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Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 177 - 26 de Setembro de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1867

Allan Kardec 

(Parte 4)

Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1867. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que fez o Espírito de Abraham Lincoln logo que se inteirou de sua desencarnação?

Segundo o jornal Banner of Light, de Boston, o ex-presidente americano Abraham Lincoln, assassinado em abril de 1865, transmitiu uma mensagem mediúnica em que descreveu os momentos que se seguiram à sua desencarnação. A perturbação post-mortem durou pouco tempo e ele logo se viu cercado por muitas pessoas que sabia mortas há muito tempo, quando se inteirou da causa de seu passamento. Sabendo que William Booth estava mortalmente ferido, ele foi até o seu leito de morte e esperou com calma o despertar do rapaz para a vida espiritual. E não havia em seu coração nenhum sentimento de vingança ou animosidade. (Revue Spirite de 1867, pp. 79 e 80.) 

B. Pode um médium receber inúmeras comunicações de Espíritos diversos em uma mesma sessão, como ocorreu com o Sr. Bertrand?

Se isso for possível, como os fluidos de tão grande número de Espíritos podem combinar-se com o fluido do médium? A questão foi levantada por Kardec e, dois dias depois, o Espírito de Slener esclareceu que, no caso do Sr. Bertrand, foi ele - o guia espiritual do médium – que serviu de intermediário transmitindo os pensamentos e os nomes dos Espíritos que os assinaram. O fato é bastante comum quando o Espírito comunicante não consegue estabelecer relações fluídicas com o médium, recorrendo então, nesse caso, ao guia espiritual do medianeiro. (Obra citada, pág. 88.)  

C. A busca do melhoramento moral deve ser para nós um objetivo?

Sim. Segundo mensagem transcrita na Revue, quando tivermos feito para o nosso melhoramento moral a metade do que fazemos para melhorar nossa existência material, teremos feito a Humanidade dar um grande passo. Disse o Espírito de Humboldt: “Sim, meus amigos, aprendei e instruí-vos e, antes de tudo, progredi em moralidade pelo amor ao próximo, pela caridade, pela fé: é o essencial, é o passaporte, à vista do qual as portas do santuário infinito vos são abertas”. (Obra citada, pp. 91 a 94.)  

Texto para leitura

39. Em carta dirigida ao Prefeito de Argel em 15 de janeiro de 1867, o Sr. Charles Lavigerie, bispo de Nancy, então nomeado arcebispo de Argel, promete que terá por divisa de seu trabalho episcopal uma única palavra: caridade, porque a caridade não conhece gregos, nem bárbaros, nem infiéis, nem israelitas e, como ensina o apóstolo Paulo, não vê nos homens senão a imagem viva de Deus. Ao transcrever a carta, Kardec a elogia, lembrando que o anterior arcebispo de Argel havia lançado todos os raios da maldição contra os espíritas, que teriam agora – pelo menos Kardec o esperava – um tratamento mais benigno. (Págs. 78 e 79.)

40. Segundo o jornal Banner of Light, de Boston, o ex-presidente americano Abraham Lincoln, assassinado em abril de 1865, transmitiu uma mensagem mediúnica em que descreve os momentos que se seguiram à sua desencarnação. A perturbação post-mortem durou pouco tempo e ele logo se viu cercado por muitas pessoas que sabia mortas há muito tempo, quando se inteirou da causa de seu passamento. Sabendo que William Booth estava mortalmente ferido, ele foi até o seu leito de morte e esperou com calma o despertar do rapaz para a vida espiritual. Não havia em seu coração nenhum sentimento de vingança ou animosidade. Booth não ficou surpreso ao ver Lincoln, cuja presença ele não podia evitar, porque era com frequência atraído para ele. Sempre diante de sua vítima e recebendo dela apenas sinais de bondade, esse era o seu estado atual e a sua punição. (Págs. 79 e 80.)

41. Em um poema dedicado a Bernard Palissy, a srta. L.O. Lieutaud, de Ruão, agradece a Palissy tê-la arrebatado à incredulidade e lhe pede: “Se devo retornar a esta terra triste,/ Ó amado Bernard, pensa sempre em mim”. (Págs. 80 e 81.)

42. O projeto de fundação na França de uma associação designada sob o título de Liga de Ensino suscitou de Kardec dois longos artigos, publicados nos números de março e abril de 1867 (págs. 81 e 113). Embora elogiando o mérito da proposta, Kardec fez severa crítica à sua metodologia, que ele considerou falha e confusa. (N.R.: Léon Denis, alguns anos depois, engajou-se firmemente nesse projeto, tornando-se em 1880, aos 34 anos de idade, a alma do Círculo Turanês da Liga do Ensino. Com Jean Macé, ele fundou então os primeiros círculos de bibliotecas populares de Tours.) (Págs. 81 e 82.)

43. A 1o de novembro de 1866, na Sociedade Espírita de Paris, durante a reunião comemorativa dos mortos, o Sr. Bertrand recebeu uma série de pensamentos assinados por Espíritos ilustres, os quais pareciam encadear-se, completando-se uns pelos outros. Eis na sequência alguns deles: A medicina faz o que fazem os caranguejos espantados (Dr. Demeure). Porque o magnetismo progride e, progredindo, esmaga a medicina atual, para a substituir proximamente (Mesmer). As revoluções são abusos que destroem outros abusos (Luís XVI). Mas esses abusos fazem nascer a liberdade (Autor não identificado). A ciência é o progresso da inteligência (Newton). Mas o que lhe é preferível é o progresso moral (Jean Reynaud). Para desenvolver a moral é antes preciso desarraigar o vício (Béranger). Para desarraigar o vício é preciso desmascará-lo (Eugène Sue). (Págs. 82 a 84.)

44. No dia 6 de dezembro seguinte o Sr. Bertrand recebeu uma nova série de pensamentos que pareciam constituir, de certo modo, a continuação da precedente. Eis alguns deles: Ser sábio é amar; procuremos então o amor pela via da sabedoria (Fénelon). Os sábios da Grécia por vezes o foram mais nos escritos e nas palavras que em sua pessoa (Platão). Sábio é aquele que não crê sê-lo (Corneille). Não podeis ser sábios se não vos souberdes elevar acima da maldade dos homens (Voltaire). Às vezes a vida é horroroso pesadelo para o Espírito e muitas vezes custa a terminar (La Rochefoucault). A encarnação é o sono da alma; as peripécias da vida são os seus sonhos (Balzac). Era o amor que Diógenes procurava, procurando um homem... que veio séculos depois, e que o ódio, o orgulho e a hipocrisia crucificaram (Sócrates). O amor reinará; e para que não tarde, é preciso, como corajoso Diógenes, tomar com uma mão o facho do Espiritismo e mostrar aos humanos os vermes roedores que formam chaga em sua alma (São Luís). A fé desinteressada faz milagres (Boileau). Ao despertar da alma que saiu vitoriosa das lutas terrenas, o Espírito está maior e mais elevado; se sucumbir, encontra-se tal qual estava (Pascal). (Págs. 84 a 87.)

45. Kardec observa que esse gênero de comunicação levanta uma questão importante: Como os fluidos de tão grande número de Espíritos podem combinar-se com o fluido do médium? Dois dias depois, o Espírito de Slener esclareceu que ele - o guia espiritual do médium - servira de intermediário transmitindo os pensamentos e os nomes dos Espíritos que os assinaram. Esse fato é bastante comum quando o Espírito comunicante não consegue estabelecer relações fluídicas com o médium, recorrendo então, nesse caso, ao guia espiritual do medianeiro encarnado. (Pág. 88.)

46. Outra questão importante relacionada com o fenômeno é esta: Na lista dos Espíritos que se comunicaram não havia encarnados? Se sim, como podiam comunicar-se? Um Espírito explicou: “Os Espíritos de um certo grau de adiantamento têm uma radiação que lhes permite comunicar-se simultaneamente em vários pontos. Nuns, o estado de encarnação não amortece essa radiação de maneira completa para os impedir de se manifestarem, mesmo em vigília. Quanto mais avançado o Espírito, mais fracos os laços que o unem à matéria do corpo; está num estado de quase constante desprendimento e pode dizer-se que está onde está seu pensamento”. (Pág. 88.)

47. Mangin, o vendedor de lápis que se tornou célebre nas ruas de Paris, morto em 1866, comunicou-se em 20 de dezembro do mesmo ano por meio do Sr. Bertrand e explicou por que se vestia de forma bizarra em sua última passagem pela Terra. Ele teria sido em épocas remotas um soldado romano. (Págs. 89 e 90.)

48. A 14 de janeiro de 1867, Mangin voltou a comunicar-se, grafando uma linda mensagem em que diz o que faria se fosse papel. Como na primeira comunicação ele falou sobre a função do lápis, nesta ele lembrou, entre outras coisas, que “o lápis não pode ser útil sem o papel”, mas “o papel não dispensa o lápis” – uma forma original de realçar a importância da solidariedade no progresso humano. (Págs. 90 e 91.)

49. Solidariedade foi, por sinal, o tema da comunicação seguinte transcrita pela Revue. Após asseverar que o estudo do Espiritismo não deve ser vão, o autor da mensagem afirmou que o homem não é um ser isolado, mas coletivo. É por isso que todos devemos ser solidários uns com os outros. No fim, o instrutor espiritual disse que o Espiritismo bem compreendido é para a vida da alma o que o trabalho material é para a vida do corpo. “Ocupai-vos dele com este objetivo – advertiu o Espírito – e ficai certos de que quando tiverdes feito, para o vosso melhoramento moral, a metade do que fazeis para melhorar a vossa existência material, tereis feito a humanidade dar um grande passo.” (Págs. 91 e 92.)

50. Numa página intitulada “Tudo vem a seu tempo”, o Espírito de Humboldt adverte que não devemos ter avidez por tudo saber, porque o Senhor sabe qual é o melhor método para nos instruir. Contentemo-nos, pois, com saber o que Deus julga a propósito nos ensinar durante nossa passagem pela Terra, certos de que “tudo virá a seu tempo”. Finalizando a mensagem, Humboldt diz: “Sim, meus amigos, aprendei e instruí-vos e, antes de tudo, progredi em moralidade pelo amor ao próximo, pela caridade, pela fé: é o essencial, é o passaporte, à vista do qual as portas do santuário infinito vos são abertas”. (Págs. 93 e 94.)(Continua no próximo número.)


 


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