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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 4 - N° 175 - 12 de Setembro de 2010

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)
 

Maria Lúcia Resende Dias Faria:

“Nossa maior conquista será alcançada quando nos tornarmos verdadeiros espíritas”

A presidente da Federação Espírita do Espírito Santo fala sobre o movimento espírita em seu Estado, seus desafios e suas conquistas

 

Maria Lúcia Resende Dias Faria (foto) nasceu em Divisa, hoje Dores do Rio Preto, e reside em Vila Velha, Espírito Santo. Espírita há 40 anos, exerce pela segunda vez o mandato de presidente da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo. Na presente entrevista ela fala sobre as atividades realizadas pela Federação que preside, cujo dinamismo o leitor pode aferir pelas respostas que a compõem. 

 

O Consolador: Situe o perfil do movimento espírita no Espírito Santo. Quantas instituições são adesas à Federação? 


O movimento espírita no Estado está crescendo a passos largos e tendo como base o manual da FEB “Orientação ao Centro Espírita”. Temos 94 casas espíritas adesas e 18 em processo de adesão, distribuídas por 44 municípios, e nossa meta é a implantação de uma casa espírita em cada município. Na Grande Vitória são 54 casas adesas e 15 em processo de adesão.
 

O Consolador: Fale-nos sobre seu Estado e suas principais atividades econômicas. 

O Espírito Santo é o menor (mas certamente um dos mais acolhedores) Estado da região sudeste do Brasil. Sua gente caracteriza-se pelo bom coração e pela afetividade. Possui 78 municípios e uma população em torno de 3,4 milhões. Sua economia baseia-se na agricultura e pecuária (café, milho, feijão, banana, rebanho bovino, suíno e de aves); na indústria – com destaque para a indústria alimentícia, metalúrgica, química e de mineração. É também um estado que se notabiliza pelas reservas de petróleo, gás natural e calcário, além de possuir um dos maiores complexos portuários da América Latina. 

O Consolador: Como é administrar a Federação Espírita do Estado? E quais os principais desafios?

Estar à frente da instituição federativa capixaba é uma honra, uma alegria, muito trabalho e uma imensa responsabilidade. Ressaltamos que o trabalho é extremamente gratificante e que é feito com muito carinho e dedicação, não só por mim, mas por toda a equipe que compõe a diretoria e que se tem mostrado devotada e unida em torno do ideal espírita. Os desafios são aqueles que giram em torno das nossas dificuldades e limitações pessoais, na condição de Espíritos em processo evolutivo em que ainda nos situamos. A principal conquista foi o fortalecimento do movimento federativo, através da consolidação dos CRE’s (Conselhos Regionais Espíritas), da atuação da FEEES junto das instituições através de seus Departamentos e, também, da FEEES se fazendo presente no âmbito da sociedade e das organizações sociais. 

O Consolador: Quais os eventos mais importantes realizados pela Federação ao longo do ano?  

São muitos e diversificados os eventos por nós realizados. Anualmente temos os Encontros de Trabalhadores Espíritas, por região; o Encontro de Presidentes das Casas Espíritas; Encontros Estaduais por Áreas Estratégicas; atividade comemorativa do Dia Estadual da Confraternização Espírita (dia 03/08) quando ocorre uma solenidade na Assembleia Legislativa Estadual. De dois em dois anos é realizado o Congresso Espírita Estadual. Além desses eventos que compõem o calendário anual da FEEES, atendemos os pedidos que nos chegam das instituições que objetivam a melhor capacitação do trabalho e do trabalhador espírita. 

O Consolador: Em sua participação como representante da federativa no Conselho Federativo Nacional, como V. percebe a interação do Brasil espírita, considerando sua experiência no Estado e os esforços conjugados entre as federativas? 

A percepção é a de que a cada dia a interação do Brasil espírita se fortifica e os laços entre os espíritas e as instituições se estreitam, ainda que vivamos num país de dimensão continental. Os meios eletrônicos que possibilitam mais velocidade no processo de comunicação têm sido ferramentas aliadas nesse processo. E isso é importante e fundamental, notadamente neste momento em que os espíritas e o movimento espírita rompem as fronteiras do solo brasileiro e voltam-se para seus irmãos e irmãs de outros países e continentes, levando a experiência da vivência espírita brasileira que é tão respeitada. E este é, sem dúvida, o papel da pátria do Evangelho. 

O Consolador: Em sua opinião, quais são as maiores dificuldades do movimento espírita na atualidade? 

As dificuldades do movimento espírita repousam nas limitações pessoais (conforme já dissemos anteriormente) que ainda trazemos em nós. Não devemos nos esquecer de que a Doutrina trazida pelos Amigos Espirituais Superiores é edificação sólida capaz de nos apoiar nos momentos mais difíceis da caminhada, mas que o movimento espírita é de responsabilidade de homens e mulheres que se debatem, ainda, com limitações pessoais, emocionais, temporais e intelectuais e tantas outras, mas que certamente estão buscando realizar o melhor que podem para levarem adiante a bandeira de Ismael – Deus, Cristo e Caridade. 

O Consolador: Quais as maiores alegrias ou conquistas?

A maior alegria – sem dúvida alguma – é aquela que cada trabalhador ou trabalhadora espírita sente quando percebe que conseguiu auxiliar algum irmão de caminhada. É quando a mensagem de esperança, que só a Doutrina Espírita é capaz de nos proporcionar, acalma corações inquietos ou amedrontados pelo amanhã. É quando a compreensão de Deus e suas leis atinge mentes e possibilita a compreensão da existência e todas as aparentes divergências e desigualdades que deparamos ao longo dela. E a maior conquista será alcançada quando formos capazes de nos tornarmos verdadeiros espíritas. 

O Consolador: Como trabalhadores espíritas, divulgadores, dirigentes etc., qual o melhor caminho a seguir para que estejamos divulgando corretamente o Espiritismo, com fidelidade ao Evangelho de Jesus e à Codificação Espírita? 

Existem duas frases contidas em O Evangelho segundo o Espiritismo que são sempre lembradas, citadas e bastante divulgadas no meio espírita: a primeira é do nobre codificador Allan Kardec: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende para domar as suas más inclinações”; e a segunda do Espírito de Verdade: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo!”. À vista disso, e apesar dos desafios do momento atual, se formos capazes de nos amarmos fraternalmente e nos instruirmos, com consciência de que somos seres imortais e que nossa meta é alcançarmos, um dia, a perfeição que nos está destinada, fatalmente seremos conduzidos ao esforço permanente de nossa própria melhoria. Eis aí o caminho a seguir para divulgarmos corretamente o Espiritismo. 

O Consolador: Todos temos assistido aos esforços da Federação Espírita Brasileira e do Conselho Federativo Nacional para a correta divulgação espírita, para a reunião dos trabalhadores espíritas, e para que colhamos, coletivamente, os frutos da extraordinária Doutrina Espírita. Por outro lado, a tradução de obras pelo CEI, as viagens internacionais de Divaldo e Raul, os esforços internos no país por tantos idealistas e, claro, também a presença dos Espíritos benfeitores nessas ações. Qual o ponto mais marcante disso tudo, em sua visão?  

É realmente extraordinário e digno de nossa admiração o esforço dos trabalhadores encarnados e dos Espíritos benfeitores neste trabalho de divulgação da doutrina espírita. O que mais chama atenção é que, à medida que o pensamento espírita vai avançando pelo planeta, mais claro se torna que os princípios fundamentais desta doutrina de luz e amor encontravam-se, ao que parece, em estado latente nos corações e mentes das criaturas, necessitando somente de um sopro que possibilitasse que o véu se levantasse. E esses abnegados irmãos e irmãs não se têm furtado, muitas vezes em detrimento de questões pessoais, em levar esse sopro renovador de compreensão da mensagem cristã. 

O Consolador: Sobre o centenário de Chico Xavier, o que nos diria?

O querido Chico Xavier é o exemplo maior de que é possível ter uma vivência evangélica no mundo de hoje, o que muitos afirmam ser impossível. Muito justo todo o movimento que relembre esse Espírito ímpar cujos passos foram calcados no amor incondicional ao próximo. Uma vida dedicada a servir com abnegação e que nem sempre foi sem atribulações e incompreensões. Sem endeusamento e sem idolatria, devemos tê-lo como um exemplo de um verdadeiro espírita. Tive apenas um contato com Chico, mas que me trouxe muitas emoções e estímulo para o trabalho espírita. 

O Consolador: Suas palavras finais.  

Agradeço aos espíritas capixabas que confiaram em mim e em nossa equipe para dirigir a nossa amada Federação Espírita, que no próximo ano completa 90 anos de existência. Reafirmo que todos temos consciência da responsabilidade que é estar coordenando o movimento espírita capixaba, tendo em vista a história dos valorosos que nos antecederam. Como mensagem final, gostaria de lembrar o convite que nos foi feito pelo venerável amigo Dr. Bezerra de Menezes, pela abençoada mediunidade de Divaldo Franco, na mensagem Sem Adiamentos, publicada em Reformador de maio/2008: 

[...] Vivemos os momentos difíceis da grande transição terrestre. [...] Não são fáceis as batalhas travadas no íntimo, mas Jesus não nos prometeu facilidades. [...] Agora é o grande instante da decisão. Não há mais lugar para titubeios, para postergarmos a realização do ideal. [...] Jesus, meus filhos, encontra-se conduzindo a nau terrestre e a levará ao porto seguro que lhe está destinado. Disputemos a honra de fazer parte da sua tripulação, na condição de humildes colaboradores. Que sejamos, porém, fiéis ao comando de Sua dúlcida voz.

 

Nota do autor: 

O site da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo é www.feees.org.br e o endereço eletrônico, feees@feees.org.br



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita