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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 161 - 6 de Junho de 2010

ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)


Conquistas do passado em nosso presente


Conceitos doutrinários nos ensinam que no nascedouro do Espírito, quando era ainda simples e ignorante, mas já de posse de certo livre-arbítrio, tomou este certas atitudes necessárias à sua sobrevivência, cujas atitudes formaram hábitos e tendências as quais foram se somando às já antes adquiridas e passaram a fazer parte dele. Somaram-se assim qualidades boas, umas, e ruins, outras.

Poderíamos materializar esse conceito comparando o Espírito com aquele trabalhador do transporte que percorre vários pontos da cidade coletando carga para ser levada a determinado local onde é depositada para depois ser transportada pela empresa encarregada de efetuar a remessa para outras localidades. Durante o processo de coleta o trabalhador vai carregando cargas de boa qualidade umas, pouca qualidade, outras, e também de qualidade negativa.  Reunidas todas, se transformam na qualidade da carga a ser transportada.

Assim também acontece com o Espírito. Durante várias e infindáveis existências, através de suas atitudes, vai somando hábitos, impulsos, desejos, intenções, pensamentos, tendências e muitas outras virtudes e mazelas à sua bagagem espiritual.

Formou-se, dessa forma, a sua personalidade.

Para a solução de prementes necessidades da vida material, aos poucos desenvolveu a inteligência. Com ela, embora ainda rudimentar, o homem aprendeu a defender-se e a arquitetar planos de sobrevivência. Mais tarde, após lutas acérrimas, foi desabrochando o sentimento e com ele a sua afetividade, ou seja, a inteligência emocional.

Nessa altura as suas conquistas já fazem parte da consciência e, por isso, os pensamentos precisam ser mais bem vigiados, pois com facilidade vêm à tona as tendências instintivas que se resguardam nos arquivos da alma. Foi isso que levou Paulo de Tarso na epistola 7, aos Romanos, afirmar: “... Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto”.

É necessário atentar para Kardec quando nos adverte de que o interesse pessoal é o grande entrave ao nosso progresso espiritual.

Atentemos ainda para o que nos ensina Ermance Dufaux em seu livro REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO, capitulo 10:... “Devido a esse arcabouço psicológico do personalismo, vivemos, preponderantemente, em torno daquilo que imaginamos que somos, sustentados por convicções e hábitos que irrigam o ‘cosmo pensante’ do ser com ideias e sentimentos irreais ou deturpados sobre nós mesmos. São ilusões. Sua manifestação mais saliente é a criação de uma autoimagem superdimensionada em valores conquistados que supomos possuir.

Lutamos há milênios com a força descomunal desse reflexo-matriz que dirige por automatismo, até mesmo, a maioria de nossas escolhas.

Em razão disso, quando temos o interesse pessoal contrariado, nos magoamos; quando feridos, penetramos no melindre; quando ameaçados, tombamos na insegurança; quando traídos, caímos na revolta; quando lesados, inclinamos para o revide.

Entretanto, podemos mudar esse quadro, pois Freud, um dos mais célebres cientistas das ciências psíquicas, dizia que, em matéria de impulsos, depositava esperanças no futuro por considerar os seres humanos educáveis.

O desenvolvimento de novos hábitos constitui a terapêutica para nossos impulsos egoístas. A caridade, entendida como criação de relações educativas, será medida libertadora dessa escravidão dolorosa nos costumes humanos.

O treino da empatia, o aprendizado de saber ouvir, o cultivo do respeito à vida alheia, a cautela no uso das palavras dirigidas ao próximo, a sensibilidade para com os dramas humanos, as atitudes de solidariedade efetiva e renovadora são autênticos ensaios das qualidades superiores que vão, pouco a pouco, desenvolvendo o novo reflexo do “interesse universal”, desenovelando as blandícias do altruísmo e do amor – reflexos celestes do Pai, nos quais todos fomos criados, distantes do mal e da dor. 

Quando alcançamos esse patamar, podemos afirmar com Kardec: ‘Em resumo, naquele que nem sequer concebe a ideia do mal, já há progresso realizado’”.

Em complemento de tudo o que consta deste artigo, lembramos Kardec, no Capítulo XVII, item 4 de O Evangelho segundo o Espiritismo, quando ele afirma com sabedoria e categoricamente: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar as suas más inclinações. Enquanto se satisfaz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende alguma coisa de melhor, se esforça para libertar-se dele, e sempre o consegue quando tem boa vontade firme”.

Segundo estamos entendendo, nos ensinamentos constantes nas transcrições aqui feitas, tanto Allan Kardec como Ermance Dufaux, pelo amor dedicado à humanidade, se preocuparam em nos fornecer, para facilitar nossa compreensão de assunto tão árido, regras para serem empregadas na solução desses problemas bastante intrincados que trazemos nos arquivos do nosso subconsciente espiritual, que devem ser transformados em “grandezas espirituais” que pouco a pouco nos iluminarão e servirão de cicerone na busca da felicidade dos puros Espíritos.

Com certeza valerá a pena todo esforço e até sacrifícios de amor e renúncia despendidos para a conquista da tão sonhada felicidade, na companhia de todos os queridos amigos que nos antecederam na jornada terrena.  


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita