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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 164 - 27 de Junho de 2010

VALCI SILVA
valcipsi@terra.com.br
Tupã, São Paulo (Brasil)
 

Como somos?


Somos um povo curioso e, muitas vezes, até hilário. Se não, vejamos. Quando temos uma carga de transporte acidentada nas estradas, nós saqueamos os produtos. É muito comum estacionarmos em calçadas, vagas de deficientes e muitas vezes debaixo de placas proibitivas, sem contar o número de vezes que entramos na contramão.

Quando cometemos uma infração é comum tentarmos subornar o agente da punição. Também trocamos votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentaduras e até camisetas. Falamos ao celular enquanto dirigimos. Se nos encontramos em um congestionamento, trafegamos no acostamento. Paramos em filas duplas, triplas em frente às escolas. É frequente violarmos a lei do silêncio. Haja vista os estabelecimentos que não respeitam a vizinhança. A panificadora, de onde sou vizinho, não respeita isso, com equipamentos muito barulhentos, apesar de já termos pedido diversas vezes para isso ser revisto. Comprei um tampão de ouvidos para poder dormir.

Também dirigimos após consumir bebidas alcoólicas, sem contar o mais grave, os estabelecimentos comerciais não respeitam a lei que proíbe a venda de cigarros e bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos, além de espalharem mesas e churrasqueiras pelas calçadas, onde não podemos transitar. Mais grave ainda, os poderes legalmente instituídos não fiscalizam adequadamente tal desrespeito. Pegamos atestados médicos sem estarmos doentes. E a nossa saúde, então?

Vilipendiamos o que podemos, furando filas com interferências de amigos que trabalham na rede pública, em prejuízo do mais necessitado ou carente. Como ensinou o médico Adib Jatene (que já foi ministro da saúde): “Pobre só tem amigo pobre”, portanto, sem condições de que alguém faça por ele alguma coisa, pois os que furam filas na saúde são sempre pessoas que têm amigos lá dentro do sistema, e o pobre, infeliz e sofredor, não tem essa condição, pois só tem amigo pobre...

Fazemos gato de luz, de água e de TV a cabo. E a pirataria na internet? Registramos imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, só para pagar menos impostos, pois não confiamos em nossos governantes quanto ao que farão com nosso dinheiro em razão de tanta corrupção existente. Compramos recibos para abater na declaração do imposto de renda... Temos tentativas de pessoas mudando a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas. Se viajarmos pela empresa, se o almoço custou dez, pedimos nota de vinte reais.

Recentemente, o CQC – programa de televisão – provou por reportagens a desonestidade do pessoal da prefeitura de Barueri-SP, que recebeu uma TV de plasma para ser doada a uma escola daquela cidade e uma funcionária levou a TV para casa. Quando vamos vender um carro velho, adulteramos o velocímetro como se fosse pouco rodado. Diminuímos a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar a passagem.

Emplacamos o carro fora do nosso domicílio para pagar menos IPVA, pois o nosso é muito caro. Frequentamos caça-níqueis e fazemos uma fezinha nos diversos jogos que existem no país, além, é claro, do velho jogo de bicho. Levamos das empresas onde trabalhamos pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis etc., como se isso não fosse roubo. Comercializamos os vales-refeição e vales-transportes que recebemos das empresas. Também falsificamos tudo, especialmente os jovens menores de 18 anos que querem um RG de adulto.

Só não falsificamos o que ainda não foi inventado. É o velho jeitinho de sempre. Os que viajam para o exterior nunca dizem a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Muito raramente alguém, quando encontra um objeto perdido, especialmente se for uma mala ou carteira recheada de dólares, procura ou devolve para o seu dono...

Querido (o) leitor (a), a lista é imensa. Vamos parar por aqui com a seguinte reflexão: Ainda queremos que os políticos sejam honestos? Brasileiro reclama do quê? Esses políticos que aí estão saíram de onde? Claro, do meio do povo.

Falamos tanto da necessidade em deixar um planeta melhor para os nossos filhos e nos esquecemos da urgência de criarmos filhos melhor educados, honestos, dignos, éticos e responsáveis para o nosso planeta, através dos nossos exemplos… É a mais pura verdade e isso que é o pior. Vamos dar bons exemplos. Sermos dignos e de uma ética responsável.

Tal reflexão nos remete à moral dos Espíritos que, segundo O Livro dos Espíritos (Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, item VI): “A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações. Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que, já neste mundo, se desliga da matéria, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual; que cada um deve tornar-se útil, de acordo com as faculdades e os meios que Deus lhe pôs nas mãos para experimentá-lo; que o Forte e o Poderoso devem amparo e proteção ao Fraco, porquanto transgride a Lei de Deus aquele que abusa da força e do poder para oprimir o seu semelhante. Ensinam, finalmente, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e patenteadas todas as suas torpezas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com quem houver procedido mal constitui um dos castigos que nos estão “reservados”; que ao estado de inferioridade e superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra”.

Vamos eleger políticos melhores, criando melhor nossos filhos. Enquanto isso, devemos combater os que vilipendiam o dinheiro público, procurando no meio do povo pessoas descentes, honestas e éticas para nos representarem na política. Virão eleições em breve. Fique atento. Eleja melhores políticos. Como cristãos, temos grande responsabilidade pelos destinos da humanidade. “Amemo-nos uns aos outros”, ensinou Jesus.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita