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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 167 - 18 de Julho de 2010

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

Por que sempre uma
conta corrente?


Recebo um e-mail de um leitor, do qual transcrevo excerto sob sua autorização.

(...) "Queria saber apenas por que existe sempre uma conta corrente por detrás. Já percorri inúmeras dessas escolas de autoconhecimento, autoajuda, esotéricas ou espiritualistas (...) Outras tantas de caráter iniciático seguem o mesmo molde, tornam a sua suposta verdade em "produto de consumo" e mais cedo ou mais tarde temos que nos submeter: mensalidades, palestras, apostilas (...) E nem poderiam alegar que não segui o caminho das pedras, mas o que se observa com clareza passado um tempo é que o mais que atingimos, e mesmo nas que ao menos são dotadas de algum conteúdo útil nos seus ensinamentos, é um saldo leve de entendimento intelectual a mais a respeito dos mistérios da vida. Muito pouco para o que prometem e cobram(...) Quer saber de uma coisa? Acho melhor ir direto a Deus e não mais aos santos. Faço diretamente as minhas perguntas e, se toda esta história foi real, mais cedo ou mais tarde as respostas vêm de qualquer modo; quando não, receberei silêncio em troca, que é mais reconfortante do que esta infinidade de falatório que mais confunde do que esclarece a mente de quem quer de fato saber!"(...)

Trata-se, caros, de e-mail de conteúdo curioso que não se me depara pela primeira vez; houve época no passado em que guardava estes mesmos questionamentos para os quais, aos poucos que expunha, retornavam respostas tais como as necessidades de um orbe material, que afinal é onde estagiamos no momento e que exige  suporte financeiro para a divulgação dessas mesmas "verdades"...

Mas quais "verdades"? É preciso que se penetre no espírito desta questão! No mundo globalizado e seu maior representante virtual, a internet, podemos encontrar verdades praticamente na proporção de uma por pessoa, sem medo de incorrer em exageros! Todos sabem a suposta "verdade", ou pelo menos uma parcela valiosa dela e, a pretexto de compartilhar sua preciosidade, em incontáveis vezes cobram um preço monetário alto, algo que elitiza o que - e isto é sério! - não pode nem deve ser monopolizado! Então, admitamos, tem razão quem acaba se revoltando e explodindo dessa forma: "Que história é esta de se cobrar pelo que reputam a Verdade verdadeira da vida?"

No meu entendimento, a grande Verdade da vida, com todo o somatório das verdades individuais que jamais extrapolam a capacidade momentânea de um mero ponto de vista, está e sempre esteve acessível a todos, à hora que queiram voltar para ela, com seriedade de propósitos, os olhos! Isso porque é óbvia demais. E a obviedade, a qualquer tempo, e de dentro de uma estranha fenomenologia da psicologia humana, costuma ser solenemente ignorada em detrimento de malabarismos e complicações de raciocínios que, de preferência, mereçam prêmios Nobel e estejam respaldadas por títulos de PHD!

Olhamos para o infinito estrelado à noite, bem acima das nossas cabeças! De graça! E logo nos ocorre: como, diante desta infinitude, e estando aqui - uma humanidade habitante de um reles pontinho perdido na incomensurável farinha prateada espalhada universo afora -, pode-se conceber que a vida é restrita a este pequeno mundo? Como o raciocínio mais despretensioso pode pretender abarcar tudo, todo o conhecimento, toda a finalidade possível da existência no fugaz piscar de olhos de apenas uma vida perdida no enredo da grande totalidade?

Uma breve olhada para cima nos suscita estas primeiras interrogações, e daí para diante, e sob a necessária dose de humildade e vontade de saber, é certo que este Universo do qual fazemos parte move-se e opera de modo a que achemos, sim, as respostas dentro e fora de nós, com tudo o que já temos disponível..., sem precisar de nenhum depósito em contas bancárias!

É oportunidade adequada de reflexão aos que instrumentalizam a propalada Nova Era sob essas diretrizes, alegando os requisitos materiais do mundo, mas ignorando convenientemente que talvez esteja se tomando tais requisitos não somente como ferramenta útil em proveito do próximo, mas principalmente como objetivo final próprio, subrepticiamente almejando-se, mais do que tudo, o bom e velho vil metal que, no passado, tantas Ordens, tantas mentes, tantas instituições de início até bem-intencionadas já subverteu!

O vil metal, sejamos sensatos, numa realidade material pouco favorecida qual a de nosso país, não é lícito seja exigido das pessoas em troca do oferecimento do lúmen interior que porventura já tenhamos obtido e que intentemos compartilhar!

É a grande razão, aliás, pela qual todo médium realmente consciencioso não retém um centavo sequer do eventual fruto do seu trabalho nas searas mediúnicas das rodas espíritas, a exemplo do incontestável e saudoso Chico Xavier!

E existe, sem nenhuma dúvida, caríssimos, na alma humana mais tosca em termos de compreensão das grandes coisas, um "faro" - uma "bússola" – infalível, que lhe assopra, presta, em momentos de maior sensibilidade: Fraude! Esperteza! Mercantilização da fé, sob qual rótulo for que esta fé esteja sendo manipulada com finalidades e por meios egoístas em detrimento do próximo!

Fica a sugestão para reflexão.
 




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita