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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 169 - 1º de Agosto de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 8)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Numa sessão em que se atendem Espíritos sofredores, que papel incumbe ao médium que lhes serve de intermediário?

Nas sessões mediúnicas dessa natureza, que Aulus designa "sessões de caridade", o médium que recebe o Espírito sofredor é o primeiro socorrista, mas, se o socorrista cai no padrão vibra­tório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no am­paro eficiente. O médium tem o dever de colaborar na preser­vação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desen­carnados, permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa manifestação não colida com a harmonia necessária ao con­junto e com a dignidade imprescindível. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 6, págs. 55 e 56.)

B. Durante a comunicação, a alma do médium fica próxima do seu corpo físico?

Sim, sempre que o esforço se refira a entidades em desajuste. Nesses casos, o me­dianeiro não deve ausentar-se demasiado. “No concurso aos irmãos desequilibrados, nossa presença é imperativo dos mais lógicos”, diz Aulus. (Obra citada, cap. 6, págs. 56 a 58.) 

C. A dúvida por parte do médium pode prejudicar a comunicação?

Sim. Se, no processo da comunicação, o médium entende que as comoções e as palavras proferidas pertencem a ele mesmo, e não a um Espírito, emitirá da própria mente positiva recusa, expulsando o comunicante e anulando a preciosa oportunidade de serviço. “A dúvida, nesse caso, seria congelante faixa de forças negativas”, asseverou o instrutor Aulus. (Obra citada, cap. 6, págs. 58 a 60.) 

Texto para leitura 

22. Psicofonia consciente - Lembrando as operações do mundo vegetal, em que uma planta se desenvolve à custa de outra, André comparou a asso­ciação entre o Espírito sofredor e o corpo de Eugênia a sutil processo de enxertia neuropsíquica. Leves fios brilhantes ligavam a fronte de Eugênia (alma), desligada do veículo físico, ao cérebro da entidade comunicante. "É o fenômeno da psicofonia consciente ou trabalho dos médiuns falantes", explicou Aulus. "Embora senhoreando as forças de Eugênia, o hóspede enfermo do nosso plano permanece controlado por ela, a quem se imana pela corrente nervosa, através da qual estará nossa irmã informada de todas as palavras que ele mentalize e pretenda dizer." E Aulus continuou: "Efetivamente, apossa-se ele temporaria­mente do órgão vocal de nossa amiga, apropriando-se de seu mundo sen­sório, conseguindo enxergar, ouvir e raciocinar com algum equilíbrio, por intermédio das energias dela, mas Eugênia comanda, firme, as ré­deas da própria vontade, agindo qual se fosse enfermeira concordando com os caprichos de um doente, no objetivo de auxiliá-lo". O Assis­tente explicou então que, consciente de todas as intenções do Espírito infortunado, a médium reservava-se o direito de corrigi-lo em qualquer inconveniência. "Pela corrente nervosa, conhecer-lhe-á as palavras na formação, apreciando-as previamente, de vez que os impulsos mentais dele lhe percutem sobre o pensamento como verdadeiras marteladas. Pode, assim, – informou o Assistente – frustrar-lhe qualquer abuso, fiscalizando-lhe os propósitos e expressões, porque se trata de uma entidade que lhe é inferior, pela perturbação e pelo sofrimento em que se encontra, e a cujo nível não deve arremessar-se, se quiser ser-lhe útil. O Espírito em turvação é um alienado mental, requisitando auxí­lio." Nas sessões mediúnicas como aquela, que o Assistente designa "sessões de caridade", o primeiro socorrista é o próprio médium que recebe o Espírito sofredor, mas, se o socorrista cai no padrão vibra­tório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no am­paro eficiente. "O médium, pois, – disse Aulus – quando inte­grado nas responsabilidades que esposa, tem o dever de colaborar na preser­vação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desen­carnados, permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa manifestação não colida com a harmonia necessária ao con­junto e com a dignidade imprescindível ao recinto". (Cap. 6, págs. 55 e 56) 

