WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 176 - 19 de Setembro de 2010

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


Aranzéis da horizontalidade

(Tomo II)

A vida física é uma estrada que se inicia no berço
e se encerra no túmulo
 

“O homem, voltando os olhos para o chão, rasteja nas cogitações
subalternas imediatistas, olvidando a vertical apontada por Jesus,
que liga a Terra ao Céu.”
- François C. Liran


Joanna de Ângelis nos oferece o seguinte aconselhamento
[1]:

“Assume o compromisso do autoburilamento espiritual e não tergiverses no empreendimento.

Lutarás contra fatores vigorosos de natureza interna, que parecerão conspirar, impedindo-te a promoção dos valores relevantes. Defrontarás empeços que se avolumarão, dificultando-te a marcha. Surpreenderás sutis convites e fortes imposições incitando-te à desistência. Crescerão problemas desafiadores, exaurindo-te os esforços de perseverança, numa conspiração em favor da tua deserção. Incitar-te-ão ao desânimo e repontarão acusações ferinas em rude agressividade contra os teus propósitos de enobrecimento.

(...) Considera a vida física uma estrada quilometrada a iniciar-se no berço e encerrar-se no túmulo. Tem em mente que, após o túmulo, igualmente se alonga a vida, na condição de uma rota que se perde nas estrelas que percorrerás...

Cada etapa representa um desafio ou vários que te cumpre vencer. Conquistado um trecho, outro se distende à vista, aguardando. A vitória somente será tida como válida, após a conclusão da jornada, quando poderás fazer uma segura avaliação das conquistas e um exame das experiências. Ultrapassada a marca de cada quilômetro, não te detenhas relacionando os insucessos, porque isso te atrasará o avanço”.

Não sejamos como os fariseus, que discutiam longa e improficuamente as nonadas em intermináveis arengas, enquanto o mais importante ficava por fazer...

As polêmicas se travam incessantemente em torno da fé nos círculos do farisaísmo moderno. E isso já vem de longe. Ao tempo de Jesus, essa situação provocou o seguinte ensinamento d`Ele[2]:

“Um grande senhor recebeu notícias alarmantes de vasto agrupamento de servos, em zona distante da sede de seu governo, que se viam fustigados por febre maligna, e, no desejo de socorrer seus tutelados, enviou-lhes mensageiros de confiança, conduzindo remédios adequados à situação. Os emissários, porém, tão logo se viram fora das portas do senhor, começaram a se desentender quanto à escolha do melhor caminho.

Uns reclamavam o atalho, outros a planície sem espinheiros e outros pediam a passagem através dos montes. Longos dias perderam na disputa, até que o grupo se dissolveu, cada falange atendendo aos próprios caprichos, com absoluto esquecimento do objetivo principal.

Reduzidas agora, numericamente, as expedições sofreram com mais rigor os golpes esterilizantes das opiniões pessoais. Os viajantes não cuidavam senão de inventar novos motivos para o atrito inútil. Entre os que marchavam pelos trilhos mais curtos, pela várzea e pela serra lavraram discussões improdutivas, contundentes e intermináveis. Dias e noites preciosos eram despendidos em comentários ruidosos quanto à febre, quanto à condição dos enfermos ou quanto às paisagens em torno. Horas difíceis de amargura e desarmonia, de momento, interrompiam a viagem, sendo a muito custo evitadas as cenas de pugilato e homicídio.

Por coincidência, as três equipes chegaram juntas ao destino e, porque a viagem atrasou em virtude das intermináveis contendas, todos os doentes morreram à míngua dos recursos prometidos. A morte devorara-os, um a um, enquanto os mensageiros discutidores perdiam o tempo precioso em inúteis arengas.

O Mestre fixou nos aprendizes o olhar muito lúcido e aduziu:

Neste símbolo, temos o mundo atacado pela peste da maldade e da descrença e vemos o perfil dos portadores da medicação celeste, que são os religiosos de todos os matizes, que falam na Terra em nome do Pai. Os homens iluminados pela sabedoria da fé, entretanto, apesar de haverem recebido valiosos recursos do Céu para os que sofrem e choram, em consequência da ignorância e da aflição dominantes no mundo, olvidam as obrigações que lhes assinalam a vida e, sobrepondo os próprios caprichos aos propósitos do Supremo Senhor, se desmandam em desvarios verbais de toda espécie. Enquanto alimentarem o distúrbio, levianos e distraídos, os necessitados de luz e socorro desfalecerão à falta de assistência e dedicação.

A discussão, por mais proveitosa, nunca deve distrair-nos do serviço que o Senhor nos deu a fazer”.


 

[1] - FRANCO, Divaldo. Oferenda. Salvador: LEAL, 1980, p. p. 163 e 174.

[2] - XAVIER, F. Cândido. Jesus no Lar. 36. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2008, cap. 23. 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita