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Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 169 - 1º de Agosto de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1866

Allan Kardec 

(Parte 12)

Continuamos a apresentar o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1866. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 16 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Os Espíritos, ainda que alcancem o grau máximo de perfeição, poderão igualar-se um dia ao Criador?

Não. Segundo o Espírito de Moki, isso não é possível e dois são os motivos: 1.) Até as ciências reconhecem que a parte jamais poderá igualar o todo; 2.) A natureza de Deus é um obstáculo intransponível a que isso se realize. (Revue Spirite de 1866, pp. 248 e 249.) 

B. É verdade que a rainha Vitória, da Inglaterra, mantinha contato com o Espírito do príncipe Alberto?

De acordo com notícias veiculadas por diversos jornais, sim. A rainha Vitória mantinha contato com o Espírito de Alberto e levava a sério os conselhos que dele recebia. Reportando-se ao fato, a Revue transcreve notícia do periódico Le Salut Public, de Lyon, de 3/6/1866, segundo a qual a rainha Vitória, acreditando obedecer à voz do falecido príncipe Alberto, tudo estava fazendo para evitar o conflito austro-prussiano. (Obra citada, pp. 249 e 250.)  

C. Qual a explicação do caso Tom, um jovem cego de nascença, que surpreendeu o povo americano com seu dom musical?

Primeiro, lembremos que Tom, um jovem negro, cego de nascença, dotado de um maravilhoso instinto musical, viu pela primeira vez um piano aos 4 anos de idade. De acordo com o Harpers Weekly, de Nova York, ele fez progressos tão rápidos e admiráveis que o piano se fez eco de tudo o que ele ouvia. Agora, aos 17 anos, tocava a mais difícil música dos grandes autores com uma delicadeza de toque, um poder e uma expressão raramente ouvidas. Na Filadélfia, setenta professores de música, após ouvi-lo, admitiram formalmente ser impossível explicar tal talento por qualquer das hipóteses que podem fornecer as leis da arte e da ciência. O fato, que se assemelha muito com o caso Sibélius, encontra explicação, segundo Kardec, na doutrina da reencarnação, porquanto uma faculdade instintiva tão precoce não poderia ser senão uma lembrança intuitiva de conhecimentos anteriormente adquiridos. (Obra citada, pp. 279 a 281.)

Texto para leitura 

146. O Espírito de Moki confirma que os Espíritos, mesmo chegados ao grau máximo de perfeição, jamais poderão igualar-se ao Criador. Dois são os motivos: I) Até as ciências reconhecem que a parte jamais poderá igualar o todo. II) A natureza de Deus é um obstáculo intransponível a que isso se realize. (Págs. 248 e 249.)

147. A Revue transcreve notícia do periódico Le Salut Public, de Lyon, de 3/6/1866, segundo a qual a rainha Vitória, da Inglaterra, acreditando obedecer à voz do falecido príncipe Alberto, tudo estava fazendo para evitar o conflito austro-prussiano. Kardec lembra que em março de 1864 a Revue já havia informado que, segundo notícia publicada na época por diversos jornais, a rainha Vitória mantinha contato com o Espírito de Alberto e levava a sério os conselhos que dele recebia. (Págs. 249 e 250.)

148. Dois poemas mediúnicos, um assinado pelo Espírito de J. Méry e outro por Casimir Delavigne, são transcritos pela Revue, cujo número de agosto de 1866 traz como derradeira notícia referência a uma Cantata Espírita, letra e música de conteúdo espírita, mas não mediúnicas. A 1 franco e 50, a venda da canção se fazia em benefício dos pobres. (Pág. 255.)

149. A Revue de setembro de 1866 se inicia relatando a passagem dos irmãos Davenport por Bruxelas, onde suas apresentações ocorreram pacificamente, sem as cenas lamentáveis que se registraram em Paris. Do jornal Office de Publicité, de Bruxelas, Kardec transcreve dois artigos assinados pelo Sr. Bertram, publicados nos dias 8 e 22 de julho. (Págs. 257 e 258.)

150. Com um tom irônico, Bertram descreve o que viu, mas diz que, a seu ver, o que os Espíritos têm dito nas sessões espíritas são coisas sabidas há muito tempo e para obtê-las não haveria necessidade de evocar tantos mortos ilustres. Nada, porém, escreveu contra a veracidade dos fenômenos. (Págs. 258 a 262.)

151. Depois, ao transcrever carta de um leitor que fez vários elogios ao Espiritismo e à mudança que ele produziu em sua vida, o Sr. Bertram declarou: “Jamais fiz objeção à moral espírita; ela é pura. Os espíritas são honestos e benfeitores: seus donativos para as creches mo provaram. Se se apegam aos seus Espíritos superiores e inferiores, não vejo nisso inconveniente. É uma questão entre o seu instinto e a sua razão”. (Págs. 262 a 264.)

152. Comentando o fato, Kardec diz que se o Sr. Bertram houvesse lido os livros espíritas com a atenção necessária saberia que os espíritas não são tão simplórios a ponto de evocar o Judeu Errante e Dom Quixote (personagens sem existência real, a não ser em livros). Quanto à ancianidade da moral dos Espíritos, o codificador não vê nisso nada de surpreendente, visto que, não sendo a moral senão a lei de Deus, essa lei deve ser de toda a eternidade, não havendo nada que o homem possa acrescentar-lhe. (Págs. 265 a 267.)

153. Concluindo seu comentário, Kardec concorda com a tese de que não é no armário dos irmãos Davenport que encontraremos a doutrina espírita, embora suas demonstrações houvessem feito com que muitos, inclusive o Sr. Bertram, falassem dos Espíritos, mesmo sem acreditar neles. (Pág. 268.)

154. É um fato constatado, diz Kardec na sequência, que a crítica ao Espiritismo, desde os seus primórdios, mostrou a mais completa ignorância de seus princípios, ainda os mais elementares, situação que começava a ser alterada naquele momento. “Não o acham mais tão estranho e tão ridículo”, assevera o codificador, “porque o conhecem melhor.” (Págs. 268 e 270.)

155. Em apoio a essa ideia, Kardec transcreve um artigo publicado em maio de 1866 no jornal Soleil, no qual o articulista trata o Espiritismo com maior profundidade e respeito, como se pode ver no trecho seguinte: “Se jamais houve uma doutrina consoladora, certamente é esta: a individualidade conservada além do túmulo, a promessa formal de uma outra vida, que é realmente a continuação da primeira. A família subsiste, a afeição não morre com a pessoa; não há separação. Cada noite, no sul e no oeste da França, as reuniões espíritas atentas tornam-se mais numerosas. Oram, evocam, creem. Gente que não sabia escrever, escreve; sua mão é guiada pelo Espírito”. (Págs. 270 e 271.)

156. Apesar dessas referências elogiosas, o artigo ironiza de certo modo a obra Os Quatro Evangelhos, do Sr. Roustaing, embora lembre que o Sr. Renan, conhecido escritor e autor dos Apóstolos, faz nessa obra numerosas alusões à nova doutrina, cuja importância parecia não desconhecer. (Pág. 271.)

157. Não era, porém, apenas na Europa que os jornais davam uma melhor acolhida aos fatos espíritas. A 15 de junho de 1866 o jornal Progrès Colonial, de Port-Louis, na Ilha Maurícia, publicou uma mensagem assinada pelo Espírito de Lázaro, antecedida por uma nota em que o editor informa que seu jornal recebia todos os dias duas ou três comunicações semelhantes, as quais só não haviam sido publicadas porque o jornal não tinha ainda condições de consagrar um lugar “a essa coisa extraordinária chamada Espiritismo”. (Pág. 273.)

158. Comentando notícia divulgada pelo jornal Événement, de 2 de agosto de 1866, Kardec recomenda mais uma vez que se deve evitar atribuir a uma causa oculta fatos aparentemente espíritas. É preciso investigar todas as possibilidades, porque, existindo uma causa material, sempre se pode descobri-la. A dúvida é em tais casos, diz Kardec, “o partido mais sábio”. (Págs. 274 e 275.)

159. Toda a cautela se fazia necessária, porque os adversários do Espiritismo, supondo que ele se encontra inteiramente nos efeitos físicos e não pode viver sem isto, imaginavam matá-lo desacreditando-o ou pondo-o em condições ridículas. Os jornais da América não ficavam atrás nisso, como se pode ver no relato da execução de um condenado à morte ocorrida em Cleveland, Ohio, o qual, antes de morrer, falou sobre a imortalidade da alma e sobre o Espiritismo. Suas palavras produziram profunda impressão sobre o auditório, do que teriam resultado singulares efeitos, como visões do falecido relatadas com evidente exagero pelo jornal Herald, de Cleveland. (Págs. 277 e 278.)

160. Outro fato destacado pela imprensa americana é o caso de Tom, um jovem negro de 17 anos, cego de nascença, dotado de um maravilhoso instinto musical. Tom viu pela primeira vez um piano aos 4 anos e desde então, segundo o Harpers Weekly, de Nova York, fez progressos tão rápidos e admiráveis que o piano se fez eco de tudo o que ele ouvia. Agora, ele tocava a mais difícil música dos grandes autores com uma delicadeza de toque, um poder e uma expressão raramente ouvidas. (Pág. 279.)

161. Como em Filadélfia, setenta professores de música, após ouvi-lo, admitiram formalmente ser impossível explicar tal talento por qualquer das hipóteses que podem fornecer as leis da arte e da ciência, Kardec esclarece que o fato encontra explicação na doutrina da reencarnação, porquanto uma faculdade instintiva tão precoce não poderia ser senão uma lembrança intuitiva de conhecimentos anteriormente adquiridos. (Págs. 279 a 281.)

162. Pode um sonho tornar grisalhos os cabelos de uma pessoa? O fato teria ocorrido na Bretanha, segundo informou o Petit Journal de 14 de maio de 1866. Kardec admite que isso ocorra em razão dos laços fluídicos que unem a alma ao corpo e transmitem a este as impressões que a alma sinta quando dele esteja afastada. Isso se verifica durante o sono, mas a alma não se dá conta dessa separação. Na visão do engenheiro que teve os cabelos encanecidos, havia duas partes distintas: uma, real e positiva, constatada pela exatidão da planta da mina onde certamente esteve durante a noite; a outra, puramente fantástica: a do perigo que correu. Esta poderia ser efeito da lembrança de um acidente real ou uma advertência para o futuro. (Págs. 282 a 285.) (Continua no próximo número.)

 


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