23. A comunicação - Hilário observou que Eugênia (alma) ficou bem próxima de seu corpo denso. Nesse tipo de mediunidade é sempre assim? "Sim, sempre que o esforço se refira a entidades em desajuste, o me­dianeiro não deve ausentar-se demasiado... Com um demente em casa, o afastamento é perigoso, mas se nosso lar está custodiado por amigos cônscios de si, podemos excursionar até muito longe, porquanto o nosso domicílio demorar-se-á guardado com segurança. No concurso aos irmãos desequilibrados, nossa presença é imperativo dos mais lógicos", expli­cou Aulus. Olhando Eugênia (alma) preocupada e vigilante, ao pé do en­fermo que começava a falar, o Assistente disse: "Se preciso, nossa amiga poderá retomar o próprio corpo num átimo. Acham-se ambos num consórcio momentâneo, em que o comunicante é a ação, mas no qual a mé­dium personifica a vontade". O comunicante começou então a falar: "Vejo! Vejo!... Mas por que encantamento me prendem aqui? que algemas me afivelam a este móvel pesado? Qual o objetivo desta assembleia em silêncio de funeral? quem me trouxe? quem me trouxe?!..." Eugênia (alma), fora do corpo, escutava todas as palavras que lhe fluíam da boca, ocupada transitoriamente pelo visitante, e as arquivava de forma automática no centro da memória. O sofredor, ao contato das forças nervosas da médium, revive os próprios sentidos e deslumbra-se. Queixa-se das cadeias que o prendem, cadeias essas que em cinquenta por cento dos casos decorrem da contenção cautelosa da médium. E se Eugênia relaxasse a autoridade? "Não estaria em condições de prestar-lhe benefícios concretos", elucidou o Assistente, "porque en­tão teria descido ao desvairamento do mendigo de luz que nos propomos auxiliar". E numa feliz comparação, acentuou: "Um médium passivo, em tais cir­cunstâncias, pode ser comparado à mesa de serviço cirúrgico, retendo o enfermo necessitado de concurso médico. Se o móvel especia­lizado não possuísse firmeza  e humildade, qualquer intervenção seria de todo im­possível". Estaria Eugênia (alma) enxergando, consciente­mente, a enti­dade, com tanta clareza quanto André Luiz a via? "No caso de Eugênia, isso não acontece – elucidou o Assistente –, porque o esforço dela na preservação das próprias energias e o interesse na prestação de auxílio com todo o coeficiente de suas possibilidades não lhe permitem a necessária concentração mental para surpreender-lhe a forma exte­rior. Entretanto, reproduzem-se nela as aflições e os acha­ques do so­corrido. Sente-lhe a dor e a excitação, registrando-lhe o sofrimento e o mal-estar". (Cap. 6, págs. 56 a 58) 

24. Flagelações no perispírito - Em sua manifestação, o Espírito comu­nicante gritava, contundente, como se a consciência o torturasse. Di­zia não ser culpado pelas provações de que o acusavam. Seus padecimen­tos seriam simples angústia moral? "Não tanto assim – aclarou Aulus –; as crises morais de qualquer teor se nos refletem até no veículo de manifestação. O beneficiário desta hora tem o cérebro perispirítico dilacerado e a flagelação que lhe invade o corpo fluídico é tão autên­tica quanto a de um homem comum, supliciado por um tumor intracra­niano". Naquelas condições, trazendo consigo a herança de uma existên­cia desequilibrada e fortemente atraído para a mulher que o amava, e de quem se fizera perseguidor, o Espírito não estava em condições nem mesmo de identificar-se pessoalmente. Por isso, qualquer inquirição nesse sentido seria infrutuosa. Eugênia, por ser consciente, poderia ser induzida a pensar que as palavras proferidas pertencem a ela mesma? Poderia, assim, sofrer vacilações? "Isso é possível – respon­deu o Assistente –; no entanto, nossa irmã está habilitada a perceber que as comoções e as palavras desta hora não lhe dizem respeito". E se a dúvida a invadisse?  "Então – disse Aulus –, emitiria da própria mente positiva recusa, expulsando o comunicante e anulando preciosa oportunidade de serviço. A dúvida, nesse caso, seria congelante faixa de forças negativas..." (Cap. 6, págs. 58 a 60) (Continua no próximo número.)



 


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