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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 161 - 6 de Junho de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 38 e final)

Concluímos a apresentação do estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Os fatos na vida de Zulmira e Antonina ocorreram como fora previsto?

Sim. Um ano depois do casamento de Antonina, André e seus amigos dirigiram-se à residência de Amaro. Júlio e Leonardo ha­viam renascido em paz, quase que ao mesmo tempo, trazendo ao mundo elevados programas de serviço, tal como fora programado. Seus pais prosseguiam juntos, entrelaçados na mesma compreensão fraternal, e celebrava-se na­quela oportunidade o matrimônio de Lucas e Evelina. (Entre a Terra e o Céu, cap. XL, págs. 261 a 263.)

B. A história de Júlio terminaria assim, com um casamento risonho, à moda de um filme bem acabado?

A esta pergunta, formulada por André Luiz, Clarêncio respondeu: "Não, André. A história não acabou. O que passou foi a crise que nos ofereceu motivo a tantas lições. Nossos amigos, pelo esforço admirável com que se dedicaram ao reajuste, dispõem agora de alguns anos de paz relativa, nos quais poderão replantar o campo do destino. Entretanto, mais tarde, voltarão por aqui a dor e a prova, a enfermidade e a morte, conferindo o aproveitamento de cada um. É a luta aperfeiçoando a vida, até que a nossa vida se harmonize, sem luta, com os Desígnios do Senhor". (Obra citada, cap. XL, págs. 263 e 264.) 

C. Qual era o paraíso sonhado por Odila?

Clarêncio perguntou a Odila que céu ela, a partir de agora, ela procurava. Odila respondeu com humildade: "Devotado benfeitor, meu lar terrestre é o meu paraíso..." O instrutor replicou: "Mas não ignoras que o domicílio do mundo não te pertence mais". "Sim – concordou Odila, respeitosa –, sei disso, en­tretanto, desejo servir a ele, sem que ele seja meu... Amo meu esposo por inesquecível companheiro da vida eterna, abençoando a admirável mulher a quem ele agora pertence e que passei a querer por filha de minha ternura... Amo meus filhos, apesar de saber que não podem pre­sentemente sentir o calor de meu co­ração... Deus sabe que hoje amo sem o propósito de ser amada, que me proponho oferecer-me sem retribuição, a fim de aprender com Jesus a dar sem receber..." A emoção embargou-lhe a voz. Os demais tinham tam­bém os olhos marejados de pranto. Visi­velmente comovido, Clarêncio le­vantou-lhe a fronte submissa, afagou-lhe os cabelos e, colocando-lhe uma flor de luz sobre o peito, excla­mou: "Onde permanece o nosso amor, aí fulgura o céu que sonhamos. Me­reces o paraíso que procuras. Re­torna, Odila, ao teu lar quando quise­res. Sê para o teu esposo e para as almas que o seguem o astro de cada noite e a bênção de cada dia! O amor puro outorga-te esse direito. Volta e ama... E, quando te ergue­res do vale humano, teu coração será como faixa de sol, trazendo ao Cristo os corações que pastorearás no campo imenso da vida!" (Obra citada, cap. XL, págs. 265 e 266.) 

Texto para leitura 

124. Evelina se casa - Um ano depois do casamento de Antonina, André e seus amigos dirigiram-se à residência de Amaro. Júlio e Leonardo ha­viam renascido em paz, quase que ao mesmo tempo, trazendo ao mundo elevados programas de serviço. Recém-chegados à Terra, sorriam inge­nuamente para nós, conchegados ao colo materno. Seus pais prosseguiam juntos, entrelaçados na mesma compreensão fraternal. Celebrava-se na­quela oportunidade o matrimônio de Lucas e Evelina, e nos dois planos, entre encarnados e desencarnados, tudo era esperança e alegria, paz e amor. Odila, na função de sacerdotisa do lar, ia e vinha, pondo e dis­pondo na direção do acontecimento. No instante em que os noivos troca­ram as alianças e se beijaram com inexcedível afeto, Odila, em muda oração, se transfigurou, coroando-se de luz, e contemplou a filha, em­bevecida. Obedecendo, porém, a secreto impulso, ao invés de ca­minhar na direção de Evelina, dirigiu-se para Zulmira, enlaçando-a em lágri­mas. Havia naquele gesto tanto carinho e tanto reconhecimento, que in­tensa emotividade tomou de assalto André e seus amigos. Transfundiam-se ali dois corações maternos, na mesma vibração de paz, haurida na vitória interior pelo dever bem cumprido. Envolta na faixa de ternura em que se via mergulhada, a segunda esposa de Amaro começou a chorar, possuída de inexprimível contentamento, como se articulada melodia do Céu lhe invadisse, por inteiro, o coração. Foi então que Antonina, a pedido do pai de Evelina, pronunciou uma prece de agradecimento a Je­sus. Cerrando as pálpebras, ela concentrou-se, semelhando-se a antena vibrátil atraindo a onda sonora. Clarêncio abeirou-se dela e, tocando-lhe a fonte com a destra, entrou em medita­ção. Ela então orou, com sentida inflexão de voz: "Amado Jesus, abençoa a nossa hora festiva que te oferecemos em sinal de carinho e gratidão. Ajuda aos nossos companheiros que hoje se consorciam, convertendo-lhes a esperança em doce realidade. Ensina-nos, Senhor, a re­ceber no lar a cartilha de luz que nos deste no mundo – generosa es­cola de nossos corações para a vida imortal. Faze-nos compreender, no campo em que lutamos, a rica sementeira de renovação e fraternidade em que a todos nos cabe apren­der e servir. Que possamos, enfim, ser mais irmãos uns dos outros, no cultivo da paz, pelo esforço no bem”. Depois, recordando o episódio das bodas de Caná, em que Jesus transformou água em vinho, rogou ao Mestre que transformasse a água viva de nossos sentimen­tos em dons inefáveis de trabalho e alegria e aduziu: “Reflete o teu amor na simplicidade de nossa existência, como o Sol se retrata no fio d’água humilde. Guia-nos, Mestre, para o teu coração que anelamos eterno e soberano sobre os nossos destinos, e que a tua bon­dade comande a nossa vida é o nosso voto ardente, agora e para sempre. Assim seja". (Cap. XL, págs. 261 a 263) 

125. O trabalho é a nossa lição - Após a prece, doce exaltação emotiva pairava em todos os semblantes. Odila, sensibilizada, reunia Amaro e Zulmira nos braços, quais se lhe fossem filhos do coração. Fitando, nesse momento, Antonina, André lembrou-se da primeira vez que estivera em sua casa, para levá-la ao Lar da Bênção. Ele não podia imaginar, na época, a importância que aquela mulher teria no drama que todos iriam viver. Clarêncio, porém, sabia: "Sim, sim... – informou, gentil –, mas não lhes dei a conhe­cer antecipadamente a significação dela no ro­mance vivo que estamos acompanhando, porque todos nós, meu amigo, pre­cisamos reconhecer que o trabalho é a nossa lição. Movamos a mente no serviço que nos compete e adquiriremos a chave de todos os enigmas". Finda a festa, Irmã Clara, então abraçada a Odila, convidou o grupo a regressar à colônia. A história terminaria, assim, com um casamento risonho, à moda de um filme bem acabado? A essa pergunta de André, Clarêncio respondeu: "Não, André. A história não acabou. O que passou foi a crise que nos ofereceu motivo a tantas lições. Nossos amigos, pelo esforço admirável com que se dedicaram ao reajuste, dispõem agora de alguns anos de paz relativa, nos quais poderão replantar o campo do destino. Entretanto, mais tarde, voltarão por aqui a dor e a prova, a enfermidade e a morte, conferindo o aproveitamento de cada um. É a luta aperfeiçoando a vida, até que a nossa vida se harmonize, sem luta, com os Desígnios do Senhor". A caravana espiritual, constituída por dezenas de compa­nheiros, iniciou a volta. A viagem, diante do fir­mamento que acendia flamejantes lumes, não podia ser mais bela... Che­gados, porém, ao Lar da Bênção, viu-se que Odila chorava copiosamente. Aquela alma varonil de mulher vencera a batalha consigo mesma, mas não parecia satisfeita com o próprio triunfo. Irmã Clara conseguira-lhe brilhante posição de trabalho nas esferas mais altas, todavia Odila revelava-se em penosa consternação. (Cap. XL, págs. 263 e 264) 

126. O céu fulgura onde está o nosso amor - Penetrando o santuário de Blandina, o Ministro abraçou a primeira esposa de Amaro, indagando: "Odila, enquanto celebramos tua vitória, dize que céu procuras!" Ela caminhou para Irmã Clara e bei­jou-lhe a destra; depois, voltando-se para Clarêncio, respondeu com humildade: "Devotado benfeitor, meu lar terrestre é o meu paraíso..." O instrutor replicou: "Mas não ignoras que o domicílio do mundo não te pertence mais". "Sim – concordou Odila, respeitosa –, sei disso, en­tretanto, desejo servir a ele, sem que ele seja meu... Amo meu esposo por inesquecível companheiro da vida eterna, abençoando a admirável mulher a quem ele agora pertence e que passei a querer por filha de minha ternura... Amo meus filhos, apesar de saber que não podem pre­sentemente sentir o calor de meu co­ração... Deus sabe que hoje amo sem o propósito de ser amada, que me proponho oferecer-me sem retribuição, a fim de aprender com Jesus a dar sem receber..." A emoção embargou-lhe a voz. Os demais tinham tam­bém os olhos marejados de pranto. Visi­velmente comovido, Clarêncio le­vantou-lhe a fronte submissa, afagou-lhe os cabelos e, colocando-lhe uma flor de luz sobre o peito, excla­mou: "Onde permanece o nosso amor, aí fulgura o céu que sonhamos. Me­reces o paraíso que procuras. Re­torna, Odila, ao teu lar quando quise­res. Sê para o teu esposo e para as almas que o seguem o astro de cada noite e a bênção de cada dia! O amor puro outorga-te esse direito. Volta e ama... E, quando te ergue­res do vale humano, teu coração será como faixa de sol, trazendo ao Cristo os corações que pastorearás no campo imenso da vida!" Odila ajoelhou-se e beijou-lhe as mãos venerá­veis. Nesse instante, André ex­perimentou funda saudade. Experimentou então a sensação do pai que busca inutilmente os filhos arrebatados ao seu carinho. Lágrimas quen­tes derramaram-se de seus olhos e ele buscou um jardim próximo, onde o vento que soprava parecia dizer-lhe: "Confia!", enquanto o perfume das flores apelava, em silêncio: "Não te detenhas!", e as constelações faiscantes o concitavam, sem palavras: "Luta e aperfeiçoa-te! A plenitude do teu amor brilhará também um dia!" (Cap. XL, págs. 265 e 266)  



 


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