WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 164 - 27 de Junho de 2010

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)


Reuniões mediúnicas pedem fidelidade a Kardec


Não há como negar a importância da mediunidade. Sem ela, Allan Kardec não teria codificado a Doutrina Espírita; nem haveria revelação progressiva.

Não há limites em nosso orgulho e vaidade. E nossa ignorância supera a ambos!

No passado, já se vendeu cadeiras cativas no ‘céu’ de ociosidade. Incrível é que, naqueles tempos não tão antigos assim, houvesse quem acreditasse nesses embustes.

Também hoje, em larga escala e a preço de bananas, o engodo é praticado. Basta recolher dízimos ou adotar rituais externos: assegura-se o ‘céu’ e a prosperidade material (especialmente para os que recolhem tais dádivas).

Reforma íntima? Nem pensar!

Reformar-se, mudar hábitos e adquirir virtudes exigem renúncias. Mas o Mestre nos avisa que a porta é mesmo estreita... (Mt, 7:13.)

Mais inconcebível ainda: que se decida, aqui na Terra, quem sobe aos ‘céus’ (é só pagar!), ou ‘baixa’ aos infernos. Sem recursos, não há alternativa aos pobres!

Nos arraiais espíritas surgem, amiúde, grupos criando métodos para “resolver” – sem demora e sem mudança interior de vítimas e de algozes – obsessões graves e para atender grande número de Espíritos enfermos, ampliando-se o socorro a todos eles.

‘Modismos’ que iludem a muitos. Aqui, ‘novos métodos’; ali, gestuais e gritos; e, para incautos, com rapidez, tudo se resolve na Terra mesma, apesar de nossas imperfeições. Agem como se dependesse dos encarnados a solução dessas questões.

Nesses casos, o lugar para esses ‘tratamentos’ não é o Centro Espírita. Ideal seria que abrissem seus espaços de terapia; tirassem alvarás de funcionamento; se submetessem às leis do país; abrissem clínicas não-espíritas; e se submetessem ao julgamento social e ao dos meios acadêmicos.

Se legítimas e úteis, as técnicas ganharão respeito e confiança. Se de Deus, prevalecerão, mesmo combatidas. Se não, sucumbirão por si mesmas. Em resumo: Espiritismo no Centro Espírita e ‘essas técnicas avançadas’ em lugar próprio.

E a moda pega e vira praga difícil de erradicar. Lembremo-nos da Parábola do Joio (Mt, 13:24 a 30) e cuidemos de semear a boa semente que, no caso, requer fidelidade à Doutrina Espírita, a Allan Kardec.

Se não sanamos pequenas questões à nossa volta, por que pretender fazê-lo no invisível?

Falta de memória – para quem conhece André Luiz – ou de estudo, para a maioria que ignora, lamentavelmente, a série de livros admiráveis, iniciada por Nosso Lar, pelas mãos abençoadas de Francisco C. Xavier.

Numa delas1, Calderaro diz a André Luiz:

"(...) Se o mal demanda tempo para fixar-se, é óbvio que a restauração do bem não pode ser instantânea. (...)"

Telésforo2, mentor, afirma:

“(...) espiritualistas (...) nos malsinam a influência, por quererem o homem aperfeiçoado de um dia para outro, rigorosamente redimido a golpe instantâneo da vontade, sem realização metódica.

(...)

 A Comunicação não comporta perda de tempo nem experimentação doentia, sem grave prejuízo dos cooperadores incautos. (...)” – Grifamos.

No Cap. 48, da mesma obra, Aniceto dá a André Luiz seguras orientações:

“(...) Por que motivo se reuniam ali tantos desencarnados? Já que recebiam assistência espiritual, não poderiam congregar-se em lugares igualmente espirituais?

– De fato, André (...), a maioria dos desencarnados recebe esclarecimentos justos em nossa esfera de ação. Você mesmo (...) não foi conduzido ao ambiente de nossos amigos corporificados para o necessário encaminhamento. (...) – Grifamos.

Eis diálogos de Alexandre, instrutor, com André Luiz3:

“– Por que a doutrinação em ambiente dos encarnados? – indaguei. – Semelhante medida é uma imposição no trabalho desse teor?

Não – explicou o instrutor –, não é um recurso imprescindível. Temos variados agrupamentos de servidores de nosso plano, dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio. (...) Em determinados casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir mais intensamente, em benefício dos necessitados que se encontrem cativos das zonas de sensação, na Crosta do Mundo. Mesmo aí, contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja apreciável, não constitui fator absoluto e imprescindível; mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concurso de médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.

(...)

Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados”. – Destacamos.

É para aprendermos! Não alimentemos a ilusão de que nossa contribuição é extraordinária! Ou que devamos adotar técnicas alheias aos ensinos dos Espíritos. A Doutrina é deles e dispensa enxertias humanas.

São informações óbvias. Caso contrário, não haveria socorro a desencarnados antes da Codificação Espírita! Estudo e um pouco de humildade nos farão a todos um grande bem, evitando o arrependimento amargo no amanhã, que breve chega.

Páginas à frente3, o mesmo instrutor pondera:

"(...) Diante do obsidiado, fixam apenas um imperativo imediato – o afastamento do obsessor. Mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? (...)"

É livro a ser lido, relido e estudado por quem se dedica ao aprendizado nas reuniões mediúnicas. Aos que se iludem com ‘novidades milagreiras’: leiam, pelo menos, o capítulo 18 (Obsessão) dessa obra extraordinária.

Entre os objetivos das reuniões mediúnicas está o socorro a desencarnados, sim; mas a finalidade máxima é a nossa própria educação, no aprendizado – com (...) ensinamentos vivos (...)’ – da realidade espiritual que a todos nos aguarda!

Quem somos nós, pois, para decidir sobre a melhoria dos outros, ainda mais no plano espiritual, eis que descuramos nossa própria evolução e melhoria interior?

 

Referências:

1. XAVIER, Francisco C. No Mundo Maior. Pelo Espírito André Luiz. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979. 253p. Cap. 8 – No Santuário da Alma, p.108/109;

2. XAVIER, Francisco C. Os Mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 12. ed. FEB: Rio de Janeiro (RJ), 1980. 368p. Cap. 5, p. 32/3 e 35; e Cap. 48, p. 248;

3. XAVIER, Francisco C. Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. 21. ed. FEB: Rio de Janeiro (RJ), 1988. 347p. Cap. 17, p. 280; e Cap. 18, p. 312.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita