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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 176 - 19 de Setembro de 2010
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Fenômenos de Transporte

Ernesto Bozzano

(Parte 2)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Fenômenos de Transporte, de Ernesto Bozzano, com base na tradução de Francisco Klörs Werneck, publicada pelas  Edições FEESP, 4a edição, março de 1995.

Questões preliminares

A. Por que objetos transportados foram muitas vezes encontrados quentes?

Reportando-se ao “leve cheiro de queimado” mencionado por Zöllner e outros experimentadores, Bozzano diz que, em geral, objetos transportados foram muitas vezes encontrados tépidos, quentes ou quentíssimos, segundo a estrutura atômica dos mesmos objetos, o que, na base da lei de transformação das forças físicas, deve justamente produzir-se toda vez que nos defrontarmos com um fenômeno de desintegração e reintegração muito rápida da matéria. (Fenômenos de Transporte,  pp. 5 e 6.)

B. Pode um objeto sair de dentro de uma caixa lacrada sem que esta seja aberta?

Pode. O coronel F. R. Begbie, do Exército da Índia, relatou um desses casos, em que o Espírito de nome “Susu” retirou de uma caixa fechada e lacrada diversas pastilhas de chocolate ali postas, tal como ocorrera com Zöllner, na presença do médium Slade, quando algumas moedas saíram de uma caixa lacrada e, atravessando também a mesa em que a caixa estava colocada, caíram no chão. (Obra citada, p. 10 e 11.)

C. No fenômeno de transporte, pode um ser vivo penetrar num quarto hermeticamente fechado?

Sim. O fato é possível e foi observado várias vezes, como se deu com a médium Sra. Guppy. Segundo relatado por Alfred Russell Wallace, flores e frutas eram transportadas para um quarto hermeticamente fechado e, certa vez, a pedido de um amigo, um girassol com seis pés de altura caiu em cima da mesa, tendo as raízes envoltas em uma espessa camada de terra. Robert Cooper, amigo de Wallace, relata outro fato ocorrido com a mesma médium, em que foi transportado para a sala um torrão de terra úmida com ramos de erva bem compridos e, dentro da terra úmida, se contorciam algumas minhocas. (Obra citada, pp. 18 e 19.)

Texto para leitura  

13. O segundo episódio relatado por Bozzano verificou-se em 1877 com o professor Zöllner, tendo Slade como médium. Eis os detalhes dessas experiências: I) na primeira, foram preparadas quatro tiras com 148 cm de comprimento e 1 mm de diâmetro, cujas extremidades foram reunidas, atadas e lacradas; II) após alguns instantes, sem que Slade tocasse as tiras, produziram-se quatro nós numa delas; III) na segunda experiência, Zöllner usou tiras chatas de couro, dispondo-as sobre uma tábua de madeira, unindo-as nas pontas e lacrando-as, formando círculos concêntricos com diâmetro de 5 a 10 cm; IV) logo em seguida colocou sobre as tiras suas próprias mãos e sentiu, de pronto, um “sopro frio”, notando também que as tiras se mexiam debaixo de suas mãos, enquanto as mãos de Slade se achavam imóveis, a 30 cm de distância; V) três minutos depois, Zöllner retirou as mãos e verificou que as tiras de couro estavam entrelaçadas umas nas outras, formando quatro nós; VI) uma terceira experiência foi feita com uma corda de violino, na qual ele introduziu duas argolas de madeira e uma terceira argola feita de tripa, tendo os três anéis o mesmo peso; VII) em seguida, atou as duas pontas da corda de violino e as lacrou; VIII) minutos depois, percebeu-se um leve cheiro de queimado e ouviu-se um ruído como se dois anéis de madeira se chocassem: olhando para esse lugar, viram as duas argolas de madeira enfiadas na perna da mesinha, enquanto na corda do violino se haviam formado dois nós frouxos e o anel de tripa penetrara neles. (Obra citada, pp. 4 e 5.) 

14. Reportando-se ao “leve cheiro de queimado” mencionado por Zöllner e outros experimentadores, Bozzano diz que, em geral, objetos transportados foram muitas vezes encontrados tépidos, quentes ou quentíssimos, segundo a estrutura atômica dos mesmos objetos, o que, na base da lei de transformação das forças físicas, deve justamente produzir-se toda vez que nos defrontarmos com um fenômeno de desintegração e reintegração muito rápida da matéria. No caso das argolas de madeira, é provável que a reação calórica tenha atacado e queimado, em parte, a celulose da madeira. (PP. 5 e 6) 

15. O Dr. Dupouy relata no seu livro Sciences Occultes et Physiologie Psychique as famosas experiências da pulseira, feitas pelo Dr. Puel, a que ele assistiu uma dezena de vezes. Trata-se de um bracelete sem abertura ou solda, que se colocava no antebraço da sonâmbula, Sra. L.B. Enquanto as mãos da médium pousavam abertas em cima da mesa, ou eram seguras entre as mãos dos experimentadores, o bracelete caía ao chão ou em cima de um móvel. Algumas vezes, mantidos a mesma postura e cuidados, o bracelete simplesmente passava de um antebraço para outro. (P. 6) 

16. O Dr. Chazarin, que também presenciou essas experiências, conta que numa delas seu amigo Augusto Reveillac lhe disse que, tendo apanhado logo a pulseira, verificara estar ela impregnada de um calor escaldante. Registre-se que no momento do fenômeno a médium sempre proferia um grito de dor ou de medo, despertando logo após sobressaltada. (P. 6) 

17. Comentando o caso, Bozzano diz que a referência ao estado de calor do objeto indica a perfeita identidade de manifestação entre os fenômenos da “penetração da matéria através da matéria” e os “transportes”. Em seguida, ele relata um episódio semelhante ao anterior, descrito numa carta que o Sr. Stainton Moses enviou à Sra. Speer. Eis os detalhes da experiência: I) o Espírito-guia “Rosie” lhe disse que tentaria produzir o fenômeno da passagem de um “arco” de um tamborim de madeira em redor do braço; II) o Sr. Moses tinha as mãos da médium Sra. Holmes seguras por suas mãos; III) em dado momento, ele percebeu que se subtraía muita “força” ao seu organismo e viu formar-se uma “luz espiritual” em cima da mesa; IV) a médium caíra em transe e seu corpo era sacudido por um tremor convulsivo; V) Moses sentiu, então, que seu braço passava através de um dos lados do arco e a matéria deste lhe havia parecido mórbida lanugem que tinha, de súbito, cedido ante o obstáculo encontrado; VI) mal se produzira o fenômeno, ele sentiu que o lado da penetração do arco se tornara madeira dura; VII) concluído o fenômeno, Moses viu, por fim, que o arco do tamborim estava em torno de seu próprio braço. (PP. 7 e 8) 

18. Bozzano deduz, com base nas impressões descritas por Stainton Moses, que a desintegração fluídica da matéria lenhosa e metálica do tamborim não foi levada ao grau máximo de sublimação, mas reduzida a estado de “pastosidade” suficiente para produzir o fenômeno. Nos casos dos “transportes”, ao contrário, a desintegração da matéria deverá ser constantemente levada ao grau máximo de sublimação molecular ou fluídica. (N.R.: Sublimação: em Física, transição da fase sólida para o vapor.)  (P. 8) 

19. Segundo o reverendo Haraldur Nielsson, a “penetração da matéria através da matéria” em suas experiências deu-se mesmo estando o médium isolado dos demais por uma rede de malhas tão pequenas que se tornava impossível passar uma mão através dela. Objetos soltos, como uma mesa, uma caixa de jogos, uma cítara, duas trombetas etc. foram deslocados através da rede, estendida na sala, do teto ao chão. (PP. 8 e 9) 

20. Bozzano enumera, na sequência, o caso relatado pelo coronel F. R. Begbie, do Exército da Índia, no qual o Espírito de nome “Susu” retirou de uma caixa fechada e lacrada diversas pastilhas de chocolate ali postas, tal como ocorrera com Zöllner, na presença do médium Slade, quando algumas moedas saíram de uma caixa lacrada e, atravessando também a mesa em que a caixa estava colocada, caíram no chão. (PP. 10 e 11) 

Categoria I 

21. Bozzano reuniu neste capítulo 17 casos de “transportes” feitos a pedido ou em que se encontram modalidades de produção que excluem toda possibilidade de fraude. (P. 15) 

22. O Caso I refere-se às experiências do rev. Stainton Moses, nos anos de 1872 e 1873, tendo sido transportados os seguintes objetos: I) um frasco de perfume que se encontrava noutro recinto, na toalete; II) um livro trazido da biblioteca fechada à chave; III) sete objetos tirados de aposentos diversos; IV) quatro objetos, entre os quais uma campainha que, a tilintar, passou por debaixo da mesa e depois pousou delicadamente em cima da mesa. (PP. 16 e 17) 

23. Caso semelhante, diz Bozzano, passou-se com William Crookes, sendo médium a Srta. Kate Fox. A diferença entre um caso e outro consiste na circunstância de que, com Crookes, a campainha transportada começou a tilintar quando estava na sala de sessões, ao passo que, com o Sr. Moses, a campainha tilintava antes e penetrou na sala de sessões sem quase deixar de tilintar. Deve-se, portanto, inferir desse episódio que o fenômeno de desintegração e reintegração da campainha se produziu com tal rapidez que o intervalo de silêncio foi bastante curto para não ser notado. (PP. 17 e 18) 

24. O Caso II , envolvendo a mediunidade da Sra. Guppy (antes, Srta. Nicoll), é relatado por Alfred Russell Wallace. Flores e frutas eram transportadas para um quarto hermeticamente fechado e, certa vez, a pedido de um amigo, um girassol com seis pés de altura caiu em cima da mesa, tendo as raízes envoltas em uma espessa camada de terra. Robert Cooper, amigo de Wallace, relata outro fato ocorrido com a mesma médium, em que foi transportado para a sala um torrão de terra úmida com ramos de erva bem compridos. Acesa a luz, Cooper diz que dentro da terra úmida da raiz se contorciam algumas minhocas. (PP. 18 e 19) (Continua no próximo número.)



 


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