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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 175 - 12 de Setembro de 2010

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)


Mundo de aparências

"O Espírito não retrograda, mas o corpo espiritual se degrada."


Eis aí uma péssima notícia para os fisiculturistas de plantão que eventualmente ignorem a faceta maior e inexorável da vida, a aguardar a cada um de nós pela trajetória da eternidade afora: aquela que nos adverte de que de nada nos adiantará cuidar obsessivamente do aspecto e do funcionamento impecável do nosso corpo carnal se, de outro lado, negligenciamos completamente o ser real que nos caracteriza, aquilo que de fato somos: um ser espiritual, sem começo, sem fim e em rápida passagem por este mundo de aparências traiçoeiras, para extrair lições de contraste que nos sejam úteis no que ainda nos aguarda na nossa infinita trajetória evolutiva!

O excerto acima foi extraído da obra "O Abismo", de autoria espiritual de André Luiz. Livro que nos traz novidades impressionantes acerca do modo como funciona a banda astral mais densa e pesada, do ponto de vista vibratório, espiritual, circundante e intrínseco a dimensões outras, desconhecidas, do campo etérico do nosso mundo. Locais para onde, via lei de atração, se deslocam obrigatoriamente todos aqueles que voluntariamente se entregam a um perfil brutal de conduta, jungidos a experiências lastimáveis ligadas às expressões da violência e da malignidade mais ingratas, que reincidentemente lhes governam, de há milênios, a conduta.

São locais que, pela densidade vibratória indescritível do seu astral circundante - provocador, por isso, de uma asfixia espiritual indescritível -, possuem pouca manifestação da própria luz, como a conhecemos. Se a luz solar ali penetra, o faz de maneira sofrível e nunca suficiente para que se divise com nitidez qualquer coisa em meio àqueles panoramas pardacentos e opacos, tais como ilustrados talvez que em deprimente pintura de lugares depressivos, desolados, frios, escuros, como numa reprodução do mitológico limbo mencionado pelas religiões mais antigas.

Lugares onde vez por outra, e em meio a um pavor inominável, deparam-se seres de inigualável deformação de formas, semelhando a monstros; deformação esta paulatinamente moldada no aspecto exterior lamentável desses desafortunados irmãos em jornada, por força da insistência dos mesmos, numa expressão de vida grotesca, agressiva, desrespeitosa para com todos os aspectos da Criação! Seres porventura portadores de bagagem evolutiva extensa e de intelecto brilhante, mas devotados, por escolha, encarniçadamente às manifestações pesadas do mal, que obscurecem inexoravelmente as luzes sublimes do espírito destinado às glórias das alturas celestes, e que, de resto, configuram o flexível corpo perispiritual segundo os impulsos ferozes e animalizados, cuja frequência dissonante e caótica foge da harmonia inerente às formas de toda a orquestração do Criador, para tombar na via inversa, numa espécie de involução das aparências espirituais.

Esta impressionante obra, assim, descreve-nos uma incursão instrutiva, na companhia do Espírito autor, a esses submundos do astral terreno. Conta-nos a respeito de seres que, a pulso de um incontável tempo de mergulho nos equívocos da alma, contraíram aparências animalizadas conferidoras, nalgumas vezes, de estranhos apêndices inferiores em seus corpos, semelhantes a caudas; noutros, fisionomias de animais, hediondamente deformadas; e, para fim de tudo, no ápice do desgoverno evolutivo, resta o ser espiritual íntegro em seu cabedal de experiências, que nunca é perdido, mas, literalmente, "diluído" numa pasta de aspecto terrificante, onde talvez se divise olhos pardacentos e alheios, vagando, dispersivos, naquela expressão máxima da inconsciência humana cujo tombo atingiu os cumes dos desacertos que o conduzirão, em destino ignoto, a desfechos de continuidade ou de reinício do conhecimento somente do supremo Criador de todas as coisas!

O espírito não retrograda (...), isto é, toda a bagagem de aprendizado adquirida no decorrer dos evos não se perde, dali, daquele aspecto consciencial diferenciado da essência última do Criador; (...) mas o corpo espiritual se degrada!, por força da, por sua vez, liberdade de escolha criativa do seu próprio destino, obedecendo aos impulsos felizes ou infelizes de cada ser no trajeto que elege para efetuar o seu percurso evolutivo e do qual apenas ele, e não mais ninguém, terá que dar conta acerca dos seus progressos ou deméritos na conquista da sua ascensão e da própria felicidade!

Lembro-me, a pretexto disso, de um outro livro de André Luiz, do qual, com a devida escusa do leitor, não recordo agora o nome, em vista de tê-lo lido já há muitos anos; no qual, durante o seu aprendizado na companhia dos instrutores iluminados da colônia Nosso Lar - cidade espiritual situada acima do Rio de Janeiro, como narrado na obra de mesmo nome psicografada pelo saudoso Chico Xavier -, André tem a oportunidade de presenciar outra exemplificação decisiva dessas realidades surpreendentes. Pois vê o desprendimento, pelo sono, do Espírito de uma mulher reencarnada que, quando em vigília no corpo físico, é ostentadora de aspecto inatacável e da chamada beleza física indiscutível - mas que, e para seu espanto ocasional, no momento em que se desprende pelo sono configura verdadeira bruxa horripilante!

Ao que o solícito instrutor que o acompanhava no momento logo explicou tratar-se de um daqueles casos em que o Espírito é conduzido à reencarnação tendo à frente a prova insuspeitadamente difícil de vestir um corpo delineado pela perfeição física, cabendo-lhe, contudo, sustentar na matriz - no perispírito, o corpo sutil e extremamente plástico, sensível às menores emissões mentais - uma beleza que transcenda mesmo à da enganosa matéria, vítima da passagem inexorável do tempo e dos reveses orgânicos! Todavia, trata-se de tarefa que exige do candidato justo a reformulação íntima para que, por meio de emissões espirituais belas e harmônicas, primeiro a partir de si mesmo e do seu interior na sua passagem pelo mundo, construa a "beleza" real, a se refletir, antes, no molde externo das irradiações da alma equilibrada, que é justamente a nossa reprodução íntima neste magnífico corpo que carregamos nas esferas mais sutis da vida!

Contudo, é de se lamentar que quase a totalidade falha nesta difícil vivência! Porque, num mundo onde as aparências físicas e os protótipos das personalidades afeitas aos interesses da ganância e do poder, com toda a imensa gama de dissimulações próprias dos nossos dias, compram facilmente respeitabilidade e consideração em função de máscaras físicas e comportamentais traiçoeiras e enganadoras - e de modo algum refletidoras do verdadeiro ser por debaixo do aparentar e do ter - que a sua visão não seja a sua perdição!

Há seguramente muito mais para além das aparências e para além daquilo que os nossos pobres, falhos e enganadores sentidos podem alcançar!

Desenvolvamos, assim, os olhos de ver, como bem já nos foi dito há mais de dois mil anos em nosso mundo pelo Representante da beleza máxima concebível a um ser humano em trajeto pelo Universo! Para que um dia não nos surpreendamos de nós mesmos, já que muitas vezes nos enganamos, ao presumirmos muito a nosso respeito!

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita