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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 164 - 27 de Junho de 2010

CLAUDIA SCHMIDT
claudia2704@gmail.com
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)
 

Agradecer a Deus


“Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria? Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com frequência.” (O Livro dos Espíritos, questão 814.)


– Mas é meu aniversário! – gritou Renan, diante da vitrine que mostrava o brinquedo que ele queria.

– Sim, eu sei – respondeu a mãe. – Você já ganhou seus presentes e não pode querer tudo que enxerga, meu filho.

– Só mais este! – implorou o menino.

Diante da negativa e do olhar sério e firme da mãe, o garoto se calou.

– Você não está sabendo valorizar o que tem, Renan. E nem agradecer tudo o que possui.

Era verdade. O menino reclamava muito e sempre queria os brinquedos da moda, sem se importar se os pais podiam comprar; e assim que os ganhava, perdia o interesse.

Enquanto seguiam de volta para casa, Dona Ana perguntou:

– Você já percebeu quantas coisas tem para agradecer?

– Como assim?

– Agradecer a Deus tudo o que você tem: uma casa confortável, a escola onde você aprende muitas coisas.

Ela fez uma pausa e prosseguiu: – Pai, mãe, dois irmãos...

Dona Ana sorriu e a conversa continuou. Renan, com a ajuda da mãe, sentiu-se grato pela comida, roupas, móveis, pelo cachorro e por sua bicicleta.

Em um feriado, quando eles voltavam de um passeio, o carro estragou perto da entrada da cidade. Enquanto aguardavam o conserto do automóvel, Renan observou as casas e as crianças que brincavam ali perto. Eram casas muito simples, algumas pareciam feitas de papelão e tábuas velhas. As crianças brincavam com uma bola feita de pedaços de pano, toda remendada.

Havia pessoas idosas, sentadas à sombra, e a mãe de Renan foi conversar com elas. Logo percebeu que faltava comida, remédios e esperança naqueles lares.

Renan a tudo observava, enquanto lembrava das vezes que não quis comer porque a comida não era aquela que ele tinha pedido para o almoço.

Alguns dias depois, mãe e filho voltaram àquele local, trazendo comida, remédios, cobertores e roupas que arrecadaram em uma campanha organizada em seu bairro.

Através de muitas conversas com a mãe, Renan compreendeu que cada Espírito vivencia diferentes situações para o próprio aprendizado. Assim, as privações materiais são provas pelas quais os Espíritos passam, mas que podem ser amenizadas por corações caridosos. Com o tempo, ele compreendeu, inclusive, que a riqueza também é uma prova, pois todos vão prestar contas da utilização que fizeram dos bens que foram emprestados por Deus.

Durante outros passeios, Renan e Dona Ana fizeram novas listas de agradecimento, inclusive uma em ordem alfabética, incluindo as árvores, os brinquedos, o céu... Em outras oportunidades, mãe e filho agradeceram pelos rios, mares, flores, pelas aulas de evangelização espírita, pelas coisas que já sabiam, pelo passado e também pelo futuro.

Aos poucos, Renan deixou de reclamar, pois foi percebendo que, embora não tivesse tudo aquilo de que gostaria, devia agradecer a Deus por tudo que faz parte da vida, percebendo e valorizando as oportunidades de aprendizado nesta encarnação. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita