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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 168 – 25 de Julho de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 7)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. É possível identificar com nitidez as correntes mentais que assimilamos?

Sim. Nosso pensamento vibra em certo grau de frequên­cia, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no cír­culo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares. Diz o instrutor Aulus que basta nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao estudo edifi­cante e ao hábito de discernir para compre­endermos onde se nos situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espiri­tuais que passamos a assimilar. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 5, págs. 50 e 51.) 

B. Como podemos definir a tentação?

Lembremos que a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar. Cada criatura assimila, pois, as forças superiores ou inferiores com as quais se sintoniza. Esse o motivo pelo qual Jesus reco­mendou-nos oração e vigilância para não cairmos nas sugestões do mal, porque – no dizer de Aulus –  a tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, cap­tando os elementos que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma, espessa rede de impulsos, por vezes irresistíveis. (Obra citada, cap. 5, págs. 50 e 51.)

C. Pode um processo de vampirização perdurar por vários anos?

Sim. André Luiz refere-se a um caso assim, de um homem que desencarnara em plena vitalidade, depois de festiva lou­cura e sem o menor sinal de habilitação para conchegar-se às verdades do espírito. Desenfaixando-se da veste carnal, com o pensamento enovelado à paixão por uma mulher que sintonizou com ele, a ponto de retê-lo junto de si com aflições e lágrimas, passou a vampirizar-lhe o corpo. Desarvorado com a perda do corpo físico, adaptou-se ao organismo da mulher amada, que passou a obsidiar, nela encontrando novo instrumento de sensação, pois via por seus olhos, ouvia por seus ouvidos, muitas ve­zes falava por sua boca e vitalizava-se com os ali­mentos por ela uti­lizados. E nessa simbiose viviam já cinco anos suces­sivos, produzindo na mulher perturbada desequilíbrios orgânicos de vulto. (Obra citada, cap. 6, págs. 53 a 55.)

Texto para leitura 

19. Como a assimilação mental se dá - André compreendia assim, uma vez mais, que somos naturalmente vítimas ou beneficiários de nossas pró­prias criações, segundo as correntes mentais que projetamos, escravi­zando-nos a compromissos com a retaguarda de nossas experiências, ou libertando-nos para a vanguarda do progresso, conforme nossas delibe­rações e atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis Eter­nas... Aulus comentou, na sequência, a comunhão de pensamentos que se verificou entre Clementino e Raul Silva, no momento da prece. "Vimos aqui – disse ele – o fenômeno da perfeita assimilação de correntes mentais que preside habitualmente a quase todos os fatos mediúnicos. Para clareza de raciocínio, comparemos a organização de Silva, nosso companheiro encarnado, a um aparelho receptor, quais os que conhecemos na Terra, nos domínios da radiofonia. A emissão mental de Clementino, condensando-lhe o pensamento e a vontade, envolve Raul Silva em profu­são de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas sobre as quais essa emissão adquire o aspecto de impressões fracas e indecisas. Essas impressões apoiam-se nos centros do corpo espiritual, que funcionam à guisa de condensado­res, atingem, de imediato, os cabos do sistema nervoso, a desempenha­rem o papel de preciosas bobinas de indução, acumulando-se aí num átimo e reconstituindo-se, automaticamente, no cérebro, onde possuímos centenas de centros motores, semelhante a milagroso teclado de ele­troímãs, ligados uns aos outros e em cujos fulcros dinâmicos se pro­cessam as ações e as reações mentais, que determinam vibrações criati­vas, através do pensamento ou da palavra, considerando-se o encéfalo como poderosa estação emissora e receptora e a boca por valioso alto-falante". Esses estímulos se expressam ainda pelo mecanismo das mãos e dos pés ou pelas impressões dos sentidos e dos órgãos, que trabalham na feição de guindastes e condutores, transformadores e analistas, sob o comando direto da mente. (Cap. 5, págs. 49 e 50) 

20. O pensamento - Estaria aí a técnica do próprio pensa­mento? A essa pergunta de Hilário, o Assistente respondeu: "Não tanto; o pensamento que nos é exclusivo flui incessantemente de nosso campo cerebral, tanto quanto as ondas magnéticas e caloríficas que nos são particula­res, e usamo-lo normalmente, acionando os recursos de que dispomos". Hilário ponderou então não ser tão fácil estabelecer a di­ferença entre a criação mental que nos pertence e a que se nos incor­pora à cabeça, ao que Aulus replicou: "Sua afirmativa carece de base. Qualquer pessoa que saiba manejar a própria atenção observará a mu­dança, de vez que o nosso pensamento vibra em certo grau de frequên­cia, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no cír­culo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares". Lem­brando então que possuímos uma vida mental quase sempre parasitária enquanto refletimos e agimos com os preconceitos, a moda ou os costu­mes estabelecidos, advertiu: "Basta nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao estudo edifi­cante e ao hábito de discernir para compre­endermos onde se nos situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espiri­tuais que passamos a assimilar". Aulus as­severou que a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, e cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se sintoniza. É por isso que Jesus reco­mendou-nos oração e vigilância para não cairmos nas sugestões do mal, porque "a tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, cap­tando os elementos que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma, espessa rede de impulsos, por vezes irresistíveis". E, por fim, propôs: "Estudemos trabalhando. O tempo utilizado a serviço do próximo é bênção que ente­souramos, em nosso próprio favor, para sempre". (Cap. 5, págs. 50 e 51) 

21. Um caso de vampirização - No recinto da sessão, os serviços desdo­bravam-se, harmoniosamente, quando três guardas espirituais entraram na sala, conduzindo infeliz irmão ao socorro do grupo. Era infortunado soltei­rão desencarnado que não guardava consciência da própria situa­ção. In­capaz de enxergar os vigilantes que o traziam, caminhava à ma­neira de um surdo-cego, impelido por forças que não conseguia identi­ficar. Ele desencarnara em plena vitalidade, depois de festiva lou­cura: letal in­toxicação cadaverizou-lhe o corpo, quando não possuía o menor sinal de habilitação para conchegar-se às verdades do espírito. Desenfaixando-se da veste carnal, com o pensamento enovelado à paixão por uma mulher que sintonizou com ele, a ponto de retê-lo junto de si com aflições e lágrimas, passou a vampirizar-lhe o corpo. Integral­mente desarvorado com a perda do corpo físico, adaptou-se, porém, ao organismo da mulher amada, que passou a obsidiar, nela encontrando novo instrumento de sensação, pois via por seus olhos, ouvia por seus ouvidos, muitas ve­zes falava por sua boca e vitalizava-se com os ali­mentos por ela uti­lizados. Nessa simbiose viviam já cinco anos suces­sivos, mas a moça perturbada acusava então desequilíbrios orgânicos de vulto. Como a do­ente solicitou ajuda espiritual, as entidades socor­ristas deveriam prestar ali duplo socorro. Para que se curasse das fo­bias que a assal­tavam, como reflexos da mente dele, que se via apavo­rado diante das realidades espirituais, era necessário o afastamento dos fluidos que a envolviam. Os condutores, seguindo as determinações de irmão Clemen­tino, localizaram o sofredor ao lado de Dona Eugênia. O mentor espiri­tual aproximou-se dela e aplicou-lhe forças magnéticas sobre o córtex cerebral, depois de arrojar vários feixes de raios lu­minosos sobre ex­tensa região da glote. Eugênia (alma) afastou-se então do corpo, man­tendo-se junto dele, a distância de alguns centímetros, enquanto que, amparado pelas entidades, o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de al­guém a debruçar-se numa janela. (Cap. 6, págs. 53 a 55) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita