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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 171 - 15 de Agosto de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 10)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que projetor era aquele que permitiu a Libório recordar o passado?

Aulus explicou: "Aquele aparelho é um condensador ectoplásmico. Tem a propriedade de concentrar em si os raios de força projetados pelos componentes da reunião, reproduzindo as imagens que fluem do pensamento  da entidade comunicante, não só para a nossa observação, mas também para a análise do doutrinador, que as recebe em seu campo intuitivo, agora auxiliado pelas energias magnéticas do nosso plano". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 7, págs. 66 a 68.)

B. As energias necessárias ao funcionamento do aparelho dependiam de todos os componentes do grupo?

Sim. Aulus, explicando a ocorrência, disse: "Exato, as energias ectoplásmicas são fornecidas pelo conjunto dos companheiros encarnados, em favor de irmãos que ainda se encontram semimaterializados nas fai­xas vibratórias da experiência física”. E advertiu que pes­soas que exteriorizem sentimentos menos dignos, equivalentes a princí­pios envenenados, nascidos das viciações de variada espécie, perturbam enormemente as atividades dessa natureza, "porquanto arrojam no con­densador as sombras de que se fazem veículo, prejudicando a eficiência da assembleia e impedindo a visão perfeita da tela por parte da enti­dade necessitada de compreensão e de luz". (Obra citada, cap. 7, págs. 66 a 68.)

C. Os fluidos deletérios transmitidos pelo Espírito podem prejudicar o médium que lhe serve de instrumento?

A explicação foi dada por Aulus: “O amigo dementado penetrou o templo com a supervisão e o consentimento dos mentores da casa. Quanto aos fluidos de natureza de­letéria, não precisamos temê-los. Recuam instintivamente ante a luz espiritual que os fustiga ou desintegra". O instrutor aduziu que cada médium possui ambiente próprio e cada assembleia se caracteriza por uma corrente magnética particular de preservação e defesa. Assim como nuvens infecciosas da Terra são diariamente extintas ou combatidas pe­las irradiações solares, os "raios luminosos da mente orientada para o bem incidem sobre as construções do mal, à feição de descargas elé­tricas". (Obra citada, cap. 8, págs. 71 e 72.)

Texto para leitura 

28. O condensador ectoplásmico - Nesse ponto, Libório, como se vol­tasse de um pesadelo, bradou desesperado: "Oh! esta é a verdade! a verdade!... onde está minha casa? Sara, Sara, quero minha mãe, minha mãe!..." Raul, compadecido, recomendou-lhe: "Acalme-se! nunca nos fal­tará o socorro divino! seu lar, meu amigo, cerrou-se com os seus olhos de carne e sua genitora, de outras esferas, lhe estende os braços amo­rosos e santificantes..." Libório caiu em lágrimas e sua crise emotiva foi tão grande que o mentor do grupo apressou-se em desligá-lo do equipamento mediúnico, entregando-o aos vigilantes para ser conve­nientemente abrigado em organização próxima. Quando o comunicante se afastou, a médium Eugênia voltou à posição normal. André estava curioso. Que projetor era aquele? O Assistente Aulus informou, gentil: "Aquele aparelho é um condensador ectoplásmico. Tem a propriedade de concentrar em si os raios de força projetados pelos componentes da reunião, reproduzindo as imagens que fluem do pensamento  da entidade comunicante, não só para a nossa observação, mas também para a análise do doutrinador, que as recebe em seu campo intuitivo, agora auxiliado pelas energias magnéticas do nosso plano". Hilário referiu-se ao meca­nismo com entusiasmo, sob forte impressão. "Nada de espanto – alegou o orientador –; o hóspede espiritual apenas contempla os reflexos da mente de si mesmo, à maneira de pessoa que se examina, através de um espelho". André observou que, se eles estavam diante de um condensador de forças, o êxito do trabalho dependeu da colaboração de todos os componentes do grupo. O Assistente confirmou: "Exato, as energias ectoplásmicas são fornecidas pelo conjunto dos companheiros encarnados, em favor de irmãos que ainda se encontram semimaterializados nas fai­xas vibratórias da experiência física. Por isso mesmo, Silva e Clemen­tino necessitam do concurso geral para que a máquina do serviço fun­cione tão harmoniosamente quanto seja possível". E advertiu que pes­soas que exteriorizem sentimentos menos dignos, equivalentes a princí­pios envenenados, nascidos das viciações de variada espécie, perturbam enormemente as atividades dessa natureza, "porquanto arrojam no con­densador as sombras de que se fazem veículo, prejudicando a eficiência da assembleia e impedindo a visão perfeita da tela por parte da enti­dade necessitada de compreensão e de luz". (Cap. 7, págs. 66 a 68) 

29. O fazendeiro desumano - Na sequência da reunião, deu entrada no recinto pobre Espírito dementado, a lembrar um fidalgo antigo, arran­cado repentinamente ao subsolo, porque os fluidos que o revestiam era verdadeira massa escura e viscosa, cobrindo-lhe a roupagem e despe­dindo nauseabundas emanações. Nenhuma das entidades presentes exibia tão horrenda fácies. Aqui e ali, no lugar reservado a irmãos menos fe­lizes, as máscaras de sofrimento eram suavizadas por sinais inequívo­cos de arrependimento, fé, humildade, esperança... Mas, naquele rosto patibular, que parecia emergir dum lençol de lama, aliavam-se a frieza e a malignidade, a astúcia e o endurecimento. Os demais sofredores re­cuaram ao vê-lo. Na destra, ele trazia um azorrague que tentava esta­lar, ao mesmo tempo que proferia estrepitosas exclamações. "Quem me fez chegar até aqui, contra a minha vontade?", bramia, semiafônico. "Covardes! por que me segregarem assim? onde estão os abutres que me devoraram os olhos? Infames! Pagar-me-ão caro os ultrajes sofri­dos!..." Em seguida, mostrando o desequilíbrio mental de que se fazia portador, o Espírito comunicante bradou: "Quem disse que a malfadada revolução dos franceses terá reflexos no Brasil? a loucura de um povo não pode alastrar-se a toda a Terra... Os privilégios dos nobres são invioláveis! Vêm dos reis, que são indiscutivelmente os escolhidos de Deus! Defenderemos nossas prerrogativas, exterminando a propaganda dos rebeldes e regicidas! Venderei meus escravos alfabetizados, nada de panfletos e comentários da rebelião. Como produzir sem o chicote no lombo? Cativos são cativos, senhores são senhores. E todos os fujões e criminosos conhecerão o peso dos meus braços... Matarei sem piedade. Cinco troncos de suplício! Cinco troncos! Eis aquilo de que necessito para refazer a nossa tranquilidade". Aulus, referindo-se à entidade, informou: "Foi um fazendeiro desumano. Desencarnou nos últimos dias do século XVIII, mas ainda conserva a mente estagnada na concha do pró­prio egoísmo". Eis por que nada percebia, senão os quadros criados por sua mente, convertendo-se em vampiro inconsciente das almas reencarna­das que lhe foram queridas no Brasil colonial. (Cap. 8, págs. 69 e 70) 

30. Ajuda mais quem mais pode - O comunicante fora detentor de vastís­simo latifúndio e possuía consigo larga legião de servidores que lhe conheceram, de perto, a tirania e a perversidade. Aproximando-se, An­dré percebeu que os olhos da entidade estavam vidrados, mortos... O Assistente esclareceu: "Odiava os trabalhadores que lhe fugiam às gar­ras e quando conseguia arrebatá-los ao quilombo, não somente os alge­mava aos troncos de martírio, mas queimava-lhes os olhos, reduzindo-os à cegueira, para escarmento das senzalas. (N.R.: Quilombo significa valhacouto, abrigo, de escravos fugidos.) Alguns dos raros quilombolas que resistiam à morte eram sentenciados, depois de cegos, às mandíbu­las de cães bravios, de cuja sanha não conseguiam escapar". Aquele in­feliz, com esse sistema de repressão, instalou o terror em derredor de seus passos, granjeando, então, fama e riqueza. Chegou-lhe, porém, a jornada inevitável do túmulo e não encontrou, nessa fase nova, senão desafetos, que se levantavam junto dele, na feição de temíveis perse­guidores. "Muitas vítimas de alma branda", informou Aulus, "lhe haviam desculpado as ofensas, mas outras não conseguiram a força para o per­dão espontâneo e converteram-se em vingadores do passado a lhe cumula­rem o espírito de aflitivo pavor". "Emaranhado nas teias da usura e fazendo do ouro o único poder em que acreditava, nem de leve se sentiu transportado de um modo de vida para outro, através da morte. Crê-se num cárcere de trevas, atormentado pelos escravos, prisioneiro das próprias vítimas. Vive, assim, entre a desesperação e o remorso. Mar­tirizado pelas reminiscências das flagelações que decretava e hipnoti­zado pelos algozes de agora, dos quais no pretérito foi verdugo, vê-se reduzido a extrema cegueira, por se lhe desequilibrarem no corpo espi­ritual as faculdades da visão." O infeliz foi situado junto da médium Celina. André não gostou nem um pouco: "Logo Dona Celina, o melhor instrumento da casa, é quem deveria acolher o indesejável comuni­cante?" A luminosa auréola da médium contrastava com a vestimenta pes­tilencial do forasteiro. Tal providência não seria o mesmo que entre­gar uma harpa delicada às patas de uma fera? Aulus, porém, explicou: "Acalmem-se. O amigo dementado penetrou o templo com a supervisão e o consentimento dos mentores da casa. Quanto aos fluidos de natureza de­letéria, não precisamos temê-los. Recuam instintivamente ante a luz espiritual que os fustiga ou desintegra". O instrutor disse que cada médium possui ambiente próprio e cada assembleia se caracteriza por uma corrente magnética particular de preservação e defesa. Assim como nuvens infecciosas da Terra são diariamente extintas ou combatidas pe­las irradiações solares, os "raios luminosos da mente orientada para o bem incidem sobre as construções do mal, à feição de descargas elé­tricas". E, compreendendo, por fim, que aquele que mais pode, mais ajuda, a irmã Celina era a companheira ideal para o auxílio do infeliz irmão. (Cap. 8, págs. 71 e 72) (Continua no próximo número.)




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita