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O Espiritismo responde
Ano 4 - N° 172 - 22 de Agosto de 2010
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)


 
O confrade Jorge da Silva Lima, de Vila Nova de Gaia, Portugal, pergunta-nos, no tocante às cidades espirituais citadas por André Luiz, qual o tipo de matéria utilizada na construção de seus edifícios e moradias.

É preciso, inicialmente, lembrar que a notícia referente às construções espirituais está presente não só na obra de André Luiz, mas em autores como Arthur Conan Doyle, Ernesto Bozzano, Cairbar Schutel e Manoel Philomeno de Miranda.

Em todos eles é destacado, com clareza, o papel do pensamento sobre a matéria peculiar às chamadas cidades ou colônias espirituais.

Vejamos algumas citações do livro A Crise da Morte, um dos clássicos do Espiritismo, de autoria de Ernesto Bozzano:

1. Jim Nolan disse que, ao entrar no mundo espiritual, parecia-lhe caminhar sobre um terreno sólido, quando encontrou sua avó, que o levou para longe dali, para sua morada. A morada da avó, onde ele repousou e dormiu naquela noite, tinha o aspecto de uma casa. “No mundo dos Espíritos – explicou ele –, há a força do pensamento, por meio do qual se podem criar todas as comodidades desejáveis...” (Obra citada, p. 32.)

2. O Espírito, pensando na forma humana, se veria de novo em forma humana; pensando em estar vestido, achar-se-ia coberto de roupas que, sendo tão etéreas como o seu próprio corpo, lhe pareceriam tão substanciais como as vestes terrenas. É assim que ele encontra, no mundo espiritual, um meio e uma morada correspondentes a seus hábitos terrestres, morada que lhe preparariam os seus familiares, tornados antes dele à existência espiritual. (Obra citada, p. 36.)

3. Felicia Scatcherd diz ter sido conduzida a uma maravilhosa morada que os próprios Espíritos haviam criado pela força do pensamento. (Obra citada, pp. 117 a 121.)

4. A mensagem do Espírito trouxe notícias sobre as habitações existentes no mundo espiritual, construídas por Espíritos que se especializaram em modelar, pelo pensamento, a matéria espiritual. (Obra citada, pp. 137 a 143.)

5. A respeito do poder do pensamento no meio espiritual, a entidade trouxe uma informação adicional: para criar os objetos de que necessita não basta pensar na “coisa” desejada; é preciso uma concentração firme do pensamento sobre esse objeto, pensando em todos os seus detalhes. É por isso que, exercitando-se nas criações do pensamento, os Espíritos chegam a pensar com uma nitidez cada vez maior e a concentrar a vontade com uma eficácia sempre mais intensa. Não sendo assim, formar-se-á tão-somente um esboço mais ou menos confuso e informe do objeto desejado. (Obra citada, p. 157.)

O tema não é, evidentemente, estranho à obra de Allan Kardec, conforme podemos ver pelas citações abaixo:

1. Todas as substâncias, conhecidas e desconhecidas, por mais dessemelhantes que pareçam, quer do ponto de vista da constituição íntima, quer pelo prisma de suas ações recíprocas, são apenas modos diversos sob que a matéria se apresenta, variedades em que ela se transforma sob a direção das forças inumeráveis que a governam. Não há, em todo o Universo, senão uma única substância primitiva: o cosmo, ou matéria cósmica dos uranógrafos. (A Gênese, cap. VI, itens 3, 4 e 7.)

2. O fluido cósmico universal é a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. (A Gênese, cap. XIV, item 2.)

3. O estado no qual o fluido universal se apresenta em sua maior sim­plicidade é o que se encontra no ambiente dos Espíritos puros. Na Ter­ra, ele está mais ou menos modificado para formar a matéria compacta que nos cerca. (O Livro dos Médiuns, item 74, pergunta no 5.)

4. Os Espíritos fazem a matéria etérea passar pelas transformações que queiram; portanto, eles podem formar os objetos – vestuários, joias, caixas de rapé etc. – que desejem, por ato de sua vontade e, do mesmo modo que os fazem, podem desfazê-los. (L.M., item 128, pergunta 6.)

5. A teoria espírita acerca do laboratório do mundo invisível pode-se resumir assim: a) o Espírito atua sobre a matéria; b) da matéria cósmica universal tira os elementos de que necessite para formar objetos que tenham a aparência dos diversos corpos existentes na Terra; c) pela ação de sua vontade, pode ele operar na matéria elementar uma transformação íntima, que lhe confira determinadas propriedades; d) essa faculdade é inerente à natureza do Espírito, que muitas vezes a exerce de modo instintivo, sem disso se aperceber; e) os objetos que o Espírito forma têm existência temporária, subordinada à sua vontade ou a uma necessidade que ele experimenta; f) ele pode fazê-los e desfazê-los livremente; g) em certos casos, esses objetos podem apresentar, aos olhos das pessoas vivas, todas as aparências da realidade, isto é, tornar-se visíveis e até mesmo tangíveis; h) trata-se, porém, de formação, não criação, porque do nada o Espírito nada pode tirar. (L.M., item 129.)

Cremos que, com base nos dados acima, é possível ao leitor sanar suas dúvidas acerca da questão proposta.

 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita