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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 175 - 12 de Setembro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 14)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Nas causas do processo obsessivo que envolvia a jovem esposa, seu marido estava envolvido?

Sim. Seu esposo fora, no passado, um companheiro nocivo que a induziu a envenenar o pai adotivo, exatamente o verdugo desencarnado que a perseguia agora. Herdeira de considerável fortuna, com testa­mento garantido, em sua condição de filha única, ela matou o pai com receio de que ele mais tarde alterasse o documento. O crime aconteceu em aristocrática mansão do século 19. O viúvo abastado, que a adotara e criara com desvelado carinho, não con­cordou com a escolha feita por sua filha. O moço com quem ela pre­tendia casar-se não lhe agradava, pois parecia mais inte­ressado nas suas finanças do que na felicidade da jovem insensata. Procu­rou, então, subtraí-la à influência do noivo, sem nenhum sucesso. In­dignado, cuidava das medidas legais para deserdá-la, quando o jovem, explorando a paixão de que a moça se via possuída, induziu-a a eli­miná-lo, através de entorpecentes contínuos, completando o serviço com diminuta dose de corrosivo. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 10, pp. 90 a 93.)

B. Por que eles, cúmplices no crime mencionado, volveram à vida terrena como cônjuges?

Ele, que idealizara o crime, reapareceu na vida dela, na condição de marido, com a tarefa de ajudá-la e reeducá-la. A união dos cúmplices em novo matrimônio era sintomática. O Poder Divino não nos aproxima uns dos outros sem fins justos. "No matrimônio, no lar ou no círculo do serviço – explicou Aulus –, somos procurados por nos­sas afinidades, de modo a satisfazer aos imperativos da Lei de Amor, seja na ampliação do bem, ou no res­gate de nossas dívidas." O amigo que inspirou a ação deplorável era agora chamado a ajudá-la na res­tauração imprescindível. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 10, pp. 93 e 94.)

C. A doutrinação dos Espíritos, feita nas sessões mediúnicas, produz resultado efetivo?

Sim. Diz Aulus que o impacto da doutrinação não é perdido. Noite a noite, de reu­nião a reunião, na intimidade da prece e dos apontamentos edificantes, os enfermos – as vítimas encarnadas e o perseguidor desencarnado – vão-se, aos poucos, renovando. "O per­seguidor compreenderá a necessidade de perdão para melhorar-se, a en­ferma fortalecer-se-á em espírito para recuperar-se como é preciso e o esposo adquirirá a paciência e a calma, a fim de ser realmente feliz." Em face disso e cientes de que ninguém avança para diante, com a serenidade possível, sem pa­gar os tributos que deve à retaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edi­ficando com o bem, sempre. (Obra citada, cap. 10, pp. 94 a 96.)

Texto para leitura 

40. A causa da obsessão - Grávida desde cedo, consoante a planificação de serviço tra­çada na Vida Superior, ela deveria receber o persegui­dor nos braços maternos, afagando-lhe a transformação e auxiliando-lhe a aquisição de novo destino. Sentindo-lhe, porém, a aproximação, re­colheu-se a inso­pitável temor, adiando o trabalho que lhe competia. Impermeável às sugestões da própria alma, provocou o aborto com rebel­dia e violência. Essa frustração foi a brecha que favoreceu mais ampla influência do adversário invisível no círculo conjugal. A pobre cria­tura passou a sofrer multiplicadas crises histéricas, com súbita aver­são pelo marido. De noite, era colhida, de assalto, por fenômenos de sufocação e de angústia, amargurando o consorte desolado. A medicação empregada não surtiu nenhum efeito. Em franca demência, a enferma foi conduzida à casa de saúde, mas a insulina e o eletrochoque não solu­cionaram o problema. Foi assim que resolveram experimentar o concurso do Espiritismo. "E se ela conseguisse nova maternidade?" – inquiriu Hilário. "Sim – concordou Aulus, convicto –, semelhante reconquista ser-lhe-á uma bênção, contudo, pela trama de sentimentos contraditó­rios em que se emaranhou, na fuga das obrigações que lhe cabem, não pode receber, de pronto, esse privilégio." E acrescentou: "A posição de alienada mental não lhe retira os favores da Natureza, mas a cruel­dade meditada com que se afastou dos compromissos assumidos, imprimiu certo desequilíbrio ao centro genésico. Nossas defecções mais íntimas, embora desconhecidas dos outros, prejudicam-nos o veículo sutil e não podemos trair o tempo nas reparações necessárias, ainda mesmo quando o remorso nos ajude a restaurar as boas intenções. A perfeita entrosagem nos elementos psicofísicos filia-se à mente. A vida corpórea é a sín­tese das irradiações da alma. Não há órgãos em harmonia sem pensamen­tos equilibrados, como não há ordem sem inteligência". Aulus disse que para entender a obsessão não podemos esquecer as causas, enraizadas no passado. "Os templos espíritas vivem repletos de dramas comoventes, que se prendem ao passado remoto e próximo", ajuntou o Assistente. O esposo daquela jovem fora, no passado, um companheiro nocivo que a induziu a envenenar o pai adotivo, exatamente o verdugo que a perseguia agora. Herdeira de considerável fortuna, com testa­mento garantido, em sua condição de filha única, ela matou o pai com receio de que ele mais tarde alterasse o documento. (Cap. 10, págs. 90 a 92) 

41. O motivo do crime - O crime aconteceu em aristocrática mansão do século passado. O viúvo abastado, que a adotara e criara com desvelado carinho, não con­cordou com a escolha feita por sua filha. O moço com quem ela pre­tendia casar-se não lhe agradava, pois parecia mais inte­ressado nas suas finanças do que na felicidade da jovem insensata. Procu­rou, então, subtraí-la à influência do noivo, sem nenhum sucesso. In­dignado, cuidava das medidas legais para deserdá-la, quando o jovem, explorando a paixão de que a moça se via possuída, induziu-a a eli­miná-lo, através de entorpecentes contínuos, completando o serviço com diminuta dose de corrosivo. Morto o pai, a jovem herdeira enriqueceu o marido, mas, em pouco tempo, encontrou a desilusão, porque o esposo cedo se revelou jogador inveterado e libertino confesso, relegando-a a profunda miséria moral e física. Inteirando-se da verdade, o tutor de­sencarnado imantou-se a ela, com desvairada fome de vingança, e a submeteu a hor­ríveis tormentos íntimos. Ignorado na Terra, o crime fora registrado nos tribunais divinos e longo trabalho expiatório teve início... A tragédia vinha, pois, de longe. Após haver vagueado por muito tempo nos planos inferiores da vida, na faixa de ódio da vítima, ao reencarnar atravessou a infância e a puberdade sob o assédio a dis­tância do ex-tutor, que então se vin­gava. Todavia, quando o inimigo de outrora (o genro que idealizou o crime) reapareceu na vida dela, na condição de marido, com a tarefa de ajudá-la e reeducá-la, o obsessor aproveitou-se do ascendente magné­tico sobre a pobre mulher, golpeando-lhe o equilíbrio. A união dos dois cúmplices em novo matrimônio era sintomática. O Poder Divino não nos aproxima uns dos outros sem fins justos. "No matrimônio, no lar ou no círculo do serviço – explicou Aulus –, somos procurados por nos­sas afinidades, de modo a satisfazer aos imperativos da Lei de Amor, seja na ampliação do bem, ou no res­gate de nossas dívidas." O amigo que inspirou a ação deplorável era agora chamado a ajudá-la na res­tauração imprescindível. (Cap. 10, págs. 93 e 94) 

42.  Uma médium em reajustamento - Continuando na análise do caso da jovem obsidiada, o Assistente lembrou que, com certeza, o esposo não se sentia feliz e esclareceu: "Recapitulando a antiga fome de sen­sações, abeirou-se da mulher que desposou, procurando instintivamente a sócia de aventura passional do pretérito, mas encontrou a irmã do­ente que o obriga a meditar e a sofrer". Seria ela médium? A esta per­gunta de Hilário, Aulus respondeu: "Como não? É um médium em afli­tivo processo de reajustamento. É provável se demore ainda alguns anos na condição de doente necessitada de carinho e de amor. Encarce­rada nas teias fluídicas do adversário demente, purifica-se, através das complicações dos sonambulismo torturado. Desse modo, por enquanto, é um instrumento para a criação de paciência e boa-vontade no grupo de trabalhadores que visitamos, mas sem qualquer perspectiva de produção imediata, no campo do auxílio, de vez que se revela extremamente ne­cessitada de concurso fraternal". Sua presença, contudo, naquela reu­nião mediúnica, não seria inútil. Além de servirem de valioso núcleo de trabalho em que os trabalhadores da Casa adestravam suas qualidades de semeadores da luz, era preciso compreender a importância da doutri­nação ministrada à entidade desencarnada que atormentava a jovem mu­lher. O impacto da doutrinação não é perdido. "Noite a noite, de reu­nião a reunião, na intimidade da prece e dos apontamentos edificantes, o trio de almas renovar-se-á, pouco a pouco", informou Aulus. "O per­seguidor compreenderá a necessidade de perdão para melhorar-se, a en­ferma fortalecer-se-á em espírito para recuperar-se como é preciso e o esposo adquirirá a paciência e a calma, a fim de ser realmente feliz." Nesse ponto, com a ajuda de ami­gos espirituais da Casa, o Espírito co­municante foi retirado do am­biente psíquico da jovem senhora, que vol­tou à normalidade. Aulus, concluindo então seus comentários em torno do caso, disse: "Médiuns repontam em toda parte, entretanto, raros já se desvencilharam do pas­sado sombrio para servir no presente à causa comum da Humanidade, sem os enigmas do caminho que lhes é particular. E como ninguém avança para diante, com a serenidade possível, sem pa­gar os tributos que deve à retaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edi­ficando com o bem..." (Cap. 10, págs. 94 a 96) (Continua no próximo número.)



 


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