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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 171 - 15 de Agosto de 2010

DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP (Brasil)


Que brilhe a nossa luz!


O homem demorou muito tempo para distinguir-se de seus companheiros terrenos, os animais, e ainda se demora na iluminação do raciocínio, descuidoso do sentimento. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens a fim de que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está no Céu” (Mateus, 5:16), disse Mestre Jesus. A claridade do saber é qual farol que orienta o navegador, o que aclara o discernimento em meio à névoa das vicissitudes da vida.

No exercício da livre decisão, e de acordo com a consciência, a criatura, gradativamente, foi tendo ideia do cumprimento de suas forças e faculdades as quais deveriam transcender, colocar-se em ponto mais alto como síntese de todas as aspirações. Daí, a marcha humana estar deveras sujeita à coragem, ao valor intrínseco de cada indivíduo.

Sacerdotes de Ísis e Osíris, há mais de trinta mil anos, afirmavam que o destino da Alma possui duas faces: a do cativeiro na matéria e a da ascensão à luz. Em sua doutrina oculta, a dos livros sagrados de Hermes Trismegisto, entreviram essa dicotomia. Um desses livros, Pimander, o mais autêntico, era dedicado ao culto dos mistérios da deusa egípcia da fecundidade e do deus governante do mundo dos mortos; tratava-se de uma doutrina milenar que já dava noção da consciência do trabalho a fazer, tarefa que só caberia ao princípio inteligente realizá-la.  

Como os quietistas 

Muitos têm confundido espiritualização com renúncia da vontade, na indiferença absoluta, e em ininterrupta reverência mística. Esse proceder fora alimentado pelos quietistas, adeptos de uma doutrina propagada na Espanha e na França. Em que pesem o processo evolutivo, o desenrolar dos acontecimentos, as mudanças gerais, há quem prossiga pensando como os adeptos dessa doutrina mística e anulatória de todo anseio, admitindo-se apenas descomedida contemplação religiosa como vínculo a Deus. O Criador, segundo Jesus, deveria ser honrado em espírito e verdade.

Graças à fulgente luz consoladora do Espiritismo, bem sabemos o porquê de Deus ter que ser assim honrado. Aliás, nunca faltou o brilho do Alto em prol da marcha humana, em favor da sua perfeita satisfação física e moral. Consoante elucidações dos Benfeitores Espirituais, sob a égide do Espírito de Verdade e a coordenação de Allan Kardec, o homem não pode retrogradar; 1 pode até permanecer estacionário; mas tem que progredir sempre. Em suma, não adianta resistir à lei do progresso, lei de Deus que nos obriga a nos retificarmos intimamente. Nosso Pai deseja que a Sua obra, ainda que encarnada, cresça para Ele em amor e ciência.

Deus não gera coisas sem utilidade. Por exemplo, Ele jamais conceberia um ser feito Adão: um verdadeiro parasita da Natureza; um inútil! Por que Adão teria de permanecer ignorante sem produzir coisa alguma? Por que Deus teria lhe dado uma companheira? Para viver eternamente ao seu lado, estéril e tão inútil quanto ele?

E já que falamos do “primeiro casal”, admitindo-o, em verdade Deus só o encorajaria a instruir-se, a informar-se da Sua Obra para que, sobretudo, tanto Adão quanto Eva O buscassem pelo autoconhecimento. Persistir em dar como verdadeiro esse simbolismo é continuar desvalorizando o valor da suprema sabedoria divina.

Portanto, a luz de que o Mestre falou nunca será conquistada fora de nós; ela está dentro de cada um, e só nos resta suscitá-la. Em nós foi criada a fagulha do amor e sabedoria para que, através dos tempos, pudéssemos torná-la uma chama...

Veja o que a esse respeito corrobora Emmanuel:

Iluminemos, pois, o raciocínio sem descurar o sentimento. Burilemos o sentimento sem desprezar o raciocínio. O Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é universidade da Alma. Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por excelência, nos ensinou, acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a verdade, como a dizer-nos que a chama da cabeça não derrama a luz da felicidade sem o óleo do coração. 2

 

Notas:

1 - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução Herculano Pires. 62. Ed. São Paulo: Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001. Cap. 8, questões 778 e 779, p. 261.

2 - XAVIER, Francisco C. Livro da Esperança (Espírito Emmanuel). 10. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (FEB), 1988. Tema 17, p. 67.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita