à Liga do Ensino, que também não especificara como seriam supridos os recursos necessários à sua manutenção. (Págs. 113 a 120.)

61. Sob o título de O diabo do moinho, o Moniteur de l’ Indre de fevereiro de 1867 relata os fenômenos ocorridos no moinho de Vicq-sur-Nahon, onde um Espírito brincalhão produzia fatos curiosos e intrigantes: cobertores eram retirados das camas e escondidos; portas chaveadas eram abertas sozinhas; um cofre se abria e os objetos ali guardados eram espalhados pelo chão; as chaves das portas desapareciam; e duas tentativas de incêndio espontâneo se registraram. Tudo, segundo o jornal, parecia estar ligado a uma mocinha de 13 anos chamada Marie Richard, que acabou sendo despedida pelo Sr. François Garnier, proprietário do sítio. (Págs. 121 a 124.)

62. Kardec transcreve a notícia, mas não autentica o fenômeno, advertindo que, de todos os efeitos mediúnicos, as manifestações físicas são as mais fáceis de simular. É preciso, pois, evitar aceitar levianamente como autênticos os fatos desse gênero, quer os espontâneos, como os do moinho, quer os provocados. No caso em foco, o Codificador explica que fenômenos dessa natureza são perfeitamente possíveis e pertencem ao mesmo gênero dos fenômenos de Poitiers, de Dieppe, de Marselha e tantos outros focalizados pela Revue, os quais podem ser chamados manifestações barulhentas e perturbadoras. (Págs. 124 a 127.) (Continua no próximo número.)


 


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