WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 175 - 12 de Setembro de 2010

MARCELO DAMASCENO DO VALE
marcellus.vale@gmail.com

Londrina, Paraná (Brasil)
 

Crer em Deus é cultural
ou genético?

Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus? “A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa.”

O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de ideias adquiridas? “Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

(Questões 5 e 6 de O Livro dos Espíritos.)
 

Vários filósofos, pensadores e materialistas afirmaram ou ainda dizem que a crença em um Ser Superior é uma herança cultural, principalmente imposta por uma suposta elite dominante e para fazer as pessoas não questionarem seu papel na sociedade ou se conformarem com seus sofrimentos. 

Se esse sentimento íntimo da crença em Deus fosse fruto da cultura, por que é encontrado em todas as civilizações e até mesmo em povos isolados que não sofreram influência cultural? 

Existem evidências de que a crença em Deus pode ser uma predisposição genética. Segundo o biólogo americano Dean Hammer, a sua descoberta de um conjunto de genes tornaria o ser humano predisposto a ter experiências sensoriais, como acreditar em Deus e professar uma religião. 

É claro que a enxurrada de críticas foi gigantesca. Entre elas temos a opinião de Antônio Carlos Magalhães, coordenador de pós-graduação de ciências da religião da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo (SP):  

“Existe a crença em Deus, que todo mundo conhece, e também o que chamamos de ‘fé antropológica’, que é a esperança depositada na evolução do espírito humano ou em conceitos como a democracia e a justiça social; nesse sentido, a crença é algo inerente ao ser humano, quer você acredite ou não em Deus. Não podemos esquecer que uma pessoa pode ser ateia e mesmo assim ter essa fé antropológica. Não sou biólogo e não posso julgar trabalhos nessa área, mas existe um consenso de que a espiritualidade tem explicações culturais e psicológicas, e não da ordem da biologia”. 

Não obstante, as opiniões científicas de outras áreas, existe uma enxurrada de dinheiro que financia, nos Estados Unidos, pesquisas para provar que o homem é programado para crer em Deus. 

Durante a década de 1980, o Dr. Michael Persinger estimulou o lobo temporal de pacientes humanos com um campo magnético fraco, usando um equipamento que ele chamava de capacete de Deus (God helmet). Os pacientes relataram ter a sensação de "uma presença celestial no quarto". Esse trabalho ganhou atenção na época, mas não foi explicado o mecanismo que causava esses efeitos. Em 1987, Michael Persinger publicou um livro sobre o assunto, intitulado "Neuropsychological Bases of God Beliefs". Em conjunto, Persinger, o também neurobiologista Vilayanur Ramachandran e a física quântica Danah Zohar batizaram essa região dos lobos temporais de "o ponto Deus". 

Contudo, com o resultado de uma pesquisa com apenas 15 pessoas (freiras), alguns cientistas tentam invalidar as experiências de Persinger, Ramachandran e Zohar. Concluíram que o suposto ponto de Deus está localizado em vários pontos no cérebro e não é apenas associado com experiências místicas, mas também sensações de alegria e bem-estar. 

Não obstante todos os esforços, a ciência ainda é incapaz de compreender e explicar Deus e sua importância. Concordamos com Léon Denis quando afirma:

"A questão de Deus é o mais grave de todos os problemas suspensos sobre nossas cabeças e cuja Solução se liga, de maneira estrita, imperiosa, ao Problema do ser humano e de seu destino, ao problema da vida individual e da vida social." - O Grande Enigma – Capítulo V.

O Ser humano tem, em si, inata a ideia de Deus, a percepção de um ideal renovador, transformador da sociedade e do mundo, como nos ensina, mais uma vez, Léon Denis: 

"Para se gruparem os sentimentos e as aspirações, é necessário um ideal poderoso. Pois bem! Esse ideal não o encontrareis no ser humano, finito, limitado; não o encontrareis nas coisas deste mundo, todas efêmeras, transitórias. Ele não existe senão no Ser infinito, eterno. Somente Ele é bastante vasto para recolher, absorver todos os transportes, todas as forças, todas as aspirações da alma humana, para reconhecê-los e fecundar. Esse ideal é Deus!

Mas que é o ideal? É a perfeição. Deus, sendo a perfeição realizada, é, ao mesmo tempo, o ideal objetivo, o ideal vivo!" - O Grande Enigma – Capítulo VII.

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita