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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 169 - 1º de Agosto de 2010

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
 
 

 
Atualidade de Castro Alves


 
No dia 6 de julho de 1871, às três e meia da tarde, junto a uma janela banhada de sol, para onde fora levado conforme o seu último desejo como encarnado, desencarnava, na Bahia, o poeta Antônio Frederico de Castro Alves. 

Hoje, a Fazenda Cabaceiras, onde o  poeta nasceu  em 14 de março de 1847, num domingo, às 10 horas, é, desde 1971, o Parque Histórico Castro Alves, situado no município de Cabaceiras do Paraguaçu, no Estado da Bahia.

Digno de registro o artigo publicado pelo jornal O Popular, de Santo Amaro (BA), em 20 de julho de 1871, de autoria de Antônio Alves Carvalhal, do qual destacamos os trechos:

“A imortalidade, senhores!... (...) Eu te abençoo, filosofia santa, da religião do Calvário! Só tu nos vens ensinar essa crença sublime de que o espírito do homem não morre, de que o aniquilamento é uma mentira! Sim, senhores, como é doce e consolador crer, neste instante, que aquele espírito transcendente, aquela alma inspirada de gênio não foi fundir-se com o nada, mas que o Espírito de Castro Alves, como um pássaro de luz, subiu... subiu... pelas regiões imensas dos espaços azulados e foi postar-se mais radiante diante do infinito!

Incrédulos! Insensatos materialistas! Ide ajoelhar-vos diante daquele túmulo, fitai os olhos naquele  cadáver e despedaçai os princípios da vossa doutrina! Dizei se essa matéria desfalecida e inerte, que vedes, podia por si só constituir o gênio; se naquele invólucro não deveria ter existido uma substância mais sublime, uma essência mais pura, uma centelha do Céu, que só ao Céu devia tornar?

Sublime mistério, senhores! Enquanto a matéria bruta tomba a confundir-se com o nada, um Espírito se eleva a abraçar-se com Deus.

Ah! Não, ele não morreu, senhores! Ele dorme... Não perturbemos mais o sono do poeta... Ele sonha talvez um poema para soletrá-lo aos anjos...”

Sim, ele não morreu. E nestes 139 anos sem a sua presença física, sempre esteve conosco, principalmente através de lições de Espiritismo através de poemas recebidos por Francisco Cândido Xavier, Jorge Rizzini, Waldo Vieira, Dolores Bacelar. Poesia mediúnica sobre a qual explica José Herculano Pires, na obra  Antologia do Mais Além, de Jorge Rizzini, (Edições FEESP – 2a. edição, 1979):

“A poesia mediúnica foi até hoje considerada como marginal. A poesia e toda a literatura mediúnica. Os críticos têm receio de pronunciar sobre ela e quando o fazem é de maneira irônica. Servem-se de ironia para se salvarem dos preconceitos vigentes, preservarem o prestígio profissional e manterem a sua posição no Aquário. Assim podem servir a Deus e ao Diabo ao mesmo tempo. O aquário é o meio cultural em que se desenvolveram, com sua rotina, sua água parada e morna, nem fria nem quente, aquecida por meios artificiais. É uma delícia nadar nessa água sem maiores preocupações, no espaço limitado pelo grosso vidro da vasilha. Por que pensar nas coisas que poderiam existir além do vidro?”

Na obra Castro Alves Fala à Terra, com poemas recebidos mediunicamente por Chico Xavier, Waldo Vieira e Jorge Rizzini (Edições Correio Fraterno, 3a. edição, setembro de 2000), Herculano  fala sobre o mistério que a poesia mediúnica constitui para os homens de letras e o desafio que ele constitui para os homens de ciência. “Como admitir – dizia-nos há pouco um  poeta – que Castro Alves continue, cem anos após a sua morte, apegado às velhas fórmulas poéticas e ao ímpeto ultrapassado do condoreirismo?”, pergunta que revela total ignorância dos assuntos espirituais e um notório preconceito.

Herculano elucida que se  Castro Alves ainda estivesse encarnado,  acompanharia, por certo,  os movimentos literários modernos. Mas estando no mundo espiritual, seu objetivo, nas poesias que envia à Terra, “não é atingir a virtuosidade poética terrena, mas atingir o coração humano, identificar-se perante os homens que respeitam o seu nome e a sua figura histórica”.

Diz ainda Herculano que o gênio poético de Castro Alves deve ter atingido “uma grandeza e um poder de expressão que não podemos sequer imaginar. Mas para se dirigir aos homens, a esses bichos da Terra tão pequenos, como escreveu Camões, o poeta deve descer do Olimpo, como faziam os deuses gregos, e misturar-se com os bichos”. Mas, argumentam, não seria melhor que o poeta contribuísse para a evolução da poesia, na Terra? “Sim, talvez fosse, mas a Pedagogia nos adverte de que a tarefa do aprendizado pertence a cada um. De que valeria um professor universitário dar as suas aulas num curso primário?”



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita